Empresa propõe o consumo dos ossos das galinhas para aumentar o lucro da produção
O mundo produz e come muitas galinhas. Por isso, uma empresa pensou numa forma de potencializar o lucro que a sua produção gera: comer os ossos do animal e não desperdiçar nada.
Em 2018, a população permanente de galinhas domesticadas ultrapassou os 22,7 mil milhões de aves. Ou seja, se somássemos todos os animais que existiam, haveria quase três vezes mais galinhas no planeta do que seres humanos.
A par disso, um grupo de investigadores concluiu que os ossos das galinhas viverão mais do que nós, mantendo-se na Terra, aquando do fim da nossa civilização, e tornando-se um marco da nossa passagem.
De facto, comemos muitas galinhas e, por isso, criamos demasiadas. Só em 2014, foram abatidas cerca de 65,8 mil milhões de aves. Se há meio século elas representavam cerca de 15% de toda a carne consumida no mundo, hoje, essa percentagem escalou para 36%.
Aliás, atualmente, pelo mundo, produzimos e consumimos aves de forma tão desenfreada que limitamos a sua longevidade e o correto funcionamento dos seus órgãos.
O crescimento rápido do tecido muscular das coxas e dos peitos conduz a uma diminuição relativa do tamanho de outros órgãos, como o coração e os pulmões, o que limita a sua função e, por conseguinte, a sua longevidade.
O sucesso da sua carne deve-se, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, ao facto de ser acessível, de ter um teor de gordura baixo, e de enfrentar poucas restrições religiosas e culturais.
Qual é a solução para equilibrar este consumo de galinhas?
Um artigo publicado, em 2018, na Royal Society Open Science concluiu que os restos de gallus gallus domesticus serão um dos nossos legados e um dos problemas é o destino que lhes damos: muitos acabam em aterros sanitários e promovem a alteração do processo de decomposição que experimentariam se estivessem na natureza.
Perante isto, a finlandesa SuperGround arquitetou a possibilidade de os comermos - aos ossos das galinhas. O objetivo não passa por reduzir o desperdício que geramos por comer galinhas, mas antes por potencializar o lucro gerado pela sua produção, e reduzir a pegada ambiental da criação das aves, alargando as partes consumíveis.
A ideia da SuperGround é processar os ossos com restos de carne para, depois, misturá-los com proteína vegetal, de modo a juntá-los a alimentos com frango moído, resultando em nuggets ou almôndegas, por exemplo.
O osso torna-se praticamente indistinguível dos outros componentes.
Se o plano da empresa finlandesa for avante, a massa desses alimentos será composta por 5-30% de restos de ossos de galinha.
Se por um lado esta ideia pode ajudar a reduzir a quantidade de ossos que desperdiçamos, bem como a pegada ambiental da criação e do consumo de galinhas, por outro, o sucesso só chegará depois de um caminho trabalhoso: vencer a resistência dos consumidores.
Este artigo tem mais de um ano
Os tugas há muito que comem os ossos do frango
Acho q isso já é feito kk, nuggtes, empanados industriais já são assim, misturados com tudo quanto é coisa do frango/galinha…os ossos deixo pros gatos, eles adoram
Kk
Os mesmos osso de frango vão para rações para animais.
Passam a ir para rações para humanos a um preço mais elevado.
Não reduz a pegada ambiental.
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Tal como diz o Aves, não reduz a pegada ambiente pois já estariam a ser processados para rações animais e afins. O que reduziria sim a pegada ambiental seria comermos cada vez menos carne e optarmos antes pelo consumo de legumes e de vegetais que esses sim, têm uma pegada ecológica menor. Já passo ao lado da crueldade de milhões de pintainhos serem abatidos mal nascem, se forem machos, dado que não são tão rentáveis para as explorações de avicultura. São literalmente atirados em tapetes rolantes para incineração. Que crueldade tremenda. Ou das condições de vida de seres dotados de emoções e consciência, destinados a viver em campos de concentração e ao abate depois de uma vida absolutamente miserável.
sim, vai dá super certo só o consumo de vegetais e frutas, confia…https://www.youtube.com/watch?v=gqrn6weO8mM&t=1s
Inteligência de comentário…
Este Vasco vive no mundo da Barbie, só pode…
Então, não há pesticidas que matam insectos onde o mais importante para haver vida na terra é a abelha, ou outros animais como por exemplo a toupeira, guaxinim (entre outros) são pura e simplesmente assassinados, são bilhões de insectos assassinados necessários ao nosso ecossistema.
Até mesmo o transporte de certos legumes/frutas de outros continentes que só podem ser transportados por barco ou avião que contribui insanamente para emissão de CO2…
As pessoas que deixem de consumir tudo o que é de aviário, há mais de 20 anos que não toco em nada proveniente de aviário e só compro 2-3 marcas das quais sei a proveniência e condições dos bichos
O sonho de qualquer capitalista ganancioso é habituar os consumidores a consumirem porcaria, quantidade em vez de qualidade, barato e facil de produzir e garante que o negócio dura muitas decadas, mas claro paga a saude fisica e mental do consumidor.
Com o poder de compra sempre a baixar qualquer dia até comemos as garras.
Ossos? Com as novas ideologias em breve nem a carne comes. Só franguinho (e outras coisas) produzidas em impressoras 3D e ..” é um pau”.
As pessoas de classe baixa poderao comer farinhas desses ossos e ate tem grilos e outras alternativas. O preco da carne e peixe e para quem trabalha e merece, não ha falta de alternativas baratas mas as pessoas tem de perceber que filho de lagarto não chega a jacaré
Acho que não, que podem sempre dar umas mocadas nos presunçosos.
ossos só pra fazer farinha e por nos morangos, juntamente com borras de café 🙂 Nas doses certas, senão queima (saliniza)
A mim passa-me ao lado porque não como carne de galinha. Nunca apreciei.
Soylent Green… está tudo dito.
Mas não podemos fechar os olhos ao problema. A população mundial não para de aumentar.
Soylent green mais na versão temos que comer os ricos isso sim seria um futuro risonho.
Os actuais hambúrgueres, almôndegas e produtos de “carne” processados já contêm as chamadas cinzas: ossos, cartilagens, peles e demais afins. Não se nota muitas vezes, excepto nas bocas treinadas. Quantos de vós sentiram já aquele pedaço mais duro e rijo, difícil de roer… O que acham que é, carne?! O facto de ser vendido como ‘carne’ e ao preço da mesma… isso é que não está correcto. De resto, se tem os nutrientes que se procura, nada contra. Aliás, o futuro é baratas! hehe
Quando os donos e CEOs dessas empresas provarem que comem isso e os produtos que comercializam, posso ponderar essa situação (deixar de comer carns de frango)….