Truques para blindar o seu iPhone. Dê luta aos ladrões
Os criminosos perceberam que a parte mais lucrativa de roubar o iPhone de outra pessoa não é o dispositivo em si, mas sim o que está lá dentro. Procuram sobretudo o acesso às palavras-passe guardadas no Porta-chaves do dispositivo. Isto porque lá dentro poderá estar a credencial para entrarem na aplicação bancária. Mas é possível blindar o smartphone com alguns truques.
O seu telefone sabe mais de si que os seus pais, proteja-o!
Se no passado os ladrões queriam o iPhone para o venderem no mercado negro, agora quase nem o querem para peças. A Apple desenvolveu forma de cifrar tudo dentro do equipamento (e na plataforma iCloud) e isso levou a que o interesse caísse, pois era inútil ter um iPhone sem a palavra passe do Apple ID.
Como tal, os criminosos tornaram-se mais agressivos. No Brasil, por exemplo, os iPhones foram roubados e os utilizadores obrigados a desbloquear o equipamento e a entregar as credenciais. Mas há forma de conseguirem essas palavras-passe de forma mais "discreta".
Os larápios começam por observar os utilizadores a usar o iPhone. Ficam atentos para tentar descobrir o código de acesso ao sistema operativo, o chamado código de desbloqueio. Normalmente as pessoas optam por ter apenas 4 ou 6 dígitos. Que com uma breve observação são fáceis de memorizar.
Depois, quando o utilizador está distraído, os criminosos roubam o iPhone visado. Com este código de acesso, agora é só ir ao local certo: Definições > [nome do utilizador] > Alterar palavra-passe. Sim, este é o primeiro passo que fazem. Nesta altura os larápios vão mudar a palavra-passe do Apple ID. Este é o momento em que o utilizador perde o acesso ao seu equipamento.
A partir daqui os larápios podem ter acesso a tudo o resto. Por um lado a palavra-passe de desbloqueio dá acesso ao Porta-chaves, por outro o Apple ID dá aceso a tudo deste utilizador, desde aos emails, palavras-passe de aplicações de terceiros, acesso a mudar configurações, acesso a mensagens privadas, acesso a movimentos, documentos, entre tantas outras informações.
Rapidamente procuram forma de ter acesso às aplicações bancárias, sobretudo apps tipo o Paypal, entre outras, que normalmente permitem o acesso através do nome de utilizador (gravado na app local) e palavra-passe gravada no Porta-chaves do iOS.
As aplicações bancárias em Portugal exigem um PIN ou identificação biométrica, pelo que mesmo tendo acesso à palavra-passe do Porta-chaves, estes códigos PIN não estarão lá gravados. O erro, muitas das vezes, é o utilizador ter o mesmo PIN de acesso à app e ao iPhone.
E a autenticação de dois fatores (2FA)? Mesmo com a segurança de 2 fatores, o código será enviado via SMS ou via email. Ora, o ladrão tendo o telefone desbloqueado na mão, tem acesso a este código de segurança.
Então... como podemos impedir alguém de ter acesso à palavra-passe do iPhone?
Há um leque de procedimentos que temos de os conhecer e, sobretudo, fazer. Tal como noutros casos fomos obrigados a mudar velhos hábitos, hoje também o temos de fazer no smartphone. Afinal, este dispositivo sabe mais de nós que os nossos próprios pais!
Aqui estão algumas dicas e truques para impedir que alguém veja a sua palavra-passe do iPhone e mesmo que a consiga, não tenha as portas escancaradas da sua vida.
- Usar Face ID ou Touch ID: Com uma fechadura biométrica, ninguém pode ver a sua palavra-passe;
- Optar por palavras-passe mais complexas: Não utilize uma opção de quatro ou seis dígitos que combinem os mesmos números ou ordens lógicas, tais como 111111 ou 123456. Nas definições do seu iPhone, pode utilizar uma palavra-passe mais complexa com números e letras;
- Ative o desbloqueio do iPhone com máscara. Vá a Face ID e código e ative Face ID com máscara;
- Desbloqueie o seu iPhone com o seu Apple Watch. Vá a Face ID e código e ative Desbloquear com o Apple Watch (neste grupo deve estar o seu Apple Watch);
- Desative as opções Permitir acesso quando bloqueado > Central de notificações e Central de controlo.
Obs: Há lugares que podem ser privilegiados para os criminosos captarem o utilizador a introduzir o código. Hospitais, centros de saúde e sítios onde o uso de máscara ainda é obrigatório pode levar a que as pessoas sejam mais descuidadas.
Estas opções referidas em cima estão todas numa área muito importante: Face ID/Touch ID e código. Esta é uma área que deve conhecer bem, até porque tem outras informações igualmente pertinentes para manter os eu iPhone seguro.
Além destas dicas, podemos ainda ir muito mais fundo, isto é, podemos colocar um outro nível de segurança, que deixará os assaltantes a desesperar. Para isso basta colocar no Tempo de ecrã um limitador de tempo de uso nas aplicações dos bancos, ou nas apps que sejam mais "importantes".
O que fazer antes de alguém roubar o seu iPhone
Dando continuidade às dicas em cima, saiba que pode ainda fazer mais para evitar que alguém que tenha roubado o telefone, o possa usar para ter acesso a mais conteúdo privado e sigiloso. Como referimos, a partir do momento em que o criminoso descobre a sua palavra-passe, significa que pode redefinir o Apple ID, aceder a todas as suas aplicações, mesmo aquelas que utilizam Face ID/Touch ID, descarregar os seus dados iCloud e restaurar o seu iPhone. Mas podemos atacar com mais artilharia!
- Adicione Tempo de Ecrã para aplicações bancárias e de correio eletrónico: Nas definições do seu iPhone, abra o Tempo de ecrã, e adicione o menor tempo limite na secção de Limites da aplicações. Dito isto, os criminosos têm apenas um minuto para abrir estas aplicações antes que a Apple lhes exija que digitem uma palavra-passe de quatro dígitos que deverá fazer diferente da sua palavra-passe de seis dígitos. O guia que deixamos a seguir mostra como pode ativar esta defesa.
Proteger as suas aplicações no iPhone
Este método permite-lhe mexer nas aplicações de forma quase livre, tendo que, de x em x tempo, colocar um "código de tempo de ecrã". Caso os assaltantes o apanhem desprevenido e com o iPhone desbloqueado, será uma questão de segundos até as aplicações serem bloqueadas.
Para proteger as aplicações siga estes passos:
- Aceda às "Definições" do seu iPhone.
- Vá ao separador de "Tempo de ecrã".
- Clique em "Usar código do tempo de ecrã".
Depois de definir um código - seguro e diferente do de desbloqueio de ecrã do seu iPhone, terá agora de definir as aplicações que deseja ver bloqueadas depois de um tempo de uso definido mais à frente.
Para isso vá a:
- Limites para aplicações" no separador de Tempo de ecrã.
- Clique em "Adicionar limite".
- Selecione as apps que pretende ver bloqueadas.
Feito isto, terá de escolher o tempo que estas aplicações podem serem usadas. Provavelmente, o melhor será um minuto, para que não haja margem para os assaltantes alterarem os dados das apps do seu iPhone.
- Defina o tempo.
- Clique no + no canto superior direito do seu ecrã.
- Para forçar ainda mais o impedimento de alterações nas suas contas, aceda a "Conteúdo e privacidade" ainda no separador de Tempo de ecrã.
- Ative o "Conteúdo e privacidade" e arraste para baixo até à zona de "Permitir alterações:".
- Aqui, selecione "Alterações ao código" e "Não permitir".
- Repita o ponto 5 para as "Alterações a contas".
Reativar funcionalidade e código de tempo de ecrã
Concluídos todos estes passos, já poderá andar mais descansado quanto ao roubo de dados e contas das suas aplicações do iPhone.
É de salientar que pode desativar esta funcionalidade sempre que quiser e voltar a ativar novamente. Além disso, esquecer-se do código de quatro dígitos que escolheu, poderá levá-lo a problemas e perdas de tempo desnecessárias.
- Adicione as aplicações bancárias a um dispositivo diferente: Não sendo uma opção mais oportuna, por vezes pode ser a mais segura. Se tiver um iPhone de reserva em casa, certifique-se de que só tem aplicações bancárias lá. Desta forma, pode impedir que outros acedam à sua informação bancária a partir do seu dispositivo principal;
- Confie no eSIM: Já explicamos aqui como o fazer. Isto porque a maioria dos criminosos, uma vez que roubam o seu iPhone, removem o seu cartão SIM, de modo que o seu iPhone se torne inalcançável à rede Encontrar. Com um eSIM, o larápios não o podem retirar e mesmo desligado, um iPhone pode ser detetado, especialmente se estiver a executar o iOS 15 ou posterior;
- Bloqueie algumas funções enquanto o seu iPhone estiver bloqueado: Esta é útil se o criminoso não souber a sua palavra-passe. Tal como referimos em cima, convém explorar a área Face ID e código. Lá pode desligar algumas funcionalidades, como o ter acesso enquanto bloqueado à Central de controlo e central de notificações, Carteira e Acessórios;
- Bloqueie as suas definições iCloud: Na secção Tempo do ecrã, vá a Conteúdo e privacidade e restrinja Serviços de Localização, Alterações ao código e Alterações a contas. Desta forma, mesmo que um criminoso possa aceder ao seu iPhone desbloqueado, não podem alterar a sua ID ou palavra-passe Apple ou desativar a opção Encontrar;
- Adicionar um Membro da Família: Ao contrário do partilhar a sua localização com a aplicação Encontrar, adicionar um membro da família permite-lhe ver os dispositivos da pessoa. Com isso, pode marcar um produto como perdido, reproduzir som, e seguir a sua localização - o que pode ser muito útil se alguém que conhece acabou de ser assaltado.
Ajuda... roubaram-me o iPhone, o que devo fazer?
Se o pior cenário acabou de acontecer, é preciso agir rapidamente. Eis o que precisa de fazer:
- Alterar a sua palavra-passe: Altere o seu Apple ID (vá aqui para o fazer online), as redes sociais, e as palavras-passe de e-mail;
- Ligue para o seu banco: Diga que o seu iPhone foi roubado, bloqueie o seu cartão de crédito e diga que o banco não deve permitir quaisquer transações;
- Faça a participação do roubo à polícia: Contacte as autoridades locais e partilhe a informação relativa à localização do seu iPhone graças à aplicação Encontrar (vá aqui ao link online).
- Pode também solicitar ajuda e denunciar o caso à Polícia Judiciária.
Deve ainda contactar o seu operador (Vodafone, MEO, NOS) e dar indicações para desativar o cartão SIM, ou eSIM ativo evitando que os larápios tenham acesso aos SMS. Peça uma segunda via para ter acesso às SMS que vai necessitar para mudar algumas palavras-passe.
Por último, pode contactar a Apple para informar o que se passou e verificar se a empresa poderá ajudar de alguma forma na proteção dos seus dados.
Este artigo tem mais de um ano
Gostava de saber porque é que “arrumaram com o touch id para o lado”. É muito mais seguro que o face id.
Com o face id do iphone 14 pro, gémeos idênticos conseguem desbloquear o mesmo smartphone quando só foi configurado com os dados de um deles. No meu local de trabalho existe esse exemplo.
Com o equivalente ao face id num s23 ultra passa-se a mesma situação.
No entanto, as impressões digitais são diferentes e não conseguem desbloquear o mesmo s23 ultra.
Por terem abandonado o Face ID, ainda tenho o iPhone SE 2022.
Concordo em pleno consigo.
Devia ser com o leitor da íris, presente no Windows Phone de 2015.
A Apple faz um conjunto de leituras, que tem como base 30 mil pontos de leitura do rosto e a leitura da iris. Apesar de que não lê a íris, apenas necessita do olho aberto. Contudo, a câmara TrueDepth poderá no futuro trazer mais esse ponto de verificação, que não é o mais viável, mas poderá ser adicionado.
Melhor que isso é algo que temos único, que mais ninguém tem, que é 100% eficaz: assinatura cardíaca.
Rumores referem que a Apple terá já iniciado um projeto que tem por base o desbloquear dos smartphones e outros diapositivos através da nossa assinatura cardíaca. Através do Apple Watch, a pessoas só poderá ativar o Apple Watch com a sua assinatura cardíaca, e só com o Apple Watch ativado poderá desbloquear o iPhone, além de outros dispositivos e plataformas. Não será o método principal, mas será um auxílio importante para combater as falhas nos métodos atuais. Se de facto for verdade, então haverá um salto incrível nos sistemas de segurança.
Iris também é unica e foi facil de implmentar para a microsoft em 2015, não se percebe porque mais ninguém foi na onda.
uso iphone e conheço muita gente que entre irmãos ou parentesco de pai/filho conseguem desbloquear via face id
Hmmm. “muita gente” não conheces, se a tecnologia foi testada e está há anos em evolução, se os estudos de uma década dizem que é 1 por milhão, não podes conhecer seguramente “esses todos”. Mas há muito mais probabilidade de alguém sem parentesco ter “a mesma” impressão digital.
A íris não é fácil de implementar e a dificuldade é o espaço de leitura e como a câmara a pode captar. Portanto, pouco espaço, por vezes difícil de captar na totalidade e um processo lento. Por isso não foi avante.
Não, isso está errado André.
Com o uso de todo o conjunto de câmaras e sensores do Face ID, este é falível uma vez em cada 1 milhão de pessoas. Isto é, há hipótese de enganar o Face ID uma vez num milhão de rostos. Já no caso do Touch ID (como noutros sistemas de leitura de impressão digital) este número é de 1 em cada 50 mil tentativas.
O S23 não tem Face ID, nem a mesma tecnologia. Tem reconhecimento facial, que não é nada como o Face ID.
Podem uns gémeos desbloquear o iPhone com o Face ID? Podem, sim (apesar que cada vez é mais difícil isso acontecer), mas podem desbloquear o Touch ID pessoas que não têm qualquer relação. E mais facilmente. Assim como é mais fácil “enganar” o leitor de impressões digitais, com “impressões” fabricadas.
Mal são os samsung que desbloqueiam com qualquer dedo desce que tenha uma película no ecrã?
Agora imaginem que o iPhone exigia impressão digital, cara e um código num teclado que exibe tudo sempre em posições aleatórias. Tanto para aceder ao telefone em si, como para aplicações e áreas mais sensíveis. Que conceito.
Agora imagina o Face ID com assinatura cardíaca? 😉
nao adianta nada….
‘mundochines’ + R$ 350,00 e bye bye icloud, e proteções, aí, um ‘programinha’ doado de um sim de celular quebrado e pronto.
ICE
O Face ID para segurança é… fraco.
A impressão digital tem mais segurança que o Face ID se… aquelas fotozinhas partilhas com alguma definição por acaso não tiverem o dedinho certo.. perguntem à Ursula von der Leyen.
Isso não é verdade, aliás, longe disso. Para teres uma ideia, o Face ID da Apple é o sistema mais seguro atualmente em uso. Começou por ser uma tecnologia para uso militar, posteriormente as duas empresas (israelitas) que desenvolveram parte do Face ID foram adquiridas pela Apple.
Com o uso de todo o conjunto de câmaras e sensores do Face ID, este é falível uma vez em cada 1 milhão de pessoas. Isto é, há hipótese de enganar o Face ID uma vez num milhão de rostos. Já no caso do Touch ID (como noutros sistemas de leitura de impressão digital) este número é de 1 em cada 50 mil tentativas.
Nenhuma outra empresa tem Face ID (só a Microsoft tem nos seus portáteis uma licença de uso, chama-se Windows Hello, mas faz parte do conjunto de tecnologias que agora pertencem à Apple).
Noutros dispositivos e marcas existe sim é reconhecimento facial com várias diretrizes, mas nenhuma se assemelha ao Face ID, que dispara 30 mil pontos infravermelhos de leitura tridimensional, com vários outros componentes captados pela câmara TrueDepth.
As histórias que se contam, não passam disso mesmo, histórias. A realidade dos factos é outra coisa. cada um acredita no que quiser, mas eu dizia-te para começares a pesquisar sobre tecnologia e não sobre histórias do disse que disse 😉
Para finalizar, resta dizer que a Apple, que detém a maior base de dados de cartões de crédito do mundo, permite o uso do Apple Pay, os dos mais preponderantes métodos de pagamento do mundo, através do Face ID. Só por isso percebes a confiança que a marca tem na sua tecnologia, ao passo que outras marcas pedem dois sistema para este mesmo métodos, dentro das suas plataformas.
Não é falso não! É mais fácil desbloquear um iPhone ou outro dispositivo semelhante comuns com uma Face ID falsa que com uma fingerprint falsa.
Foi e continua a ser possível.
Isso são as verdades do Facebook. É diferente da realidade. Acredita no que quiseres.
Usar meia dúzia de YUBIKEYS, para aceder a conta.
Vou deixar uma dica que pode simplificar todos estes processos.
Vão ao screen time.
Activem a opção passcode e usem um código diferente do normal desbloqueio.
De seguida abram a opção content privacy restrictions. Activem a opção.
Em baixo dentro da pricacy and restrictions activem ou bloqueem as opções passcode change e account changes.
Voilá!
Saiam.
Vão verificar que nas definições o menu passcode não está lá e não é possível entrar nas definições da conta.
Se o larápio tentar ir ao screen time o código que ele apanhou é inútil!
Abr.
Este artigo tem um grave erro!
“Deve ainda contactar o seu operador (Vodafone, MEO, NOS)” então é a Digi?!
🙂
Ainda não têm eSIM 😉 mas devem também contactar.