NASA já tem quatro voluntários isolados na simulação do planeta Marte
A vontade de pisar Marte cresce a cada dia e a NASA está, visivelmente, empenhada. Aliás, depois de criar um habitat para simular o planeta vermelho e perceber como viveremos por lá, a agência isolou os voluntários numa experiência que só terminará, em julho do próximo ano.
Vimos aqui que a NASA recriou Marte na Terra, recorrendo à tecnologia de impressão 3D, com o objetivo de estudar os desafios da verdadeira missão ao planeta vermelho.
Conforme explicámos, na altura, a ideia passava por isolar quatro voluntários, nesse ambiente simulado, durante 12 meses. Pois bem, os sortudos estão longe do mundo, desde o dia 25 de junho, e lá permanecerão, durante um ano, até julho de 2024.
De nome CHAPEA (Crew Health and Performance Exploration Analog), a missão é clara: reter tudo o que for possível, relativamente à logística e a psicologia humana de viver noutro planeta, a longo prazo.
Os conhecimentos que aqui adquirirmos ajudar-nos-ão a enviar seres humanos para Marte e a trazê-los de volta a casa em segurança.
Disse Grace Douglas, investigadora principal do CHAPEA, antes de os voluntários entrarem no Mars Dune Alpha.
Além do ambiente simulado, a tripulação comunicará com o exterior com um atraso de tempo. Em Marte, as mensagens podem demorar até 22 minutos a chegar à Terra, e esse delay está a ser considerado na CHAPEA.
Durante este ano de experiência, a tripulação irá viver, trabalhar, fazer exercício, dormir e realizar testes. A par disso, seguirá uma dieta de alimentos liofilizados, semelhante àquela que os astronautas terão de fazer, aquando das viagens a Marte. O calendário de atividades será também parecido ao de uma missão real.
Esta é a primeira de três simulações a serem realizadas até 2026, planeadas para ensinar aos cientistas, de forma progressiva, o que é necessário para o sucesso de um voo espacial humano de longa duração.
A primeira aventura conta com a bióloga Kelly Haston, o engenheiro de estruturas Ross Brockwell, o médico Nathan Jones, e a microbiologista da Marinha Anca Selariu. Todos tiveram de passar nos mesmos testes que os candidatos a astronautas, antes de serem aprovados para a missão.
Estas simulações permitirão que os cientistas da NASA reúnam conhecimento essencial sobre aspetos físicos e comportamentais de uma verdadeira missão a Marte:
A importância deste estudo não pode ser sobrestimada.
Alertou Judith Hayes, diretor científica do departamento de saúde e desempenho humano da NASA.
Este artigo tem mais de um ano
Este tipo de experiências já não tinha sido feito no passado? Recordo-me vagamente de algo semelhante…