NASA consegue reparar a Voyager 1 que está a 23 mil milhões de quilómetros da Terra
A sonda espacial Voyager 1, lançada da Terra em setembro de 1977, está agora a cerca de 23,5 mil milhões de quilómetros de distância de casa. Contudo, apesar dessa distância de arrepiar a mente, os cientistas da NASA acabam de realizar um trabalho de reparação na nave.
Depois de em maio, a sonda ter começado a enviar informação totalmente desconexa, era necessário ajustar os seus sistemas, mas não se sabia o que se passava e se era possível essa reparação. O que foi então feito?
Segundo o que referiu a NASA no passado mês de maio, o Sistema de Articulação e Controlo da Atitude (AACS) controla a orientação da nave espacial e mantém a antena da sonda apontada para a Terra, para que esta possa enviar e receber dados. O sistema parecia estar a funcionar, mas os dados de telemetria que foram enviados eram inválidos e, de facto, pareciam estar a ser gerados aleatoriamente.
Embora o resto da sonda continuasse a comportar-se normalmente, as informações que enviou sobre a sua saúde e atividades não faziam qualquer sentido. Assim, através de um interruptor, que gere a forma como os dados são enviados de volta da Voyager 1, a agência espacial norte-americana parece ter resolvido a situação.
A Voyager 1 decidiu por si mudar as funcionalidades?
Na verdade, a avaliação da NASA permitiu aos cientistas perceber que a nave tinha começado a transmitir dados através de um computador de bordo parado de funcionar há anos atrás. Então, a equipa da NASA ordenou à Voyager 1 que voltasse ao computador correto para as comunicações.
O que intriga os cientistas é perceber por que razão a Voyager 1 decidiu começar a comutar para o modo como estava a enviar dados de volta ao seu planeta de origem. A explicação mais provável é um comando defeituoso gerado a partir de algum outro lugar nos sistemas eletrónicos da sonda.
Isto, por sua vez, sugere que há outro problema noutro lugar, caso contrário a troca de computador nunca teria sido feita. Contudo, a equipa da Voyager 1 está confiante de que a saúde a longo prazo da nave espacial não está ameaçada.
Vamos fazer uma leitura completa da memória da AACS e olhar para tudo o que ela tem feito. Isso irá ajudar-nos a tentar diagnosticar o problema que causou a questão da telemetria em primeiro lugar.
Explicou Suzanne Dodd, gestora de projeto da Voyager no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Califórnia.
Sondas estão "no fim do mundo"
A Voyager 1 e a Voyager 2 (lançadas com um mês de diferença) viajaram tanto em 45 anos que agora estão ambas para além do ponto conhecido como a heliopausa, onde os ventos solares do Sol já não podem ser sentidos e o espaço é oficialmente considerado como interestelar.
Kinda like time traveling...!
You can now retrace our 45-year flight path and experience what it's been like for us to travel through the solar system. Check out this updated immersive visualization created by our human friends back home.https://t.co/5woQUdpvjB pic.twitter.com/BIZlhcc6Cl
— NASA Voyager (@NASAVoyager) September 2, 2022
Apesar da Voyager 1 desligar alguns dos seus sistemas e perder alguma funcionalidade neste tempo, e da Voyager 2 mostrar também alguns problemas, ambas as sondas continuam a reportar à Terra - embora uma mensagem possa demorar cerca de dois dias a percorrer a distância necessária.
As sondas enviaram imagens de perto de Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, e nos últimos anos têm continuado a registar e a analisar as estranhas e maravilhosas experiências que estão a ter no espaço.
A Voyager 1 não desencadeou a sua rotina de 'modo seguro', o que sugere que não deteta nada de errado, e o sinal da nave espacial não enfraqueceu. Tudo bem, ela pode continuar a reportar durante muitos anos.
Estamos cautelosamente otimistas, mas ainda temos mais investigação a fazer.
Concluiu Dodd.
Esta e uma das mais desafiadoras missões que a humanidade pode seguir através do site da Voyager Mission Status.
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Entretanto a Peugeot diz que o problema do meu carro é o sistema de travagem, que bloqueia automaticamente o sistema e o carro fica imobilizado.
Entretanto chega o mecânico e diz que o problema é a bateria que está sem carga. Liga os cabos e o travão de estacionamento aciona sem problema.
Daqui a 150 anos chega a Alpha Centauri
22 dias-luz???
Quando leio algo com Voyager’s lembro-me sempre da V’Ger do filme Star Trek de 1079!