ONU quer satélites a detetar pontos de emissões de metano… E depois?
As grandes entidades mundiais estão juntas a debater as alterações climáticas, na COP 27. A urgência de uma mudança de hábitos para minimizar os impactos da humanidade no planeta está analisada com metas traçadas. As Nações Unidas querem, por exemplo, que satélites sejam capazes de detetar pontos de emissões de Metano.
Mas, o que vem depois?
MARS - o Sistema de Alerta e Resposta ao Metano da ONU
As Nações Unidas estão a apostar no recurso a satélites com o objetivo de ajudarem o mundo a alcançar as reduções de emissões. A organização revelou um Sistema de Alerta e Resposta ao Metano (MARS - Methane Alert and Response System) que, como o nome indica, pretende alertar os países e empresas sobre as “grandes” emissões de metano.
A tecnologia irá recorrer a dados de mapas de satélite para identificar fontes, notificar os órgãos relevantes e ajudar a acompanhar o progresso na redução dessa produção.
A plataforma MARS inicial irá concentrar-se nas fontes "muito grandes" do setor de energia. Vai-se expandindo gradualmente para incluir fontes mais pequenas, fazer alertas mais frequentes e ainda avaliar dados relativos a animais, carvão, arroz e resíduos.
A Agência Internacional de Energia e a Climate and Clean Air Coalition da ONU, serão dois dos parceiros essenciais neste processo para ajuda e aconselhamento. Além disso, os dados recolhidos serão divulgados publicamente ente 45 a 75 dias após a deteção.
O MARS irá receber financiamento antecipado do governo dos EUA, da Comissão Europeia, da Bezos Earth Fund e da Global Methane Hub.
Em teoria, este projeto irá levar a uma redução mais rápida e direcionada das emissões de metano, de uma forma nunca antes vista, o que seria crucial para travar os efeitos das alterações climáticas no planeta.
E depois?
Contudo, este será um projeto que só irá funcionar se houver realmente interesse por parte dos governos e uma cooperação efetiva. Como se viu, depois do Tratado de Paris, foram muito poucos os países que cumpriram com as metas impostas, o que se conclui que as grandes poluidoras e a sociedade em geral, não estão dispostos a investir dinheiro nesse sentido.
Tratando-se apenas de um sistema de alertas, sem uma obrigação efetiva, este poderá ser um projeto que pouco ou nenhum impacto terá na redução do metano.
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Imagem: David Andrade
Fonte: UNEP
E depois… ? Depois se aprovado, a espionagem lá do alto dos céus ganha mais um(uns) elemento…
Até que enfim preocupam-se com o metano do que apenas com o carbono! Ninguém se lembra que o ar que respiramos, a atmosfera, é composto por mais gases. O metano tem um efeito de estufa 20, sim, vinte vezes superior ao do carbono, e no entanto, nada tem sido dito ou debatido sequer! Não convém, falam das emissões das vacas, mas”esquecem” o efeito de mais de 7.000 milhões de seres humanos num planeta sobrepovoado.
Superpovoado? Se juntares toda a população mundial apenas na Australia, cada pessoa teria cerca de 1000m2 de terreno só para sí. Não estou a falar de família, agregados, … é mesmo cada pessoa!
Ainda acreditas na narrativa de que a terra está superpovoada?
Paula Rocha, o povinho anda “canalizado” pelo tal “sistema” e absorve tudo o que lhes enfiam pelas orelhas e pelos olhos. É moda e fica giro. Podiam começar a fazer circular informação que se se atirarem para baixo de um comboio, que isso também ajuda nas alterações climatéricas…
Vão descobrir que a maior parte vem do mar…