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China quer levar o primeiro ser humano a Marte até 2033 e deixar EUA para trás

Marte é um objetivo para as potências mundiais. Na verdade, sendo aquele planeta deserto, inóspito e sem evidências claras de poder ser um segundo lar para os seres humanos, porquê tanto interesse? Esta questão ecoa muitas vezes em muitas dissertações, mas a verdade é que se os EUA, mais concretamente a SpaceX, quer levar o primeiro ser humano ao planeta vermelho em 2026, a China apontou a data para 2033.

A NASA tem uma abordagem igualmente ambiciosa, diz que antes de 2030 não será viável, mas a China acredita que será o primeiro país a conseguir esta missão tripulada ao planeta.


China diz que vai ultrapassar os EUA no voo tripulado a Marte

Na nova corrida espacial, a China parece estar a acelerar muito, em relação aos seus “concorrentes”. Depois de anunciar o seu objetivo de colocar uma base permanente na Lua ao lado da Rússia, o país asiático está de olhos postos em Marte. Segundo eles, o país enviará uma missão tripulada a Marte (a primeira na história) em 2033. Se o fizerem, estarão à frente dos Estados Unidos, da Rússia e de qualquer outra nação.

O órgão de comunicação estatal chinês publicou as declarações das autoridades a este respeito na Conferência Mundial de Exploração Espacial 2021 realizada na última quinta-feira. Wang Xiaojun, chefe da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, uma das empresas aeroespaciais estatais do país, foi o único a projetar os seus planos. Segundo Xiaojun, a China planeou já cinco missões a Marte.

 

Cinco missões para conquistar o planeta e estações de serviço espaciais

Wang Xiaojun referiu no evento que a China planeia enviar um total de cinco missões ao Planeta Vermelho. As missões ocorrerão entre 2033 e 2043. Ao longo desta década, eles esperam enviar os primeiros humanos a Marte. No entanto, há planos ambiciosos da China antes e depois dos humanos colocarem os pés em Marte.

Segundo o que foi explicado, primeiro o país vai realizar mais missões não tripuladas antes de enviar pessoas para lá. Estas missões, robóticas, que já contam com o rover Zhurong, servirão para trazer amostras do planeta.

O rover chinês Zhurong envia imagens de Marte. Fotos: CNSA

Assim que tiverem as amostras e puderem estudar melhor a superfície de Marte, considerarão como começar a colocar uma base permanente também lá.

Como o foco em 2033, data para a partida de humanos para Marte, a China terá então 10 anos para construir a base permanente na superfície do planeta vermelho. Posteriormente, numa “terceira fase”, a superpotência espera estabelecer uma rede de comunicação estável entre Marte e a Terra com missões regulares.

Para tornar isso mais viável, eles propõem até uma “Escada para o Céu”, que é uma série de “estações de serviço” a meio do caminho para que os astronautas possam parar nesses pontos durante a viagem.

 

China ou Elon Musk, quem será que lá vai chegar primeiro?

Sendo a NASA uma agência cautelosa e com objetivos sustentados em planos muito rigorosos, nunca fixou claramente uma data, apesar de nalgumas ocasiões apontar 2030 como provável. Contudo, o excêntrico Elon Musk tem uma ideia muito vincada e por várias vezes, a título pessoal, referiu o ano 2026 como o seu objetivo de pousar um ser humano em Marte.

Apesar dos americanos estarem já com mais equipamento no planeta e saberem, eventualmente, mais sobre o solo e condições de habitabilidade, foi a China a única organização a oferecer uma data definitiva para as suas missões tripuladas a Marte. De resto, o que vemos de forma mais insistente são os testes da SpaceX à sua nave estelar.

Nisto tudo, o dinheiro é o que conta mais, mesmo que Elon Musk diga que provavelmente morrerá muita gente nas viagens a Marte. Para os milhões a investir, muitos questionam-se se tudo será pelo orgulho nacional, ou se há algo mais por trás de tanta vontade de colocar o pé noutro mundo, onde tudo parece desolado.

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