Apple vai bloquear atualizações de aplicações de terceiros se sair da UE durante 30 dias
A Apple está a ser obrigada a permitir lojas de aplicações alternativas na UE. Contudo, não está a fazer mais do que o explicitamente exigido por lei. Isto é, se sair mais de 30 dias da União Europeia, as atualizações de aplicações de terceiros deixarão de funcionar!
Se for para fora da Europa, apps de lojas de terceiros poderão deixar de funcionar
A Apple manteve o seu controlo férreo sobre o software do iPhone durante quase 16 anos, mas isso terminou a 6 de março. Foi nessa altura que a Lei dos Mercados Digitais (DMA) da Europa entrou em vigor, obrigando a Apple a permitir lojas de aplicações de terceiros no iPhone.
A empresa de Cupertino esclareceu agora como irá lidar com os iPhones que saem da Europa, e não está a brincar. Se passar mais de 30 dias no estrangeiro, pode dizer adeus às aplicações de terceiros.
A União Europeia designou a Apple como um dos vários "guardiões" ao abrigo do DMA. Este facto sujeita a empresa a obrigações específicas para garantir uma concorrência leal nos mercados digitais. A lei também visa a Google, a Meta, a ByteDance, a Amazon e a Microsoft. A Apple autorizará, contra vontade, diga-se, lojas de aplicações de terceiros na UE - algumas empresas, como a Mobivention e a MacPaw, já estão a criar lojas para o mercado da UE.
A distribuição fora da App Store dá aos programadores e editores mais opções, o que pode levar a maiores receitas sem pagar a totalidade do preço da App Store. Mas nem todos poderão abrir uma loja. Logo "à cabeça" tem de dar garantia de 1 milhão de euros!
Se não vive na UE, a Apple vai garantir que não recebe nenhuma destas aplicações. A empresa atualizou uma página de suporte com uma redação vaga e com um pouco mais de pormenores. Anteriormente, a página dizia apenas que as aplicações carregadas lateralmente perderiam algumas funcionalidades durante "viagens de curta duração". Agora, a página deixa claro que o seu acesso a lojas que não sejam da Apple será cortado após 30 dias.
Países onde poderão existir lojas de terceiros
Estas são os países onde será possível serem criadas lojas de apps de terceiros:
- Áustria
- Bélgica
- Bulgária
- Croácia
- Chipre
- Chéquia
- Dinamarca
- Estónia
- Finlândia
- Ilhas Alanda
- França
- Guiana Francesa
- Guadalupe
- Martinica
- Maiote
- Reunião
- São Martinho (Saint Martin)
- Alemanha
- Grécia
- Hungria
- Irlanda
- Itália
- Letónia
- Lituânia
- Luxemburgo
- Malta
- Países Baixos
- Polónia
- Portugal
- Açores
- Madeira
- Roménia
- Eslováquia
- Eslovénia
- Espanha
- Ilhas Canárias
- Suécia
Um período de carência de 30 dias é suficientemente longo para que a maioria das férias e viagens não desencadeiem um confinamento, pelo que o número de clientes frustrados será reduzido. Se um utilizador permanecer na UE, pode continuar a utilizar as suas aplicações sem problemas. No entanto, mesmo sair da Europa por mais de 30 dias não irá desativar as aplicações carregadas lateralmente - apenas não será possível descarregar novas aplicações ou obter atualizações para as que já tem instaladas.
A Apple afirma que está a fazer uma determinação de localização sem rastrear a sua localização. A partir do iOS 17.4, os dispositivos móveis da Apple utilizam o "processamento no dispositivo" para determinar se o utilizador se encontra num país da UE e, em seguida, comunicam com a empresa-mãe. Isto dá possibilidade à Apple permitir ou bloquear mercados de aplicações alternativos.
É provável que haja soluções alternativas para falsificar a localização do telemóvel, mas a Apple não gostará. Isto pode acabar por ser mais um jogo do gato e do rato que faz lembrar os esforços da Apple para impedir o jailbreak.
Como será isso legalmente?
Na maioria dos países é considerado cidadão residente todo aquele que resida no país mais de 180 dias ao ano. E os países permitem vários meses de visto de férias/trabalho. Mesmo saindo do país por 2 ou 3 meses não deixa de ser cidadão do seu país
Ser cidadão, residente ou não residente é irrelevante: a lei aplica-se à actividade comercial das empresas dentro da União Europeia. Quando estás fora do teu país ficas sujeito a outra jurisdição.
EXATO
Uma coisa são as apps instaladas de lojas alternativas não serem atualizadas (título) outra coisa é deixarem de funcionar ao fim de 30 dias (texto). O que diz a Apple exatamente:
– Uma loja alternativa para iOS é uma app [app da loja alternativa para iOS] que permite instalar outras apps da respetiva loja
– O país ou região do seu ID Apple deve ser definido para um dos países ou regiões da UE, e você deve estar fisicamente localizado na União Europeia.
– Se você sair da UE, poderá continuar a abrir e usar apps que instalou anteriormente de lojas alternativas. As lojas alternativas podem continuar a atualiza essas apps até 30 dias depois que você sair da UE, e você pode continuar a usar a [app da loja alternativa para iOS] para gerir apps instaladas anteriormente. No entanto, você deve estar na UE para instalar a [app da loja alternativa para iOS] e novas apps de lojas alternativas.
30 dias é pouco? Deviam ser 90 dias ou não haver limite? O aspeto principal é que tem que se ter Apple ID da UE e estar fisicamente na UE para a instalar a app de uma loja alternativa para iOS e as respetivas apps.
Fui reler o que diz a Apple, acima, mas noutra perspetiva que é já conhecida – a versão de uma app disponível para instalação numa loja alternativa (ou em várias lojas alternativas, ou em lojas alternativas e na App Store) é uma e uma só, e igual à que a Apple “notarizou” e assinou digitalmente. E notando que o processo é a a dois tempos, ou seja duas apps: a “app da loja alternativa para iOS (app mãe)” e a app da loja, instalada através daquela.
Acima a Apple diz que:
– As lojas alternativas podem continuar a atualiza as apps [instaladas de lojas alternativas] até 30 dias depois que você sair da UE
– e você pode continuar a usar a [app da loja alternativa para iOS] para gerir apps instaladas anteriormente.
O “gerir” poderá também ser entendido como atualizar – ou seja, ao fim dos 30 dias a atualização de uma app poderá ser feita através da app “mãe” da loja? É que de facto os 30 dias é esquisito. Pois se a conceção é a de se usar sempre a última versão, notarizada, de uma app por ser mais segura, por que é que se ia limitar essas atualizações a 30 dias?
o número de dias é arbitrário, mas o objectivo de haver um limite temporal parece bastante claro… evitar que haja pessoas a aproveitar as lojas da União Europeia quando não estão na União Europeia, já que a Apple não tem forma de saber se vives ou não na União Europeia quando usas outras lojas.
A Apple em forma de saber se estás na UE quando instalas a app “mãe”, da loja alternativa e, através dela, instalas as apps da loja. E o teu ID Apple tem que ser da UE. Isto é que é importante para não haver pessoas a aproveitar-se das lojas da UE.
Se a atualização de uma app instalada na UE, para quem saiu da UE, pode ser feita durante um mês, três, ou sem limite de tempo, parece-me secundário. Por isso chamei a atenção para o que diz a Apple: depois disso, pode-se “continuar a usar a [app da loja alternativa para iOS – a app “mãe”] para gerir apps instaladas anteriormente”, quando se estava na UE.
Gerir é apagar a app? Para isso não é preciso a app “mãe” da loja, e coisas parecidas. Que o “gerir” preveja atualizar apps da loja, dada a arquitetura montada pela Apple, não me parece exagerado.
mas leste sequer o que eu disse?
quando fores a usar outra loja não há Apple ID associado às transações ou às descargas, por isso não, a Apple não teria modo de ver onde é que estão a ser usadas e por quem.
Segundo ponto, o país onde criaste o teu Apple ID não tem nada a ver com o sítio onde compraste o iPhone, ou activastes o aparelho, ou onde fazes compras, ou onde vives. Tu podes continuar a usar o teu AppleID em qualquer país ou loja, podendo mudar de regiões se assim o entenderes.
Leste sequer o que a Apple disse? Só não pus as aspas.
Para se instalar apps de lojas alternativas: “O país ou região do seu ID Apple deve ser definido para um dos países ou regiões da UE, e você deve estar fisicamente localizado na União Europeia”.
Atualizar a app é secundário.
Aves, o que não pareces entender é que a definição que dás no Apple ID não significa que é a localização física real ou residência.
E em segundo lugar o uso do Apple ID para descarregar uma loja resume-se a um evento único… a partir daí o que fazes numa loja nova deixa de estar associado a um Apple ID.
“e você deve estar fisicamente localizado na União Europeia”
o fisicamente localizado é avaliado pela informação de localização e não pelo o Apple ID – – percebeste agora a necessidade??
O que digo a seguir foi o que disse antes, que resulta do “e”:
– se o equipamento estiver fisicamente na UE, mas o Apple ID do seu registo for dos EUA – não pode instalar apps de lojas alternativas. Mas pode-se alterar o Apple ID para um da UE? Pode, mas isso tem algumas consequências relativamente às apps instaladas especialmente nas assinaturas de serviços por região
– se o equipamento estiver registado com uma Apple ID da UE mas estiver fisicamente nos EUA – não pode instalar apps de lojas alternativas.
Ou seja, só pode instalar apps de lojas alternativas se o Apple ID do registo do iPhone for da UE – e – estiver fisicamente na UE.
Nem percebo qual é a dúvida que há para esclarecer.
Aves, parece que não és capaz de conceber que se pode criar um AppleID só para descarregar a loja alternativa e sem estar ou viver na UE… O que realmente tem efeitos práticos no final é a determinação de permanência física da pessoa! Ou seja, é preciso haver um limite temporal para permanecer fora UE… doutra forma qualquer pessoa que visita um país europeu poderia facilmente ficar com acesso parr ao resto da vida a outras lojas sem viver na Europa. Será preciso fazer mais desenhos???
Estás a fazer o desenho de pernas para o ar 😉
O iOS 17.4 foi concebido para a Apple saber se o equipamento está fisicamente na UE no caso de se pretender instalar a app de uma loja alternativa (ou, através dela, das respetivas apps). Para o efeito, a localização não é no país/localidade/morada – é, genericamente, na UE – e sem que o equipamento seja identificado. Não vai ser possível fintá-lo, com VPN ou seja com o que for, para instalar apps alternativas – estando o equipamento fisicamente fora da UE.
A Apple já comunicou que ia usar esse sistema de “localização física UE” para esse efeito. Pensei que sabias.
Castro, o que parece não estar claro para ti é que a gestão da geolocalização do dispositivo está a cargo do sistema operativo (iOS) e o seu “poder” de ativar ou desativar não está acima ao da Apple, que pode buscar sua geolocalização à revelia mesmo que tenhas desativado a geolocalização do dispositivo.
O que o nosso amigo Aves está a dizer é que o uso de uma loja de terceiros depende de:
1. Estar FISICAMENTE na União Europeia. Podes utilizar uma aplicação que falsifica a geolocalização? Sim. Mas não podes manter a geolocalização falsa o tempo inteiro (não sem jailbreak).
2. Precisas ter sua Apple ID na União Europeia, o que implica:
2.1. Ter um cartão de crédito local associado à sua conta (com endereço de faturamento local)
2.2. Estar sujeito a serviços e assinaturas disponíveis somente na sua região.
2.3. Se abster de aplicações, assinaturas e serviços do seu país/localidade de origem.
Como brasileiro (e, sim, aqui faz-se todo tipo de “gambiarra” para utilizar serviços e aplicativos indisponíveis localmente) entendo que muitos tentarão utilizar estas lojas de terceiros se fazendo de toda sorte de artifício mas, hoje, é impossível manter a geolocalização de seu dispositivo fora do país de origem sem que esteja conectado a um computador e tendo a localização alterada por programa de terceiros que exige a instalação de perfil de desenvolvedor (a qual abre muitas brechas) no iPhone.
Então: NÃO!! NÂO É ALGO TÃO SIMPLES ASSIM!!!
Apple ID tem associado um país. A Apple sabe perfeitamente se a conta é de um residente de um país de UE.
lol!
Eu por acaso tenho dois Apple IDs, um deles dos Estados Unidos e não sou residente dos Estados Unidos, e não serei caso único.
Segundo ponto, tu podes mudar o país associado a um Apple ID, e não precisas de estar fisicamente nesse país.
Terceiro ponto, uma loja de terceiros não vai usar o Apple ID para a sua actividade.
Acabar com a UE, devia ser o primeiro passo.
Apple é uma ditadura. Mas os fanáticos adoram… Então fiquem a viverna correia das maçãs que só podes comer o que o estado(apple) te deixa… Sistema limitado fechado e antiquado… Como é possível ser tão valorizado… O povinho gosta mesmo de ser enganado..