Influenciadores virtuais com aspeto perfeito e inalterável já existem. Conheça a Rozy!
A maquilhagem está sempre impecável, a roupa que usa não apresenta qualquer defeito, estando sempre imaculada, e, além de influenciadora digital, reúne outros talentos e atividades. A Rozy existe, mas não é de carne e osso.
Isto pode vir a levantar toda uma nova série de questões relativamente a padrões de beleza e ao impacto das redes sociais.
Os influenciadores digitais são aqueles que, através da sua presença e destaque online, reúnem um público que acompanha e é fiel aos seus conteúdos, opiniões e consumos. Se os que conhece são todos de carne e osso, então, trazemos-lhe uma novidade. Na Coreia do Sul, existem influenciadores virtuais.
Com mais de 130.000 seguidores no Instagram, Rozy é uma influenciadora digital sul-coreana digitalmente desenvolvida. Ela é de tal forma realista que os próprios fãs se fartam de perguntar sobre a sua origem.
De acordo com a empresa que a criou, em Seul, a Rozy é uma mistura de pessoa real e robô, com um toque de Inteligência Artificial. No seu website, a Sidus Studio X descreve-a como sendo capaz de “fazer tudo o que os humanos não podem, da forma mais humana”.
Desde o seu lançamento, em 2020, a Rozy tem reunido um portfólio de parcerias com marcas e patrocínios, desfilando em passerelles virtuais e apostado no mundo da música, com o lançamento de dois singles.
Exemplo da verosimilhança da Rozy com outros influenciadores digitais do mundo real é que uma jovem de 23 anos, a Lee Na-kyoung, começou a segui-la, pensando que se tratava de uma pessoa real. A partir daí, começaram uma relação de amizade que não foi abalada com a informação de que Rozy era, na verdade, uma criação tecnológica.
Imagem da Rozy adaptada aos contextos virtuais
A influenciadora virtual existe sob a tecnologia CGI (Computer-Generated Imagery), que é comummente utilizada na indústria do entretenimento, para concretizar personagens realistas em filmes, jogos e videoclips. No entanto, só recentemente começou a ser utilizada para a criação de figuras de influência.
Dependendo do contexto, a Sidus Studio X cria a Rozy utilizando a tecnologia CGI (para o Instagram), ou sobrepõe a sua cabeça ao corpo de uma modelo humana (para os desfiles, por exemplo).
Muitas grandes empresas na Coreia querem usar a Rozy como modelo. Este ano, esperamos atingir facilmente mais de dois mil milhões de korean won (cerca de $1,52 milhões) em lucro, apenas com a Rozy.
Disse Baik Seung-yup, o CEO do Sidus Studio X, acrescentando que, à medida que a influenciadora se foi tornando popular, começou a conseguir mais patrocínios de marcas de luxo e de empresas de comunicação.
Além das redes sociais e da publicidade televisiva, Rozy também atua no offline, estando a sua imagem presente em outdoors e autocarros.
Influenciadoras virtuais já são uma realidade e tendem a crescer
Tal como os influenciadores digitais de carne e osso, os virtuais constroem uma relação com os seus seguidores, através das redes sociais, onde partilham a sua "vida" e interagem. Esta indústria está em expansão e, a par dela, cresce uma economia associada aos influenciadores do futuro, que não envelhecem, não possuem falhas e estão livres de desavenças.
Para as gerações mais velhas, esta interação com uma influenciadora virtual pode parecer descabida. Contudo, por passarem muitas horas online e ser um mundo que não lhes é desconhecido, os jovens coreanos têm mostrado grande interesse.
Além disso, empresas como bancos e agências de seguros, que são tipicamente antiquadas, dizem ter jovializado a sua imagem depois de trabalharem com a Rozy.
Conforme enumera a CNN, os influenciadores virtuais nunca envelhecem, não se cansam e não geram desentendimentos, como acontece com as pessoas reais. Mais do que isso, a Sidus Studio X revelou demorar entre algumas horas a alguns dias a criar uma imagem para publicidades fotográficas, e entre dois dias a algumas semanas a estruturar um vídeo – sendo estes tempos muito mais curtos do que aqueles que envolvem pessoas reais.
Este mês, a Rozy lançará a sua própria marca de cosméticos, um NFT e, eventualmente, juntar-se-á a mais duas criações virtuais para formar um trio musical. Esta última ideia surgiu, uma vez que, segundo o CEO da Sidus Studio X, “não há grande diferença entre os humanos virtuais e as celebridades da vida real que as pessoas gostam”, pois os fãs estão habituados a ver os artistas através dos ecrãs.
Rozy não está sozinha no mundo dos influenciadores virtuais
Na Coreia do Sul, além da Rozy, existe também uma outra boneca criada pela retalhista sul-coreana Lotte Home Shopping. Esta criou a sua própria influenciadora virtual e apelidou-a de Lucy. Com 78.000 seguidores no Instagram, é possível que vá além da publicidade e comece a envolver-se em projetos de entretenimento.
De acordo com a CNN, a mãe da Lucy estará a trabalhar num humano virtual cujo público-alvo serão os consumidores entre os 40 e os 60 anos.
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Faz sentido, para quê pagar a pessoas humanas de carne e osso, que podem vir a estar em polémicas, morrer, etc. se podem pagar por uma modelo virtual que será eternamente daquela forma se assim o quiserem.
Isto parece o futuro. Pessoas humanas se preparem, em breve as redes sociais poderão dar um passo em frente e expulsar todos os humanos e só deixar estes modelos virtuais, de mega empresas, para servir de montra de vidas perfeitas, ao gosto de quem quer fazer publicidade segura.
As redes sociais só existem se existirem pessoas reais com contas lá, senão colapsa! Pode ser muito bom, mas se não tiver clientes, vale zero!
Isto para dizer o quê: influencer virtual é uma capa para qualquer um (o chefe do regime, por exemplo) levar o povo para onde eles querem! Já não é preciso dizer que foi o “tal ator” ou a “tal modelo”…. É uma capa para esconder a pessoa real e as suas ideias. Tal como este chat: um “nome qualquer” que nos esconde realmente, e então “podemos” dizer o que nos apetecer…
Mas terá pessoas reais a consumir a publicidade, só não podem é ter lá perfil próprio com fotos/ vídeos/ som, mas só para comentar o quão lindo/ maravilhoso é aquele conteúdo e tal… um pouco como o ebay por exemplo, onde as pessoas podem comentar o quão bom são os produtos.
Que parvoíce!!
Meu deus.
Realmente, vivemos tempos muito estranhos!…
WTF!
Este mundo está perdido…
Alguém se lembra do filme “S1m0ne”, de Andrew Niccol e com Al Pacino??? É apenas algo parecido…
Não posso crer que a “ grande influenciadora “ Vanessa Martins vai cair no esquecimento…
Ela que se apresse a “ queimar “ os últimos patrocínios, que depois será ( e já é ) uma simples mortal como todos nós!
Creepy shit
mas isso não vai contra as políticas de criação de contas? é um “bot” a conta tem de ser eliminada…