Utilização da IA no setor financeiro pode precisar de novas regras, diz BCE
A Inteligência Artificial (IA) está a tornar-se transversal, à medida que novas aplicabilidades surgem e outras amadurecem, ainda, "no forno". Para o Banco Central Europeu (BCE), é claro: a utilização da tecnologia no setor financeiro pode necessitar de novas regras.
Conforme avançado pela agência noticiosa Reuters, o BCE partilhou considerar que a utilização da IA generativa pelos bancos, bem como outras instituições financeiras, oferece uma série de oportunidades, tais como um processamento superior da informação, um serviço ao cliente mais eficiente e até uma maior capacidade de detetar ameaças cibernéticas.
Contudo, alertou para os riscos, incluindo o comportamento de "rebanho", a dependência excessiva de um número limitado de fornecedores e ciberataques mais sofisticados.
Embora a IA esteja, ainda, a dar os primeiros passos no mundo financeiro, na perspetiva do BCE, precisa de ser monitorizada e possivelmente regulamentada, no sentido de evitar danos aos consumidores e garantir o bom funcionamento dos mercados.
[...] A implementação da IA no sistema financeiro tem de ser acompanhada de perto à medida que a tecnologia evolui. Além disso, pode ser necessário considerar iniciativas regulatórias se as falhas de mercado se tornarem aparentes e não puderem ser resolvidas pelo atual quadro regulatório.
Disse o BCE, num artigo publicado no âmbito da sua análise sobre a estabilidade financeira.
Esta partilha vocalizada pelo BCE não deverá surpreender os mais atentos. Afinal, em março, o Parlamento Europeu estreou a regulamentação da IA, com o objetivo de garantir a segurança e o respeito pelos direitos fundamentais, promovendo a inovação, paralelamente.
Para já, a adoção de sistemas de controlo da IA pelas empresas financeiras europeias está "nas fases iniciais", segundo o BCE. Aliás, "os contactos com o mercado indicam que as instituições financeiras da área do euro podem ser mais lentas a adotar a IA generativa, dado o leque de riscos previamente discutidos (e) também considerando os potenciais riscos de reputação".
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