Desespero? X tem agora anúncios difíceis de detetar e impossíveis de bloquear
O X, gigante das redes sociais que Elon Musk comprou e rebatizou, lançou um novo formato de anúncio cujo os utilizadores não podem bloquear ou denunciar.
Anúncios subtis, X?
Os novos anúncios parecem publicações normais no X, mas não têm nome de utilizador, data/hora ou opção para gostar, retweetar ou denunciar. Apenas mostram um avatar, um texto e uma fotografia no feed "Para você" do utilizador.
What even is this @X? On my Following feed, we now just have random posts with no username, not a specified ad, no mechanism to report or engage with…
This platform has been broken for a while but it feels utterly in shambles these days. pic.twitter.com/doeUjvXq3x
— Andrew Markowiak (@aMarkzzz) October 2, 2023
Esta é uma das mais recentes medidas do X para aumentar as suas receitas, que caíram 42% desde que Musk assumiu o controlo da empresa no ano passado. Muitos dos seus principais anunciantes reduziram os seus gastos com o X em 90% ou mais nas últimas 12 semanas, em comparação com o mesmo período antes da aquisição.
O X também está a experimentar três planos de subscrição diferentes - Basic, Standard e Plus - que cobram aos utilizadores uma taxa mensal com base no número de anúncios que veem na plataforma.
Empresa recupera nos seus negócios de publicidade
A CEO do X, Linda Yaccarino, disse na quinta-feira que a empresa está a registar alguma recuperação nos seus negócios de publicidade, licenciamento de dados e subscrição. Afirmou que as receitas estão a crescer a um ritmo elevado, trimestre após trimestre, e que a empresa tem um fluxo de caixa positivo, sem contar com a dívida.
Yaccarino disse ainda que a empresa espera ter um fluxo de caixa positivo, mesmo com os pagamentos da dívida, até ao segundo semestre de 2024. A dívida, de 13 mil milhões de dólares, foi contraída quando Musk comprou o Twitter por 44 mil milhões de dólares e alterou o seu nome e políticas.
Os planos de subscrição destinam-se a atrair utilizadores que possam querer evitar pagar o preço total do serviço premium. Musk também sugeriu a cobrança de uma pequena taxa a todos os utilizadores do X, dizendo que isso ajudaria a eliminar os bots da plataforma.
A aquisição do Twitter por Musk afastou alguns anunciantes
Alguns anunciantes desconfiavam do seu comportamento errático e da sua abordagem descontraída à moderação de conteúdos. Antes de ser rebatizado como X, o Twitter ganhava cerca de 5 mil milhões de dólares por ano com a publicidade, o que representava quase 90% das suas receitas. Agora, o X tem de recuperar essas receitas, ao mesmo tempo que paga cerca de 1,2 mil milhões de dólares por ano de juros sobre a sua dívida.
Yaccarino afirmou que cerca de 90% dos 100 principais anunciantes da empresa regressaram ao X, contra 75% em junho. No entanto, disse que os seus níveis de despesa são mais baixos do que antes e que estão mais cautelosos com os seus orçamentos.
O X não é a única empresa de redes sociais a explorar opções de subscrição sem anúncios. A Meta e o TikTok também estão a considerar a possibilidade de oferecer este tipo de serviços aos seus utilizadores, em parte devido à alteração das regras de privacidade na Europa.
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O braço-de-ferro Musk-Alemanha é um bom laboratório sobre o futuro. Atenção às cenas dos próximos capítulos” – opinião de Bárbara Reis no “Público” de 07/10/2023
No menor número de palavras possível:
“Em Abril, o Governo alemão processou o X, que arrisca uma multa de 50 milhões de euros. As autoridades acusam a empresa de se recusar a tirar conteúdos racistas, anti-semitas, apologias do nazismo e ameaças de acções violentas. A Lei de Execução de Redes alemã (NetzDG) estabelece que as redes sociais com mais de dois milhões de utilizadores são obrigadas a responder a denúncias sobre conteúdos proibidos que são partilhados e são obrigadas a removê-los. Na Alemanha, há outros processos em tribunal por causa disto. O HateAid e a União Europeia de Estudantes Judeus processaram o X, argumentando que Musk não está a impor as suas próprias regras contra conteúdos anti-semitas. A acção foi posta num tribunal de Berlim. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime. Os queixosos dizem que 84% dos posts com discurso de ódio anti-semita não foram retirados do X. Isso foi em Janeiro”.
Mais recentemente, como já consta de outro post: “O X recusa-se a aderir ao Código de Conduta contra a Desinformação da UE — ao contrário do Google, Meta, TikTok e Microsoft — e saiu do acordo europeu. “O Sr. Musk sabe que não está impune ao abandonar o código de conduta. Há obrigações previstas na lei. O Twitter/X tem de obedecer”, disse Vera Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia com o pelouro da Transparência.
Relativamente à fábrica da Tesla na Alemanha que abriu com a capacidade de fabrico de 500.000 de AE e baterias, Musk quer ampliá-la para um milhão de AE, mas soube-se em julho que a expansão está a encontrar dificuldades.
Então que como é que Musk utilizou a política a seu favor, contra o governo alemão? Apoia a Afd, da extrema direita, mas de forma subtil. Musk não disse “viva os neonazis”, nem “vitória à AfD”. Republicou um post que diz isto:
— Há actualmente oito navios de ONG alemãs no mar Mediterrâneo que recolhem imigrantes ilegais para serem despejados em Itália. Estas ONG são subsidiadas pelo Governo alemão. Esperemos que a AfD ganhe as eleições para impedir este suicídio europeu.
Ao partilhar na sua conta, Musk escreveu:
— O público alemão sabe disto?
Também no X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão respondeu:
— Sim. E chama-se salvar vidas.
A seguir, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, disse que “salvar pessoas de se afogarem no mar é uma obrigação legal e europeia”.
No dia seguinte, Musk regressou ao tema:
— Francamente, duvido de que a maioria do público alemão apoie isto.
Não sejamos ingénuos. A página de extrema-direita a que Musk deu voz mundial tem 250 mil seguidores. A de Musk tem 158 milhões. Se o “público alemão” não sabia, passou a saber.
E conclui: “Musk pensa sobretudo em ganhar dinheiro e faz política para ajudar os seus
negócios. Há anos que Musk diz ser politicamente neutro e “radicalmente a favor da liberdade de expressão”. É falso. Em nome da liberdade de expressão, diz e faz as coisas mais incríveis. Não é por acaso que os eurodeputados da extrema-direita — Identidade e Democracia, que reúne os partidos de Marine Le Pen, Matteo Salvini e com quem o Chega se encontra — o propuseram para um prémio dos direitos humanos”.
Os anunciantes cortam-se com este tipo de coisas, em especial com as previsíveis sanções da UE, diga Yaccarino o que disser para mostrar que há uma luz ao fundo do túnel.
No meio desse comentário todo cheio de insinuações e projeções meu amigo, não percebo porque é que não se faz um referendo directo ás populações europeias sobre aquilo tem que sido um descalabro na aceitação de supostos migrantes refugiados e se aceitamos a migração nos moldes em que tem estado. Musk pode ter virado ao centro direita, ou ainda mais conservador, mas pelos vistos está na moda palavras como extra direita e colar o rótulo a toda gente. Quanto ao artigo que mencionaste do publico (o publico meu deus, que madraça de extrema esquerda) basta ver o rol de comentários que assentam por baixo, onde muitos dão a autora como vivendo num mundo diferente do resto de toda gente entre outras pérolas . Olha, já eu acho muito engraçado o silencio ensurdecedor sobre algumas ONG , muitas associadas á ONU pro Palestina, sobre o terrorismo do hamas e do ezbolá que tem sido feito no estado soberano de Israel. Acabei de ver uns vídeos verdadeiros onde estava a acontecer um festival de musica cheio de jovens, muitos foram executados a sangue frio. Entre extrema direita e extrema esquerda, o estrema esquerda escreve sempre os seus livros de história com muito mais barbárie do que qualquer regime nacionalista.
Sim, o público é de esquerda, pois claro que é. Porque a Sonae, vai permitir que um jornal seu publique notícias que ameacem a existência da primeira. Não, o público é de direita, uma direita mais moderada quando comparada com a direita que o grupo imprensa defende, mas de direita na mesma.
É a esquerda que escreve os livros de história? Não me digas que estudaste na antiga união soviética!
Ui, toquei na vespa. Basta ver a tendência dos seus comentadores e opinadores…. tenho-me estado a rir com o contorcionismo que estão a fazer para acusar Israel pela sua própria invasão. Aquilo no público já lá andam torcicolos e tudo. Não chamem o INEM, não há médicos….
E o quê que o ataque a Israel tem a ver com esquerda ou direita? Tens vários países de direita e extrema direita que não condenaram os ataques, como a Rússia, Emirados Árabes Unidos, Turquia, Arábia Saudita,…
Há pois, mestre Nuno Vasconcelos, agora é que a conversa ficou interessante. Não abrem a matraca devido ao nosso amigo petróleo, dai o desespero em querer substituir os veículos a combustão pelos elétricos. Para não se estar a depender tanto de culturas algo questionáveis segundo a nossa bitola ocidental. Ainda bem que o mencionaste. Estás sempre na trilha certa, só não a sabes ainda interpretar bem, mas estás no bom caminho.
Outra vez Vasconcelos? Fonix, deves ter algum desejo ardente por esse Nuno. Lamento mas estás a confundir-me com outra pessoa. Mas se quiseres chamares-me isso, tanto me faz, o meu nick não é o meu nome, por isso, que se lixe. Chama-se Vasconcelos se isso te excita.
O resto do comentário não lida com absolutamente nada do que disse. São, ou não são países de direita?
Se tu me dizes que a orientação política do jornal público, autores, jornalistas e opinadores é de centro direita (lmao), então diz-me tu Vasconcelos, o que é pra ti um país de direita? My young padawan
Muito simples, na ciência política, esquerda são, como por exemplo, os comunistas, anarquistas, socialistas, sociais democratas… (não confundir estes dois últimos com os dois partidos portugueses que usam este nome mas não praticam o que o nome indica). A direita são os monárquicos, reaccionários, fascistas, conservadores, anarco-capitalistas, neoliberais…
Portanto, os países que mencionei são ou não de direita?
Escrevi um comentário, bastante extenso, nem aparece nos “em aprovação”. Vejam lá se vale a pena.
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Dá-lhes com força Musk. Força na luta contra os ad blockers
Tanto nos EUA como em outras partes do mundo a publicidade tem de poder ser facilmente identificável como tal. O Musk está a puxar a corda ao máximo.