NASA está a ficar para trás? Peritos do setor aeroespacial alertam agência para “futuro oco”
A National Aeronautics and Space Administration (NASA) é uma referência para a indústria aeroespacial, protagonizando eventos históricos e avanços impressionantes. É, aliás, um sonho para muitos engenheiros. Apesar da sua reconhecida relevância, pode estar a caminhar para um "futuro oco".
Apesar do histórico das agências governamentais, o espaço tem conquistado a atenção de algumas empresas privadas, que têm conseguido surpreender os entusiastas. A SpaceX, por exemplo, realizou ontem o primeiro passeio espacial comercial, com a sua Polaris Dawn.
Esta concorrência que o setor privado tem cimentado, bem como a falta de investimento preocupante na agência pública, motivaram um grupo de especialistas a alertar a NASA relativamente ao seu futuro. O relatório é assinado por peritos do National Academies of Sciences, Engineering and Medicine (NASEM) e expõe o que consideram ser um possível "futuro oco" para a NASA.
NASA tem de se adaptar ao presente e ao futuro da indústria aeroespacial
Indo além da falta de financiamento, que resulta de um "declínio da ênfase nacional a longo prazo na aeronáutica e no espaço civil", algumas das "principais conclusões" do relatório do NASEM sugerem áreas de preocupação que podem afetar o futuro da agência espacial:
- A concentração em "medidas a curto prazo sem a devida consideração pelas necessidades e implicações a longo prazo";
- A dependência de "contratos de aquisição de serviços baseados em marcos";
- A ineficiência devida a "operações comerciais lentas e complicadas".
Além disto, os especialistas alertam que a atual geração de talentos está a ser desviada para empresas aeroespaciais privadas e a próxima geração de engenheiros não está a receber uma base de conhecimentos adequada devido ao subfinanciamento dos sistemas de ensino público.
Por fim, o relatório aponta que as infraestruturas da NASA "já ultrapassaram largamente a sua vida útil".
Na perspetiva de Norman Augustine, antigo diretor-executivo da Lockheed Martin e principal autor do relatório, ao The Washington Post, a dependência do setor privado poderia desgastar ainda mais a força de trabalho da NASA, reduzindo o seu papel a uma função de supervisão, ao invés de um na resolução de problemas.
No sentido solucionar a estagnação da NASA, sem contar com potenciais aumentos dos fundos governamentais, Augustine acredita que a agência deveria focar-se em objetivos e iniciativas mais estratégicos.
Enterraram dinheiro no SLS até dizer chega agr que finalmente está no mercado já é um foguetão completamente desactualizado comparado com as propostas da spacex e agora da blue origin que também começa a entrar neste mercado, portanto sim a NASA em termos de engenharia está completamente perdida resta-lhes ficarem uma empresa de recursos humanos em que toda a engenharia fica a cargo de contrato com outra empresa como é o caso da crew dragon e o lunar lander
Dinheiro enterrado em anos a fio para começar a ficar obsoleta. Se fosse para a população diziam os grandes uma perda de dinheiro. Eu gostava de saber o que eles dizem agora, mas claro é só uma mera noticia e não passa disso.
A NASA é apenas um meio, para fazer lavagem de dinheiro, para os projetos black budget’s do Tio Sam…
Muita burocracia.
Sistemas governamentais é tudo assim, é muito inificiência.
Deem mais dinheiro ao parasita Musk para ele brincar à exploração espacial.
O governo dos EUA tornou-se uma torneira sem fim de dinheiro para os genocidas fabricantes de armas, farmacêuticas, bancos e oligarcas como Musk.
E a União Europeia é a mesma merda.
A NASA, ESA, Roscosmos e outras agências fazem ciência, a SpaceX e outros fazem negócios.
Está é na hora da NASA se focar em ciência e deixar boa parte da engenharia aos privados.
Principalmente, em questão de foguetões e estações espaciais.
Ou seja, a engenharia ficaria dedicada a sondas, rovers de exploração, telescópios e tudo o que seja diretamente relacionado com ciência.
Antigamente, fazia sentido as agências governamentais apostarem em foguetões porque mais ninguém tinha know-how, infraestruturas e RH para conseguir construir foguetões.
Hoje em dia, grande parte das empresas focadas em foguetões conseguem ter modelos com muito melhor custo-benefício, e até reutilizáveis (algo que para a NASA seria impossível de sequer ser almejado depois do exemplo de todo o trabalho e custo de “refurbishment” das shuttles)
Parece a Europa, sempre preocupados com o que nao interessa.