Astrónomos detetaram um misterioso sinal de rádio vindo do espaço
Astrónomos detetaram outra explosão de rádio rápida, misteriosa e poderosa, atingindo a Terra de uma fonte desconhecida no espaço.
Se isso não for estranho o suficiente, este rápido estouro de rádio é incrivelmente baixo, na faixa de frequência de 580 megahertz - quase 200 MHz mais baixa do que qualquer outra explosão de rádio rápida que tenhamos captado antes. Quem estará a bombardear a Terra com estas explosões rádio?
O tema não é novo, já no passado abordámos outros sinais de rádio que atingiram o planeta. Provavelmente já sabem o que são as Fast Radio Bursts (FRB) ou, em português, Rajadas Rápidas de Rádio, e que estas rajadas são alguns dos eventos mais explosivos e misteriosos do Universo.
Em meros milissegundos, estas explosões podem gerar tanta energia quanto 500 milhões de sóis. A incógnita é o fator que está a provocar a existências destas FRBs.
Astrónomos intrigados novamente com a origem das FRB
Um dos sinais detetados pela equipa de astrónomos repetiu-se várias vezes e enviou as rajadas da mesma localização. Desta forma, foi possível aos especialistas identificar a fonte da explosão no universo.
De acordo com um relatório do The Astronomer’s Telegram, na manhã de 25 de julho, uma série de radiotelescópios na British Columbia, no Canadá, detetou uma FRB fora do comum. A explosão foi denominada FRB 180725A, depois do ano, mês e dia em que foi detetado. O mais interessante é que o intenso sinal foi transmitido a uma frequência de rádio inferior a 580 MHz.
O The Astronomer’s Telegram é um mural de observações publicadas por investigadores credenciados. Embora sejam deteções genuínas, é importante esclarecer que não foram revistas por equipas independentes que não verificaram se os sinais são efetivamente emitidos do espaço.
Isso porque, em 1998, um grupo de investigadores pensou ter descoberto um novo sinal de rádio vindo do espaço. Contudo, 17 anos depois perceberam que se tratava de uma onda emitida por um micro-ondas:
A investigação mais recente sobre FRB sugere que a fonte é uma estrela de neutrões. Contudo, existem outras hipóteses que incluem buracos negros, ou um tipo de estrela chamada blitzar, por exemplo.
É também provável que haja mais do que uma explicação para os fenómenos. Segundo um físico de Harvard, não é impossível que os FRB sejam motores disparados em naves alienígenas gigantes.
A conclusão a que se chegou recentemente sugere que a origem da explosão em questão é algo extremamente energético, uma vez que as frequências parecem vir de muito longe.
Independentemente da sua fonte, se for possível detetá-los melhor, vai conseguir-se compreender a sua origem. Dessa forma, poderá ser desvendada a origem do universo.
Este artigo tem mais de um ano
Pelo som é claramente o USS Enterprise a sair da velocidade wrap…
ou uma onda gravitational?
Já agora, deixo aqui um vídeo bastante resumido sobre a descoberta do GW170817 e a colaboração internacional:
https://youtu.be/EtIkOjq0_50
Este sinal vai ser igualmente investigado e provavelmente haverá uma explicação 🙂
A última notícia do gênero redundou na descoberta de um …microondas no laboratório lá do sítio!
Sim, alias, há vários casos desses. Há uns anos também se passou um caso muito interessa, não sei se se lembram, com um cortador de relva da iRobot: Astronomers say Roomba gadget interferes with sensitive telescopes.
Basicamente estes radiotelescópios são altamente sensíveis e tudo o que é frequência radio eles captam e têm como missão identificar a origem. Estes acontecimentos, por mais bizarros que sejam, servem de aprendizagem.
Isto porque a “maneira” de “alguém” comunicar a distâncias que vão de uma ponta a outra do universo é via ondas rádio e por isso, estes observatórios levam o assunto muito a sério.
Foi um tesla a arrancar
Foi um grito do Bruno de Carvalho.
Bom artigo, apenas não concordo com a frase: “Quem estará a bombardear a Terra com estas explosões rádio?”. Isto porque implica que alguém nos está a bombardear com os FRB, quando o mais provável é ser um fenómeno com uma causa natural e não actividade extra-terrestre. Acho que seria mais correcto dizer “O que” em vez de “Quem”, pois cobre todas as hipóteses. De resto, parabéns pelo artigo.
Sim, mas tem uma razão a utilização do “quem”. Isto porque empreguei o quem como referência a alguma coisa personificada… isto porque em várias vezes estes FRB eram entendidos como uma espécie de “mensagem extra terrestre”.
Mas tens razão porque genericamente o pronome “quem” só se empregar com referência a pessoas ou a alguma coisa personificada.
A Radiação cósmica de fundo foi descoberta porque se pensava existir uma ‘anomalia’ (ruído mais alto que o esperado) num radar. Isto pode ser outra coisa…
O CMB foi descoberto no ocidente por Penzias e Wilson (o CMB já tinha sido descoberto por 3 cientistas soviéticos em duas ocasiões) quando trabalhavam num radiómetro que serviria de rádio telescópio e meio de comunicação com satélites e não num radar. No entanto, o CMB já tinha sido previsto quase 10 anos antes da sua primeira descoberta. No caso dos FRB estes não eram previstos em nenhum dos nossos modelos, e embora tenhamos algumas hipóteses sobre as causas, ainda não conseguimos as conseguimos “confirmar”. Portanto, é preciso investigar mais para descobrir as causas destes.