Chang’e 5: A sonda lunar está de regresso à Terra… e traz amostras
Foi no passado dia 23 de novembro que a China enviou para a Lua uma sonda lunar, a Chang'e 5. O objetivo é recolher material da superfície lunar para ser analisado em Terra. A cápsula espacial chinesa iniciou hoje a sua viagem de regresso à Terra de três dias.
A sonda lunar Chang'e 5, que orbita a lua há cerca de uma semana, ligou os quatro motores por cerca de 22 minutos para sair da órbita lunar, informou hoje a Administração Espacial Nacional da China, numa mensagem na rede social.
Sonda Lunar Chang'e 5 traz dois quilos de amostras...
O módulo tinha pousado na lua, perto de uma formação denominada de Mons Rumker, uma área em que se acredita ter sido o local de atividade vulcânica antiga, tendo sido recolhido perto de dois quilos de amostras.
De acordo com as informações, espera-se que a cápsula lunar pouse no norte da China, na região da Mongólia Interior. A cápsula irá separar-se da nave espacial e flutuar de paraquedas até ao solo. Estas serão as primeiras amostras da superfície lunar obtidas pelos cientistas desde a sonda Lunar 24, da União Soviética, em 1976.
O programa espacial da China tem um conjunto de missões ambiciosas em andamento, incluindo uma sonda a caminho de Marte. A designação do programa lunar Chang'e é uma homenagem à antiga deusa da lua chinesa. Conforme temos acompanhado, esta é a terceira vez que a China pousa um módulo de pouso na superfície lunar. O Chang’e-3 chegou em 2013 com o Chang’e-4 seguindo o exemplo em 2019. Agora foi a vez do Chang'e 5.
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Se esta missão tiver 100% de sucesso, será uma marco muito grande na Exploração Espacial e nem os EUA e nem a EU tem noção, já agora nem a Rússia. Uma das características mais difíceis na Exploração Espacial é conseguir executar uma missão e depois voltar a repeti-la, quanto maior o tempo entre missões com a mesma finalidade, maior será o esquecimento do conhecimento adquirido. ex: missões a marte.
Agora analisamos os passos seguintes para que não aconteça o que anteriormente descrevemos.
1- Fazer uma nova missão no mais curto espaço de tempo possível (6 meses).
2- Equipa sucesso não se mexe ( incluir novos cientistas para que o conhecimento adquirido não se perca, atribuir a “um” cientista sénior novo projeto a cada 2 anos).
3- Se nesta missão foram transportados 2kg, na próxima serão 4kg.
4- Reduzir o entreva-lo de tempo entre missões para metade.
Com esta missão e se voltar a ler que a China vai voltar novamente a lua para recolher rochas, inicio da Exploração Mineira do Espaço.
Concordo em tudo o que disse até escrever “entreva-lo”. Perdeu a credibilidade toda depois disso
A escrita do pensamento nunca é um mecanismo perfeito.
Se as ideias e raciocínio têm validade, não é um erro gramatical que as anula.
Isso é uma falácia sem sentido algum.
Que flores que toda a gente anda hoje em dia.
Só de pensar que Russos e Americanos trouxeram bem mais amostras há mais de 40 anos…
Não sei o que quer dizer com a falta de noção dos outros países.
Os Russos trouxeram bem mais? A antiga SSSR (agora Roscosmos) foi até agora a única agência espacial a conseguir obter amostras de um corpo celeste que não um asteroide ou cometa através de uma missão não tripulada (isto é, até Chang’e 5 pousar, a partir daí terão que partilhar esse feito com a CNSA). E fez-lo em três ocasiões, com o Luna 16 (101 g), Luna 20 (30 g) e Luna 24 (170 g), que perfez um total de 301 g. Que eu saiba 2 kg é bem maior 301 g.
Os Americanos trouxeram na realidade bem mais que 2 Kg, 380,95 Kg para ser mais exato. No entanto foi uma missão tripulada e em nada comparável com esta, e fazer este tipo de comparação é de alguém desesperado para minimizar o feito da CNSA.
Mas para tu teres uma noção do tamanho da amostra que geralmente se costuma extrair de missões não tripuladas, se juntarmos as amostras obtidas pela Luna 16, Luna 20, Luna 24, Stardust, Genesis, Hayabusa 1, Hayabusa 2 e a OSIRIS-REx (que se encontra neste momento a regressar à Terra), estas perfazem menos de 2 kg. E estas representam todas as amostras, sem contar com a de Chang’e 5, que nós obtivemos através da exploração espacial de forma não tripulada. Para já, a única maneira de obtermos mais é através de uma missão tripulada.
Mas falam deste feito como se fosse algo de extraordinário nos tempos que correm.
E não esquecer que os Russos já fizeram isso há décadas. Se o quisessem fazer agora, concerteza trariam bem mais.
Extraordinário foi conseguir-se retirar amostras de um cometa. Isso sim (embora eu não saiba se as amostras chegaram cá).
Ou seja, que se o programa Artemis for em frente de acordo com o planeado e no futuro colocar novamente seres humanos na lua significa que não é extraordinário porque já fomos lá à décadas atrás? Que forma de pensar estranha.
“embora eu não saiba se as amostras chegaram cá”
A sério? Nem mesmo depois de eu ter indicado no meu comentário todas as sondas que conseguiram obter amostras de corpos celestes que não a Terra? Stardust obteve amostras do cometa 81P/Wild. Hayabusa 1, Hayabusa 2 e a OSIRIS-REx obtiveram amostras dos asteroides 25143 Itokawa, 162173 Ryugu e 101955 Bennu, respetivamente. Genesis obteve amostras do vento solar. Luna 16, Luna 20, Luna 24 e Chang’e 5 obtiveram amostras da lua.
Primeiro plantam batatas e depois é que recolhem amostras do solo.
Faz todo o sentido.