Novembro: 62% da produção de eletricidade teve origem renovável
Como é comum nesta altura do ano, as baixas temperaturas registadas o nosso país provocam uma subida no consumo de eletricidade. De acordo com dados da ADENE - Agência para a Energia, em novembro, 62% da produção de eletricidade teve origem renovável.
Tais números significam um aumento do consumo de energia elétrica de 4,0% face ao período homólogo.
Combustíveis fósseis representaram "apenas" 38% da produção de eletricidade
Tal como referido,62% da produção de eletricidade teve origem renovável, mais concretamente 31,2% eólica, 20,5% hídrica, 6,8% biomassa e 3,4% fotovoltaica. A energia eólica atingiu o valor máximo deste ano (em percentagem). Os combustíveis fósseis representaram os restantes 38% da produção (35,6% gás natural, 1,8% carvão e 0,6% outra térmica).
Segundo a REN, relativamente ao mercado de gás natural, apesar do comportamento positivo do mercado elétrico, manteve-se a tendência negativa registada nos últimos meses, com uma contração homóloga de 5,7%, em novembro, e uma quebra de 16% no segmento convencional, parcialmente compensada por um crescimento de 11% no segmento de produção de energia elétrica.
Entre janeiro e novembro, o consumo de gás natural registou uma variação negativa de 4,8%, face ao mesmo período do ano passado, com o segmento convencional a registar uma variação marginalmente positiva de 0,1% e com o segmento de produção de energia elétrica a recuar cerca de 13%. Portugal também consome alguma energia importada.
De relembrar que no passado dia 21 de novembro, foi o primeiro dia de produção de eletricidade sem recurso à queima de carvão, depois de a Central do Pego ter esgotado o stock de carvão que tinha, apesar de estar licenciada para funcionar até 30 de novembro.
Deixar de usar carvão na produção de eletricidade é um elemento crucial da descarbonização, tema que ganhou destaque e causou polémica na conferência do clima (COP26).
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Este artigo tem mais de um ano
Afinal nem todos os investimentos do governo socialsita de J. Socrates foram em vão…
Um buraco de 70 mil milhões havia de ter dado para fazer alguma coisa…
Mesmo assim convém saber quanta dessa energia foi subsidiada e quanta foi obtida com recurso a energias e tecnologias financeiramente sustentáveis.
Aquelas barragens que produzem energia sustentável, e enviam água para montante com energia subsidiada não contam.
Não foram em vão, mas não foram ao encontro do prometido: tornar a energia mais barata. Pensando melhor, na verdade até foram, tornando a energia mais barata para o produtor, mas não para o consumidor, que deveria ser o verdadeiro beneficiário do investimento, uma vez que se trata de investimento governamental (incentivos, etc).
@GM, se não fosse a energia subsidiada, estariamos a pagar o kwh neste momento a 30 ou 40 centimos + iva.
O que aconteceu foi que temos as feed-in tariffs, ou seja pagamos um valor garantido a rondar os 70€ ás eólicas.
Até agora como o preço médio era inferior a esse valor, estavamos a gerar défice, neste momento como o preco médio do Mwh é superior a 150€ estamos a gerar um benefício para o sistema, daí termos usado parte desse excedente para abater divida tarifaria e assim baixar os custos de acesso á rede + CIEGs
Espero que estejas a trollar xD é porque não sabes nem da metade dos subsídios quase vitalícios que o Sócrates deu, além de que a energia está mais cara por causa das “verdes”.. sendo que estamos no inverno até acho bem pouca percentagem
O comentário não é se a energia se tornou mais barata ou cara para o consumidor, mas sim o impacto ambiental. Porque mais uma vez se assemelha aos carros EV, são em média 50% mais caros mas não poluem como um a combustão na sua utilização.
Os países mais ricos europeus, têm eletricidade muito mais barata.
Não sei se pagas contas de eletricidade, mas é algo que os estrangeiros que vêm morar para Portugal se queixam. No fim do mês, pesa e não é pouco.
Por outro lado, as empresas, sobretudo fábricas, que consomem muita eletricidade, têm custos elevados, sobra menos para salários dos trabalhadores e perdem competitividade externa.
A energia “verde” é muito mais cara, que a de origem fóssil e ainda mais que a nuclear. Em suma, somos uns avançados, miseráveis.
+1
Pois é… não sei porque quando se trata de energia verde é tudo através de parcerias privadas….
@zequinha. Se formos a ver pela app espanhola da congénere da ren (REE), toda a europa sem excepção está com preços altíssimos, não é caso isolado em portugal.
Na Inglaterra, no sábado (18/12) houve uma hora em que o megawatt chegou aos 1500€ (https://www.current-news.co.uk/news/record-breaking-day-ahead-power-prices-shoot-to-1-750-mwh)
Sim, Portugal importa energia de Espanha que tem uma pequena percentagem de carvão no seu mix energético.
Portugal importa energia de muitos países não é só especificamente Espanha, a rede de transporte de energia acaba por ser universal por todos na hora de comprar energia entre países.
Neste preciso momento dependemos em 60% de outros, com o fecho das centreis a carvão. Contudo, importamos energia de centrais a carvão, nucleares e a gás. Se alguém fechar a “torneira” vai ser lindo.
Numa semana com o céu nublado, vives à luz da vela, ou tens contrato com fornecedor de energia e carregas o condensador nas horas de vazio??
qualquê o homem, tem lá o gerador a diesel para emergências…
Lembrem-se : a partir do dia 1 de Janeiro de 2022 quem estiver no mercado livre e com contrato com a EDP vai pagar bem mais do que paga actualmente.Pessoalmente já recebi uma carta da empresa no início do passado mês de Novembro a informar-me disso.Por isso ficam desde já avisados.
É analisar o mercado e trocar se assim for vantajoso
À custa de parcerias publico privadas…. não sei se neste caso os positivos superam os pontos negativos…
Suspeito que este número não seja verdade: devem estar a incorporar as estações de backup…
Um bom jornalismo iria investigar para verificar se este marketing é verdadeiro…
É falso. Basta analisar a factura da EDP
é verdadeiro… veja o MIX da Ren: https://datahub.ren.pt/pt/eletricidade/balanco-mensal/
André obrigado mas não.
O facto de eliminarmos precipitadamente as 2 centrais a carvão não nos vai permitir salvar o planeta.
Vamos importar energia de outras fontes.
Dai o facto de continuarmos a gastsr 72% de enbergia proveniente de fontes não renováveis.
Mais grave. As nossas centrais, pelo menos a de Sines, vao continuar a poluir tanto ou mais em…Marrocos.
O mundo NÃO agradece!