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Análise: Ebike Gogobest GF600 – os mesmos trilhos mas muito menos cansaço

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Hugo Cura


  1. Carlos says:

    1000W?? Ajuda até 49Km/h?!

    Do que sei a legislação Portuguesa não comporta estas especificações…. e circular numa ciclovia a mais de 25Km/h é proibido, alem de que coloca em perigo toda a gente (já a >20km/h é perigoso, quanto mais 49!!!)

    Apesar de gostar de saber que a tecnologia está a evoluir tenho receio de que este tipo de equipamentos coloque em perigo muita gente. Aqui por Lisboa, são carradas de Ubers de “bicicleta” a subir ciclovias, estradas, passeios a bem mais que os 25Kmh que deveriam ser a limitação da assistencia. Já para não referir que nem aos pedais dão!

    Cuidado a quem usar. E que use nos locais apropriados e não onde co-circulam crianças p.e.

    • Hugo Cura says:

      Obrigado pelo comentário e pelo alerta, é sempre importante!

      No entanto, fico na dúvida quanto ao principal propósito do comentário, principalmente devido a informação imprecisa:

      • “1000W??” – sim, na revisão mais recente ao Código da Estrada, traduzida na Lei n.º 72/2013, o Artigo 112.º no ponto 2 refere a potência de 1,0 kW
      • “circular numa ciclovia a mais de 25Km/h é proibido” – esta proibição não existe, não há limite de velocidade específico para as ciclovias

       
      Será que andar de bicicleta acima de 20 km/h é assim tão perigoso? Nas bicicletas normais, não elétricas, a que velocidade andamos? Fico confuso. O código da estrada indica que o condutor deve moderar especialmente a velocidade… depende do local e da situação, cada caso é um caso.

      Mas o ponto principal da questão é aquilo que é evidente ao olhar para esta bicicleta: o seu propósito. Esta ebike é, de caras, uma bicicleta off-road. Naturalmente que cada um faz o que quiser dela, mas era um “crime” limitar um “brinquedo” destes com o que vem na legislação para circulação na via pública.

      • Carlos says:

        Efetivamente fiz confusão com o limite de velocidade, talvez porque em Espanha tenham falado em implementar isso mesmo.

        No entanto desafio a fazer o teste de circular a 20kmh numa ciclovia e ser ultrapassado nessa mesma via por uma bicicleta a 30Kmh. O espaço que existe nas ciclovias é muito estreito, especialmente tendo em conta que muitas vezes essas mesmas ciclovias existem lado a lado com passeios sem qualquer separação entre ambos.

        Em relação à minha exclamação dos 1000W é semelhante a uma que teria sobre um carro com 250cv!!! Para quê? More is better?! Para subir declives de 35% de inclinação?!

        Mas há mais: “Depois, o modo 0, tem ação apenas com o acelerador” que não está de acordo com o mesmo artigo 112, nr.2 – Velocípede com motor é o velocípede equipado com motor auxiliar com potência máxima contínua de 1,0 kW, cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento da velocidade e interrompida se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o condutor deixar de pedalar.”

        Ainda do artigo 112, neste caso os pontos 6 e 7:
        “6 – Quem circular de trotineta ou dispositivo de circulação com motor elétrico, autoequilibrado e automotor ou em meio de circulação análogo com motor, equipado com motor com potência máxima contínua superior a 0,25 kW ou atinja uma velocidade máxima em patamar superior a 25 km/h, em desrespeito das características técnicas e do regime de circulação previstos no número anterior, é sancionado com coima de (euro) 60 a (euro) 300.
        7 – Os veículos referidos no número anterior são apreendidos de imediato”

        Tal como referi no meu comentário, estes equipamentos são interessantes, mas devem ser usados em ambientes próprios e controlados. Nada contra quem adquire.

        E repara que apesar do meu comentário inicial pode levar a pensar que sou anti-bicicleta, é precisamente o contrário. A minha Orbita sem motor é usada [quase] diariamente em deslocações para tarefas do dia-a-dia, que incluem p.e. ir buscar a minha filha à escola.

        E… precisamente por fazer uso [quase] diário dela, e ver o que se passa nessas ciclovias (neste caso da capital) em que a coexistência de bicicletas tradicionais e com assistência (Giras), que consigo entender a diferença de andamento (especialmente em subidas) e o risco que isso comporta para todos os utilizadores da via.

        Mas… cada um sabe de si, e o meu alerta é apenas para alertar que nem tudo o que é vendido e que nos chega a PT pode ser usado à vontadinha sem que isso tenha restrições legais ou possa colocar outros em perigo. Acho que o excesso de velocidade nos automóveis já acontece em demasia e causa demasiados acidentes… não necessitamos que isso passe a acontecer com ciclistas e peões, que frequentemente partilham a mesma zona.

      • Grunho says:

        Numa bike “normal”, sem assistência eléctrica, o Vicenzo Nibali foi cronometrado a 108 km/h na etapa do Mont Ventoux.

        • Carlos says:

          O Vicenzo Nibali não é um normal commuter a partilhar a ciclovia com pessoas dos “7 aos 77” com as mais diversas capacidades de controlo de uma bicicleta.

          • Grunho says:

            Pois não, mas serve para ver que limitar os motores a 250 wh e a assistência eléctrica aos 25 km/h vale exactamente zero. E o Nibali não está proibido de partilhar a ciclovia com as tais pessoas dos “7 aos 77”.

    • Grunho says:

      Porque é que os sem vergonhas do lobby automóvel se preocupam e ladram tanto contra os perigos de bikes de 25 kgs e estão caladinhos como ratos com as mais de duas toneladas do nojo dos SUVs que comercializam?

    • Grunho says:

      A legislação portuguesa foi escrita pelos sem vergonhas do lobby automóvel e por decisores políticos coniventes com eles. Que a última coisa que querem ver é a população a substituir em massa os maravilhosos carrinhos, que lhes dão uma mina de ouro, por bikes que andam praticamente à borla. Vai daí que a palavra de ordem é fazer a vida negra ao ciclista.

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