Apple TV+ trará qualidade e não só quantidade, a alfinetada à Netflix
O responsável máximo pelos serviços e programação da Apple, Eddy Cue, deu a conhecer a postura da empresa perante o streaming de filmes e séries. De acordo com as suas palavras, o foco do serviço passará pela qualidade, não pela quantidade. É uma clara alfinetada à atual líder de mercado, a Netflix.
O executivo que lidera os serviços de internet da Apple, foi bem claro na sua posição.
Durante uma entrevista concedida este fim-de-semana ao The Sunday Times, Eddy Cue definiu a tónica de todo o serviço. De acordo com o seu testemunho, será dada primazia à qualidade dos conteúdos e não à quantidade. Cue daria também a conhecer vários outros princípios que pautarão todo o serviço.
O Apple TV+ foi apresentado a 25 de março de 2019
O serviço, apresentado há poucos meses, trará novos filmes e séries para o panorama online. Entretanto, até ao seu lançamento e início de operações, durante o outono, vamos conhecendo mais detalhes. Temas como, por exemplo, a comparação com o modelo de negócios da Netflix, face ao que esperar do serviço de Cupertino.
Aqui, o executivo foi cauteloso nas afirmações. Ao propósito, afirmou que a empresa não iria criar o "conteúdo mais original" para os utilizadores. No entanto, afirmou que os utilizadores podem esperar "o melhor conteúdo" a partir do Apple TV+. É, para todos os efeitos, um demarcar face à líder, Netflix.
Apple services chief on the long running talk that he falls asleep during meetings: “I don’t.” https://t.co/iEdolJyMe1
— Mark Gurman (@markgurman) June 29, 2019
Ao passo que a estratégia da Netflix passa por criar o máximo de conteúdo possível com o intuito de o fazer chegar a um grupo específico, a Apple terá uma abordagem oposta. Em vez de apostarem em quantidade e criar novos formatos de conteúdo, a aposta será algo tradicional. No entanto, a promessa de qualidade é cativante.
"Não há nada de errado com a estratégia da Netflix, mas não é a nossa."
Enquanto isso, a Apple sabe que a sua chegada ao mercado de streaming de filmes e séries é tardia. Veja-se, por exemplo, as concorrentes Amazon, Hulu, HBO e claro, a Netflix. Todas elas já com uma base sólida de fãs e utilizadores, granjeados através de várias estratégias e plataformas.
Ao mesmo tempo, o Apple TV+ será acompanhado pelo serviço de streaming da Disney, Warner Bros., entre outras empresas. Desse modo, a partir de 2020 a concorrência será mais acirrada com estas novas figuras, enquanto que as figuras dominantes tentarão reforçar as suas margens.
#AppleTV+, launching this fall, will emphasize a small but high-quality lineup, said #Apple's software and services VP Eddy @Cue in a recent interview. https://t.co/h822weZPvi pic.twitter.com/IdcwhrZqYe
— AppleInsider (@appleinsider) June 29, 2019
Ainda de acordo com as declarações de Eddy Cue, o catálogo do Apple TV+ não será propriamente vasto. Aí, tal como já é replicado pelos media, a aposta será sobretudo na qualidade das produções. Um traço e tónica transversais a grande parte dos produtos da tecnológica de Cupertino e que a continuam a prestigiar.
O streaming de filmes e séries
É um mercado já bastante povoado e singrar neste nicho não será fácil. Algo que é admitido pelo executivo, evocando aqui a história da Apple enquanto empresa. Ao propósito, note-se quem em vários setores, sobretudo no hardware, a tecnológica não foi líder de mercado durante muitos anos, mas isso não a impediu de melhorar.
Tentamos ser os melhores e não precisamos de ser os primeiros para lá chegar, afirma o executivo.
O mesmo acrescenta que a Apple não sabe muito sobre a televisão, para além de saberem que são grandes consumidores do formato. No entanto, Cue prometeu contratar as melhores pessoas para os cargos e posições necessárias, algo que já se nota com o recente emprego de personalidades e produtores ligados a Hollywood.
Ao propósito, podemos ver acima as promessas do serviço de streaming. Mais concretamente, com conteúdos que terão a baixela de qualidade de J.J. Abrams, Steven Spielberg, bem como Oprah Winfrey. Aliás, caso se recordem da keynote de apresentação do serviço lembrar-se-ão do elenco de luxo que subiu ao palco.
A nova e seleta rival da Netflix chega no outono de 2019
Ainda de acordo com a mesma fonte, a empresa trará novos conteúdos todos os meses ao Apple TV+. Desse modo, visa criar um hábito junto dos consumidores. A certeza que chegará algo novo à plataforma, mantendo assim o interesse dos mesmos. Note-se que deverá ser um serviço de subscrição mensal.
Entre os conteúdos propriamente ditos teremos séries como o The Morning Show com Reese Witherspoon e Jennifer Aniston no elenco. Já além do drama, teremos também conteúdos de ficção científica como o For all Mankind, formato que versa sobre a exploração espacial e a humanidade.
Agora, resta-nos aguardar pelo outono, época em que o serviço começará a operar.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: The Sunday Times
Quantidade não é sinónimo de qualidade. Por isso, até ver se é mesmo bom, não vale de muito a gabarolice por parte da apple (pois, como de costume, a qualidade “fica na gaveta”: o que interessa é o preço exorbitante por uma coisa medíocre que na esmagadora maioria dos casos só serve “para mostrar que se tem”; mas os fanáticos nunca o irão admitir).
Conversa de quem não tem e gostava de ter… relembra-me lá o preço dos flagships da Samsung e da Huawei… Tanto hate
Mais um producto overpriced que não vai trazer nada de novo e em comparação com outros serviços será inferior… como sempre.
Ui, que “alfinetada”… Os responsáveis da Netflix já nem devem de ter conseguido dormir descansados…
Mais um flop… mas com muita estilo… de pacóvio!!! LOL…
Estamos a falar de filmes e séries… O que é que ele quer dizer com isto mesmo?
Os comentaristas de fim de semana são os primeiros a dizer que não se pode afirmar que será um sucesso pois é “preciso ver para crer”, mas afirmam já a pés juntos que será um flop.
O mesmo diziam daquele carregador wireless…nem me lembro do nome
O problema desse carregador foi o marketing.
A Apple devia ter promovido essa base como aquecedor de chávenas e era um sucesso.
Parece-me a mim que estão a criar o pretexto para justificar um catálogo reduzido praticando preços altos.
Esta questão da qualidade é absurda neste contexto porque é altamente subjectivo. E a qualidade não está relacionada com o preço/custos de produção..
Eu tenho netflix e a maioria dos conteúdos são tecnicamente fantásticos mas a qualidade dos filmes e séries muito fraquinhos. Basta ver que a maioria dos filmes produzidos pela netflix vão de 4.5 a 5.5 (Em 10). A oferta é imensa mas falta… qualidade. O netflix tem uma imagem e som fantásticos, nada a apontar, mas o filme ou série em si nada de especial.
Se este serviço da Apple tiver boa imagem e som e apesar de menos quantidade mas melhor qualidade artística, então terá sucesso
Discordo completamente. Claro que tens muita “porcaria” na Netflix não só por uma questão de dimensão (se tens muita coisa não pode ser tudo bom) mas também para agradarem a gregos e a troianos. Mas também há conteudos de qualidade e não me refiro especialmente às produções proprias…em matéria de documentários então tens muita coisa boa.
Por outro lado, essa questão da qualdiade artística é completamente subjectiva.
Acho que a Apple com esta postura de “vamos ter pouca coisa mas o que vamos ter vai ser o melhor” não conseguirá vingar neste mercado que já não está propriamente em fase de seed e que tem concorrentes de peso já existentes e que estão para chegar. Acho muito dificil conseguirem competir em tal cenário..
Se as outras plataformas não tivessem qualidade, percebia-se a ideia da Apple. O problema é que as outras plataformas têm muita qualidade em algumas séries, com actores e realizadores famosos, com grandes scripts e grande produção.
Quando foi o evento e todas aquelas “estrelas” desfilaram em palco, alguém disse: “A Apple este ano gastou mais dinheiro a contratar estrelas do que investiu em inovação”.
Hoje em dia com a Apple é ver para querer.
O marketing tem destas coisas, eles estão a tentar baixar as expectativas para se poderem defender depois, se as coisas não correrem bem. É óbvio que a Apple não entra para perder, mas vai ter de pedalar MUITO para fazer valer a pena ter o serviço. Creio que é mais um caso de WInner Takes it All, ou seja, só há lugar para um grande player no mercado. Nos EUA talvez não seja bem assim, mas em Portugal e em muitos outros países do mundo será… Quem tem dinheiro… e sobretudo TEMPO para usufruir de serviço de TV linear + canais de cinema + canais de desporto + DUAS plataformas de streaming? (partindo do princípio que Netflix vale o que custa). Vai ser difícil e a única esperança deles é o mercado americano, que é gigante e no qual o poder de compra é igualmente “gigante”.
Apple a parte, Netflix até há uns tempos era sinómimo de séries de qualidade, agora cada vez que vejo o simbolo da Netflix no poster a minha vontade de ver diminui consideralvemente já quando é da HBO a historia é outra, qualidade e não quantidade.
Concordo!
A HBO peca pela assistência e pelos app´s, ou ausência deles, como é o caso da XBOX.
a HBO tem de facto conteúdos interessantes, mas enquanto serviço o Netflix a meu ver, e para já, dá 10-0.
Desde a UI, funcionalidades, qualidade de imagem, etc.
Tem sido desolador acompanhar o Game of Thrones com uma qualidade de imagem tão má, se sabia tinha antes assistido no ScyFy HD.
É mais um nicho de mercado a explorar justificando assim desde o arranque o preço que possivelmente será superior à concorrência. A questão é : quem define o que é qualidade ?? A qualidade é um conceito que tem 90% de subjectivo e 10% de objectivo, portanto isto vale o que vale.