A Apple vai combater as fake news com programas de literacia na Europa
A nova iniciativa da Apple chega à Europa e aos Estados Unidos com o intuito de promover o pensamento crítico nos mais jovens. Além disso, quer sensibilizar e educar a população para a metodologia do fact-checking ou verificação dos factos. Assim sendo, temos aqui uma iniciativa de combate à iliteracia digital.
A dificuldade na interpretação daquilo que se lê na internet é uma das principais alavancas das fake news.
O anúncio foi feito hoje pela tecnológica de Cupertino através de uma publicação no seu site. Em primeiro lugar, esta é a mais recente aposta da empresa no tocante às notícias, surgindo também no rescaldo da sua rejeição pelo Washington Post, bem como pelo New York Time que não quiseram integrar o hub Apple News.
A Apple quer combater as fake news, também na Europa
O serviço de agregação de notícias da Apple não convenceu duas das maiores e mais respeitadas publicações norte-americanas. Uma decisão que surge no meio de uma crise de identidade no setor, bem como em plena crise das fake news. Agora já numa fase em que os leitores começam a estar atentos a este fenómeno global.
A nova iniciativa de combate às fake news aplicar-se-á também à Europa. No seu âmago traz a necessidade de ensinar a nova geração a ler e a interpretar aquilo que lê na Internet. Além disso, pretende também alertar para os perigos de conteúdo viral que veicule informação falsa ou não confirmada.
Em suma, a Apple vai providenciar os recursos necessários para que três instituições coloquem em prática o novo programa de educação. Sendo elas a News Literacy Project (NLP), a Common Sense, bem como o Osservatorio Permanente Giovani-Editori, na Itália. Este último será o responsável pelo programa na Europa.
A iniciativa já tem repercussão nos Estados Unidos
Ao mesmo tempo, na nação norte-americana a NLP já promove uma iniciativa similar através dos seus cursos online. Chama-se "Checkology" e, por exemplo, ensina os formandos a confirmar os fatos em diversos cenários e diversos veículos de informação. Um programa que já foi finalizado por mais de 124 mil alunos.
Assim, a nova iniciativa da Apple encontra já um público-alvo ciente da sua importância e recetivo a novas formações dentro da área. Por fim, de acordo com as declarações de Tim Cook, CEO da Apple, esta iniciativa nunca foi tão importante e necessária como agora.
A literacia, aplicada às notícias, é vital para manter a imprensa livre, bem como uma democracia triunfante. Assim, estamos orgulhosos por colaborar com várias organizações que estão na linha da frente neste esforço. - Tim Cook
O combate às fake news e a população mais jovem
A falta de competências literárias, ou de literacia pela geração mais jovem é uma preocupação para todo o país. As recentes revelações em torno da manipulação das notícias (fake news) e o seu impacto na sociedade alertaram-nos para o problema. Além disso, entendemos a real escala deste problema. - James P. Steyer, fundador e CEO da Common Sense.
Assim sendo, o fomento da Apple ao combate às fake news passará por atacar a raíz do problema. Ao reconhecer que sem literacia digital e hábitos literários, não sabemos distinguir o verdadeiro do falso. Em suma, será um esforço que visará despertar a atenção e espírito crítico dos mais jovens.
Só assim e a partir daí, é que será possível colocar um travão às fake news. Um dos flagelos que assola a sociedade atual, não só nos Estados Unidos da América, mas também na Europa. Por fim, a Apple não está sozinha nesta preocupação com as notícias falsas.
Este artigo tem mais de um ano
Certamente, uma iniciativa de treta…
Em que, como fontes “credíveis” que sirvam para averiguar a veracidade dos factos, serão usados os média de massas (ou serviços de “verificação de factos”, controlados pelos mesmos grandes interesses económicos) – esses sim, os maiores mentirosos que existem:
“taught to lie, to betray and not to tell the truth to the public”
— Dr. Udo Ulfkotte, ex-Editor do Frankfurter Allgemeine Zeitung (a descrever como a classe jornalística ocidental *mente* e escreve o que o poder estabelecido lhe diz para escrever – admissão esta, feita quando sabia ele que já lhe restavam poucos meses de vida)
De facto, é muito dificil entender e dar credibilidade a uma acção que prende «sensibilizar e educar a população para a metodologia do fact-checking ou verificação dos factos» quando a própria entidade promove e produz software de código-fechado e não permite «fact-checking ou verificação dos factos»!!! É hilariante e fará com que os adeptos se sintam especiais e confiantes de que fazem parte de algo especial… É de louvar a intenção.
E portanto para ti, as fake news são só news, e está tudo bem, certo ?
Não, não acho que esteja “tudo bem”…
Sendo exactamente por isso é que eu, por vezes, chamo a atenção das pessoas para as mentiras dos média de massas, para que lhes dêem as pessoas o seu devido valor.
Eu não acho nada bem que um qualquer órgão de comunicação ande a mentir às pessoas. Mas, não faz isso parte da Liberdade de Expressão (que pode sempre ser “corrigida” com processos judiciais, se alguém achar tal necessário)? E, não é estar a instituir uma qualquer Inquisição ou Censura claramente contraproducente – pois, se também a mesma (sempre controlada pelo poder estabelecido) for corrupta, o que a impedirá de mentir também ela às pessoas e de censurar as verdades (como, repetidamente, tem acontecido ao longo da História)?
Pessoalmente, eu encaro os vários órgãos de comunicação como qualquer pessoa (individual) que ande a contar histórias… Se a pessoa em causa tiver previamente provado a sua credibilidade, de modo repetido, acredito eu no que ela diz. Mas, se tiver tal pessoa sido já apanhada a mentir, perde para mim a sua credibilidade e deixo eu de acreditar na mesma. (Sendo, para mim, um órgão de comunicação apenas uma “pessoa colectiva”, que eu julgo da mesma maneira).
E, é por isso mesmo (i.e. por já ter eu repetidamente apanhado os vários órgãos de comunicação de massas a mentir) é que estes não têm, hoje em dia, credibilidade para mim (à excepção de notícias sobre trânsito e sobre o tempo que irá fazer, suponho eu).
Aliás, não só só eu que me encontro nesta situação (mas, também muita gente que está bem informada, graças à imprensa alternativa, tornada possível pela Internet)… Sendo esta uma das razões pelas quais as vendas de jornais convencionais tem vindo a afundar nos últimos tempos – e a razão pela qual o poder económico-político estabelecido está preocupado com a imprensa alternativa (a real e que é credível – e não a, propositadamente ou não, ridícula) e pela qual quer combater tal fenómeno, com este tipo de iniciativas.
Sobre as questões mais científicas, relativamente às quais só quem tiver conhecimentos específicos suficientes é que poderá estar em posição de avaliar a credibilidade ou não do que é reportado… Podemos confiar nas mais conhecidas publicações dos respectivos ramos?
“It is simply no longer possible to believe much of the clinical research that is published, or to rely on the judgment of trusted physicians or authoritative medical guidelines. I take no pleasure in this conclusion, which I reached slowly and reluctantly over my two decades as an editor of ‘The New England Journal of Medicine’.”
— https://en.wikipedia.org/wiki/Marcia_Angell
Ou seja, ensinar algo tão básico quanto “não acredites em tudo que vês”.
Se há uns anos era “se está na tv é porque é verdade”…agora é “se está na net é porque é verdade”.
Não. Trata-se de procurar noutros meios de informação, ou noutros sites essa mesma informação e fazer cross check. Trata-se de não ler apenas as “gordas” que normalmente não dizem 1% da notícia. Trata-se de educar as pessoas a serem mais inquisitivas. Isto pk hoje em dia a informação surge de qualquer lado e de sites que na maioria das vezes apenas existem para ganhar dinheiro com publicidade. Cai nesses esquemas quem é preguiçoso, não tem interesse ou pk não sabe distinguir o bom do mau.
Isso não funciona assim. Os analfabetos nunca serão inquisitivos. Estás a ver mal o problema. O problema é de formação de base. É de educação. Ninguem faz fact check se simplesmente engolir a noticia e não a colocar em causa. Nem tão pouco sabe como o fazer. Há que ensinar.
Pior. Agora é “se está na internet é porque não é verdade.”
Muito poucos se dão a esse trabalho porque simplesmente…dá trabalho. Verificar notícias??!!,…verificar factos???!!! Infelizmente a maioria das pessoas prefere acreditar nas maiores parvoíces porque é mais fácil e porque olhamos todos os aspectos do mundo com uma certa “clubite”. É o mais grave é que já nem há notícias verdadeiramente “notícias”. Os próprios jornais vão buscar e publicam todo este “trash” e as pessoas comem isso tudo, porque lhes dá jeito acreditar.
Mas isso é um problema de formação. Nem todos são privilegiados como tu. Continuamos e continuaremos a ter inúmeros analfabetos. Se dantes o analfabeto era quem não sabia ler nem escrever, hoje o analfabeto sabe ler e escrever, mas não percebe nada do que lê ou escreve.
Ler e escrever não tem grande relação com sentido crítico, como aliás se prova com a realidade.
E, já que é de sentido crítico que tanto se fala neste artigo…
Não será de questionar se tem a Apple verdadeiramente boas intenções, quando é esta uma companhia que andou a tornar os equipamentos dos seus clientes mais lentos, para “convencê-los” a gastar dinheiro em novos – sem avisar os seus clientes disso?
(Da mesma maneira que, quando começar o Facebook com as suas próprias iniciativas de controlo da informação, não será de mencionar o facto de tal última empresa se encontrar, presentemente, sob investigação criminal por ter andado a partilhar indevidamente os dados dos seus utilizadores (jornal “The New York Times”, 13 Março 2019) e perguntar se, como tal, será esta uma empresa na qual se pode confiar para o que quer que seja?)
“Não será de questionar se tem a Apple verdadeiramente boas intenções, quando é esta uma companhia que andou a tornar os equipamentos dos seus clientes mais lentos, para “convencê-los” a gastar dinheiro em novos – sem avisar os seus clientes disso?”
Esta é a parte de Fake news que se fala.
A Apple decidiu, erradamente note-se, limitar a performance de telemóveis cuja a bateria já não conseguia chegar a corrente pico necessária para efetuar algumas operações. Para evitar o que acontece em alguns telemóveis e que todos nós ja assistimos em que dizem que tem 30% de bateria e depois quando se tenta efetuar uma chamada eles desligam-se , activaram a redução de bateria. A única coisa errada que fizeram e que é típico de uma empresa tecnológica , foi não informar os cliente disso.
Se forem ao reditt à centenas de threads de fabricantes bem conhecidos com equipamentos que se desligam do nada.
Abc
Precisamente, “notícias falsas”…
Uma coisa é o que dizem certas entidades que é a razão de ser para um facto ou acontecimento. E, outra coisa, é a real razão para tal facto ou acontecimento. E, às razões que são falsas, chamam-se mentiras ou “lendas de cobertura”.
A explicação dada pela Apple para este procedimento não bate certo (sendo também que, se não contava a Apple aos seus clientes o que fazia, é logo a sua honestidade que é, obviamente, posta em causa) – pois, o problema descrito pode ser simplesmente resolvido mudando a bateria dos seus equipamentos (ainda que tenhamos de pagar a um técnico para fazê-lo, por não ser um procedimento fácil – coisa que recomendo, por experiência, por já me ter corrido uma operação mal).
E, deste modo, estende-se a duração do equipamento por mais 2 anos(?) (esteja o equipamento mais lento ou não, a bateria acaba sempre por já não durar muito, passados uns poucos anos), com a grande vantagem de que continuará o mesmo a funcionar de modo normal.
Aliás, funcionando o equipamento à velocidade normal, isto também aumenta a utilidade do mesmo – pois, a Internet costuma tornar-se mais exigente para os equipamentos, em termos de velocidade dos processadores usados pelos clientes, à medida que o tempo vai passando.
(E, é por estas e por outras é que, é sempre preciso recorrermos ao nosso “sentido crítico” para analisar tudo o que nos é dito…)
O equipamento funcionando à velocidade normal *não* aumenta a utilidade do mesmo, pelo contrário. à mesma velocidade, os picos de processamento exigido estoiram a bateria num àpice, quando denegrida. É por isso que é comum em variadas marcas ver a malta aflita porque o telefone só tem 20% de bateria. Assim que começas / começam a mexer, desce o nível num ápice e desliga-se, devido à exigência que esse processo puxada bateria para manter o funcionamento normal.
O que a Apple fez é o que já muitos fabricantes faziam há largos anos para manter o dispositivo operacional, que é o trade off entre ter telefone lento ou não ter telefone porque não já não aguenta. Foi uma prática corrente durante muitos anos, principalmente antes do escândalo e mais escandaloso foi ver empresas a virem gabar-se de que não o fazem e adivinha, são exatamente as mesmas que a malta mais se queixa da bateria não aguentar e o telefone se desligar do nada.
É um trade-off. Tens 15% de bateria. Precisas de aguentar umas horas. Preferes um dispositivo operacional durante mais umas horas e um pouco de lentidão (que a maioria das pessoas não nota, nem notaram durante anos a fio) ou que mal tentes fazer algo ele consome o restante e ficas pendurado em meia dúzia de minutos? Toda a gente prefere a primeira, pois a segunda significa não poder sequer usar realisticamente.
A grande questão é, como disse o Jorge Carvalho, a maneira como a Apple encarou o assunto, mas não é de estranhar tendo em conta que o mote deles (e de quem compra) é de que eles gerem as coisas à sua maneira e, regra geral, em prol do uso do consumidor, como eu até acho que foi o caso.
A lógica de que o fizeram para obter novas vendas parece-me bastante rebuscado pois qualquer pessoa evita comprar um produto duma marca em que se sente ludibriado ou com pouca qualidade, principalmente um que custa tamanho dinheiro. A não ser que sofram de sindrome de Estocolmo perante a marca mas isso é outra conversa e interessante.
A Apple é sorrateira? Tem os seus momentos.
Parece que ainda ninguém apanho o verdadeiro motivo pelo qual as drives de cd e dvd deles se estragavam com tamanha facilidade, apesar de serem das melhores da indústria e muitas outras situações do género. No entanto, estão a milhas da mesquinhice das outras empresas que vão muito, muito mais além.
Quanto ao teu ponto da confiança, não há como discordar.
Eu compreendo a situação duma forma diferente, mas se no teu entender esse ato representou uma quebra de confiança, é de não comprar produtos deles. É exatamente assim que se deve proceder.
Muito fácil detectar fake news!
Tudo o conteudo que a Apple, o Facebook, o Google, o Twitter, a CNN, a MSNBC, a NBC, 85% da media mundial, NGO`s identificarem como fake news entao e porque de facto e verdade!
Mas ainda alguem se deixa enganar por isto?!