Impressão 3D de insetos misturados com vegetais poderão ajudar a combater a fome
A fome não desapareceu do planeta. Aliás, com esta guerra o problema agravou-se terrivelmente. A pensar no combate à fome e à falta de alimentos que afeta o mundo, os cientistas do SUTD querem resolver o problema de abastecimento alimentar com a impressão em 3D. Como tal, estes investigadores decidiram combinar os insetos, algas, entre outros produtos, com vegetais comidos com mais frequência.
Para além dos legumes, nutrientes e cor comummente consumidos, a cenoura em pó ajudou a fornecer resistência mecânica às tintas formuladas.
Imprimir uma cenoura em 3D que contenha insetos e outros alimentos estranhos
À medida que a população mundial aumenta de dia para dia, a necessidade e a procura de alimentos também aumentam. Devido às emissões de gases com efeito de estufa, ao problema mundial com a subida dos oceanos e a seca extrema que se começa a ver em mais continentes, assim como outros fatores que prejudicam a agricultura (como a guerra), as fontes alimentares podem ser um enorme problema para muitos países.
O consumo de outro tipo de "alimentos" mais estranhos, como os insetos, não é uma novidade. Como sabemos, insetos e algas já são consumidos em alguns países da Ásia, América do Sul, e África. Por conseguinte, os cientistas estão a trabalhar para usar estes produtos para tentar resolver este problema para a humanidade.
Segundo o que foi dado a conhecer numa publicação sobre o tema, a equipa de investigadores da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura (SUTD) tem procurado formas de lidar com futuros problemas de abastecimento alimentar e decidiu apenas imprimir alguns. Em vez de comerem grilos ou larvas sozinhos, os investigadores decidiram combiná-los com vegetais mais comummente comidos, como cenouras, para mudar o sabor.
A aparência e o sabor de tais proteínas alternativas pode ser desconcertante para muitos. É neste ponto que a versatilidade da impressão de alimentos em 3D aumenta o desafio, pois pode transformar a forma como os alimentos são apresentados e superar a inércia das inibições dos consumidores.
Disse Chua Chee Kai, Co-Autora de Estudos e Professora na Universidade de Tecnologia e Design de Singapura.
Combinar alimentos não é um processo fácil
Segundo a Azom, combinar várias tintas alimentares e otimizá-las para impressão de alimentos em 3D não é uma operação fácil. O processo prossegue principalmente através do método de tentativa e erro. Por esta razão, o Prof. Chua e a sua equipa trabalharam com cientistas do Hospital Khoo Teck Puat (KTPH) e da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrónica da China (UESTC) para que o processo decorresse de forma mais suave.
As proteínas alternativas podem tornar-se a nossa principal fonte de ingestão de proteínas no futuro. Este estudo propõe uma abordagem de engenharia sistemática para otimizar as tintas alimentares, permitindo assim criações e personalizações fáceis de alimentos visualmente agradáveis, saborosos, e nutricionalmente adequados, melhorados com proteínas alternativas.
Esperamos que o nosso trabalho encoraje os consumidores a comer mais destes alimentos desconhecidos, mas sustentáveis.
Explicou Yi Zhang, Investigador e Professor da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrónica da China.
Utilizando a abordagem de uma imagem central, a equipa do estudo otimizou a composição da tinta proteica com três variáveis - cenoura em pó, proteínas e goma xantana. Para além do sabor, nutrientes e cor, o pó de cenoura ajudou a fornecer resistência mecânica às tintas.
Como tal, este estudo também pode ser generalizado para outros ingredientes alimentares, e a resposta das tintas alimentares como textura, capacidade de impressão, infiltração de água pode ser incluída para otimização. No futuro, esta abordagem pode levar os investigadores a adotar um método semelhante para otimizar as tintas alimentares 3DFP que constituem ingredientes alimentares complexos multicomponentes.
Já pensou como seria comer uma batata, ou um nabo, uma cenoura e um qualquer outro alimento, que conheça o aspeto, mas que contenha ingredientes como grilos ou algas?
Este artigo tem mais de um ano
Desde que alterem o sabor…que venham.
Boa origem de nutrientes . Outra possivel seria aproveitar ecologicamente e em economia circular as proteinas ainda existentos no corpo humano depois de falecer.
Sim, através da compostagem de seres humanos falecidos para fins agrícolas. Se não estou em erro nos EUA já se plantam flores ou árvores sobre os corpos de um entender querido que faleceu, como forma de honrar a sua memória. Matéria prima não faltará.
Isso já é feito embora não para alimentação. Ver a cremação “líquida” publicada aqui mesmo a 16 de janeiro (https://pplware.sapo.pt/ciencia/aquamacao-uma-alternativa-aos-metodos-funerarios-comuns-mais-amiga-do-ambiente/)
Depois de decomposto o corpo humano, o composto pode ser colocado no solo como fertilizante.
O que vai combater a fome é primeiro lutar pelas desigualdades económicas nos países mais ricos e promover a democracia nos mais pobres. A seguir igualmente combater o desperdício e a ma alimentação que é a que ocupa uma grande area de terreno em alimentos com pouca capacidade nutritiva.
Se calhar também passaria por começar a combater esta ideias que ignorando a realidade nos vai levar para um caminho onde exista ainda mais fome no mundo. Já começamos a ver isto em outras areas da sociedade.
Insectos sao o futuro da alimentacao em africa e america latina. No ocidente a alimentacao deve manter se pois somos nos que decidimos o futuro no mundo
Pensas tu que decides alguma coisa. Decidem por ti e tu vais atrás.
+1
Comam insectos… mais sobra carne e peixe… se as pessoas fizessem um racionamento maior da comida talvez as coisas fossem diferentes…digo eu..
se isto se tornar mainstream achas que vais conseguir comer ou a ter capacidade financeira para comer carne e peixe?
Respondendo directamente á tua pergunta… os tempos mudam, as vontades tambem mas existem coisas que não… porque como eu, existem milhares de pessoas assim…sou diferente… não acompanho o rebanho!
Não me façam rir. Gostava de ver as impressoras a produzirem toneladas de alimentos quando há outras tecnologias mais baratas e mais produtivas.
Mais umas quantas start Ups que vão sacar uns milhões a fundos e passados 3 anos desaparecem.
Faz-me lembrar os biliões que se gastam para colonização de Marte e nem sabemos preservar este planeta fantástico que temos!
Esperem só um pouco até ouvirem o canibalismo pode resolver a fome no mundo…