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Chefes britânicos criticam a China e a Rússia por comportamento ‘imprudente’ no espaço

Além de tudo aquilo que ficamos a saber, a exploração do espaço implica o envio e permanência de uma inimaginável quantidade de lixo. Embora não seja visível a olho nu, podem prejudicar a Terra, bem como os seres que nela habitam. Nesse sentido, chefes militares britânicos criticaram a China e a Rússia pelo comportamento ‘imprudente’ no espaço.

Esta crítica surge na sequência do envio de armas para destruir satélites, bem como do rasto perigoso que resulta dele.


Dois comandantes britânicos – o Mike Wigston, Marechal da Força Aérea Real, e o General Patrick Sanders, comandante do Strategic Command – criticaram a China e a Rússia por comportamento ‘imprudente’ no espaço, devido à recorrente utilização de armas para destruir satélites. Além disso, alegaram considerar prejudicial o rasto de detritos que ficam na órbita da Terra, como resultado dessas operações.

Os dois chefes britânicos também referiram, pela primeira vez, que o Reino Unido poderá vir a desenvolver as suas próprias armas, por forma a defender os seus bens no espaço.

Não estou a excluir o que poderemos fazer no futuro, mas não queremos armar o espaço. […] Não queremos que se torne um lugar onde haja conflito ou mesmo guerra. Queremos ter a certeza de que é um bem comum para todos, porque todos nós retiramos dele muitos benefícios.

Disse o General Patrick Sanders, ao Sky News.

Por sua vez, o Marechal Mike Wigston referiu que, “quando a diplomacia tiver seguido o seu curso e nos encontrarmos num conflito global, poderá não começar no espaço, mas não tenho dúvidas de que se moverá muito rapidamente para o espaço e muito provavelmente será ganha ou perdida lá”.

Air Chief Marshal Mike Wigston, à esquerda.

Chefes britânicos criticam o lixo que se acumula no espaço

Como exemplo para a acusação que dirigiram à China e à Rússia, Mike Wigston recordou que, há alguns anos, a primeira destruiu, deliberadamente, um satélite com uma arma antissatélite, originando destroços que ainda hoje circulam algures.

São pedaços de lixo espacial que viajam a milhares de quilómetros por hora. […] Se atingirem a Estação Espacial Internacional ou um dos satélites dos quais dependemos no nosso dia a dia, poderão ter um efeito desastroso no movimento do equipamento médico, das nossas redes de transporte, das nossas redes de energia, …

Ao invés de lançar armas espaciais na sua direção, a principal estratégia do Reino Unido passa por dissuadir este tipo de atividade, desenvolvendo um conjunto de regras internacionais. Isto, por forma a governar e controlar o comportamento dos vários países.

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