Alguém moveu o satélite mais antigo do Reino Unido. Quem e porquê? Ninguém sabe
Chama-se Skynet-1A, mas não é a máquina do The Terminator. É o satélite mais antigo do Reino Unido (remonta a 1969) e de repetente moveu-se para uma outra localização. Não se sabe como ou com que intenção, mas há algumas preocupações de segurança.
Será possível roubar um satélite?
Um mistério espacial intrigante chamou recentemente a atenção dos especialistas: o Skynet-1A, o satélite mais antigo do Reino Unido, foi movido de posição, e não há registo de quem tomou essa decisão, quando, ou com que propósito.
Lançado em 1969, pouco depois da primeira chegada do homem à Lua, o Skynet-1A foi posicionado acima da costa leste de África para facilitar as comunicações com as forças britânicas. No entanto, décadas após o término da sua missão, foi encontrado numa localização completamente diferente, acima das Américas, o que levantou várias questões.
O Skynet-1A foi um marco importante nas comunicações militares do Reino Unido, permitindo que Londres comunicasse de forma segura com forças britânicas em locais distantes.
Embora seja considerado um artefacto obsoleto e sem função desde os anos 70, a sua nova posição sugere que ele não “derivou” para o local atual sem nenhuma intervenção externa. A mudança provavelmente resultou de um comando para ativar os propulsores do satélite, o que indica uma intervenção externa.
Stuart Eves, consultor espacial citado pela BBC, salienta que a atual posição do Skynet-1A – uma área conhecida como "poço gravitacional" – representa um risco para outros satélites ativos, uma vez que o movimento incontrolado do Skynet-1A pode colocá-lo perigosamente perto de outras naves.
Como o satélite está “morto”, o risco de colisões aumenta, o que é preocupante, já que o Reino Unido ainda é responsável por ele.
À procura de respostas
Diversos especialistas e académicos têm tentado entender o que aconteceu. Rachel Hill, da University College London, encontrou uma hipótese plausível: durante períodos de manutenção em Oakhanger (centro de operações do Skynet no Reino Unido), o controlo do Skynet era temporariamente transferido para a Força Aérea dos Estados Unidos. É possível que a mudança de posição tenha ocorrido durante uma dessas transferências.
As últimas informações oficiais indicam que, em 1977, o controlo do Skynet-1A foi deixado nas mãos dos americanos quando Oakhanger perdeu a capacidade de monitorizar o satélite.
Mas mesmo que o satélite tenha sido movido naquela época, o ideal teria sido colocá-lo num “cemitério orbital” – uma região segura onde detritos espaciais não oferecem risco de colisão com satélites operacionais. Nos anos 1970, a sustentabilidade espacial ainda não era uma prioridade, mas essa atitude mudou à medida que o espaço se tornou mais congestionado.
Preocupações de segurança
Atualmente, o satélite é monitorizado pelo Centro Nacional de Operações Espaciais do Reino Unido, que informa operadores de satélites sobre possíveis aproximações perigosas. Só que esta é uma solução temporária que pode não ser suficiente, sendo o governo britânico obrigado a considerar a remoção do Skynet-1A para um local mais seguro.
A verdade é que detritos espaciais como o Skynet-1A representam um risco crescente de eventos de colisão em cadeia. Por isso, é fundamental evitar que esses “detritos-bomba” causem explosões que liberem milhares de fragmentos no espaço, aumentando o perigo para outros satélites operacionais.
O mistério do Skynet-1A destaca a importância crescente da gestão responsável do espaço. O caso ilustra como o comportamento negligente de satélites inativos pode ter consequências duradouras e perigosas.
E à medida que o espaço se torna mais acessível, a sustentabilidade e a prevenção de riscos de colisão tornam-se imperativas, não só para proteger infraestruturas críticas, mas também para garantir a segurança de futuras missões espaciais.
A AI já está a mover as peças antes do dia do juízo final.
Tudo o que é lançado para o Espaço, devia estar preparado para no término da vida útil, se dirigir ao encontro de um “caixote de lixo espacial” que uma vez cheio, estaria programado para arder na atmosfera ou cair em zona segura, ou o próprio satélite despenhar-se na área do cemitério de satélites. Ficar a rodar no espaço é que não.
Mudou de posição nos anos 70 e só agora repararam?
Há décadas que cessou a utilização do satélite. Quem, na década de 70, o movimentou da posição inicial para a atual, fê-lo com intenção e sabendo o que estava a fazer. Agora anda alguém a tentar perceber e não a encontra, nem quem deu a ordem nem quem a executou, que podem ter sido os norte-americanos ou ingleses. É só este o “mistério”. O satélite continuou a ser rastreado enquanto lixo espacial, ninguém o perdeu.
O satélite está morto (não se pode mover por meios próprios). Pesa 500 Kg. Quatro vezes por dia está próximo de outro lixo espacial a menos de 50 km, movendo-se ambos a grande velocidade. Se chocarem, dá-se um “evento superespalhador” de detritos. E como vai a lixarada?
Escrevia a Agência Espacial Europeia (ESA), em 2022: “mais de 30 mil pedaços de detritos espaciais foram registados e são regularmente rastreados por redes de vigilância espacial. Mas o número real de objetos com mais de um centímetro é provavelmente superior a um milhão”.
O que diz a Agência Espacial Portuguesa sobre o lixo espacial, que também é uma oportunidade de negócio:
https://ptspace.pt/pt/ha-cada-vez-mais-lixo-espacial-e-o-espaco-e-um-recurso-finito/
Bastar ter havido uma fuga de algum gás/líquido que ainda lá esteja que faz de propulsor.
Na mesma altura mandei o joystick com que jogava OutRun para o lixo.. ainda podia estar ligado a alguma coisa..
Nãa.
Foi um daqueles americanos aos tiros aos tornados para os acalmar
Ach,acho que essa história é bem antiga… Ou tem a ver com o dedinho mindinho do pé do clã Trump e Musk..️