Nissan vai investir 15,6 mil milhões de euros para lançar 15 carros 100% elétricos até 2030
Serão os elétricos o futuro da indústria automóvel? Bom, se alguns há dois ou três anos ainda tinham dúvidas, atualmente, dada a aposta na transição, já não as devem ter. Uma das principais impulsionadoras desta mudança de paradigma foi a Nissan. Ainda assim, a empresa quer apostar mais alto e até 2030 pensa ter mais de 50% da sua oferta eletrificada.
A empresa nipónica diz que vai investir mais de 15 mil milhões de euros nos próximos anos e deixa escapar algumas novidades.
A Nissan anunciou hoje o seu novo plano de eletrificação. A empresa irá investir 15,6 mil milhões de euros para desenvolver baterias em estado sólido e para projetar o lançamento de 15 carros totalmente elétricos até 2030.
O plano, que se chama Ambition 2030, tem como missão acelerar a transição para os elétricos. Depois do Ariya ou Qashqai, a fabricante explica que vai apresentar 23 novos modelos eletrificados, incluindo 15 novos 100% elétricos.
Baterias de estado sólido e muitos eletrificados
Conforme foi referido, além dos novos veículos, o investimento será para desenvolver baterias em estado sólido. Assim, a partir de 2028, a empresa do Japão espera reduzir até 65% o uso de baterias de iões de lítio e apostar em novas tecnologias para um dos principais componentes dos elétricos.
Com base na procura dos clientes por uma gama diversificada de veículos, a Nissan apresentará 23 novos modelos eletrificados (entre os quais, estão incluídos os 15 novos carros totalmente elétricos) em nove anos. Dá uma média superior a dois lançamentos por ano, visando uma combinação de eletrificação de mais de 50% globalmente nas marcas Nissan e Infiniti (esta última, voltada para automóveis de luxo da empresa).
Nos próximos anos, a Nissan apresentará 20 novos modelos elétricos ou com e-Power, e está com objetivos mais próximos. Especificamente, em 2026, espera-se que na Europa a venda de carros elétricos ou híbridos seja superior a 75%. Uma percentagem que desce no Japão, país de origem da Nissan, para 55%. Já no grande mercado da marca, os Estados Unidos, esta percentagem rondará os 40% de carros exclusivamente elétricos até 2030.
Aproveitando a ocasião, a Nissan apresentou quatro novos conceitos elétricos, que se espera sejam a base de futuros novos modelos.
Assim, a marca apresentou o Nissan Max-Out, um desportivo descapotável com uma estética muito futurista; o Hang-Out, como um SUV compacto, e o Nissan Surf-Out, uma pick-up elétrica.
Por fim, foi também apresentado o Nissan Chill-Out, um crossover elétrico com um perfil aerodinâmico nítido e luzes LED.
A partir deste conceito, é explicado que ele usará a mesma arquitetura CMF-EV do Ariya 2022, embora a empresa não tenha anunciado mais detalhes sobre a sua potência ou autonomia.
Nissan tem um plano ambicioso em vários níveis
Portanto, o plano da Nissan para baterias é reduzir o custo das baterias de iões de lítio em 65% até 2028. Isto graças, em parte, à eliminação do cobalto que é responsável por parte do preço. Além disso, a marca dá um passo ambicioso para a produção de baterias de estado sólido com tecnologia proprietária até 2028. Estas novidades serão produzidas na sua fábrica de Yokohama e a data de 2024 é o primeiro grande objetivo nos lançamentos programados.
A marca destaca também a "obrigatoriedade" de fazer parcerias. A missão é ambiciosa e, sozinha, a empresa não conseguirá satisfazer a necessidade de componentes, principalmente no que toca à produção de baterias para 52 GWh em 2026 e para 130 GWh em 2030.
Para a Europa, a Nissan planeia expandir as suas instalações de recondicionamento de baterias. Não foram dados mais detalhes sobre onde decidirá investir estes recursos. No total, a Nissan espera contratar até 3.000 novos funcionários em todo o mundo nesta década.
A Nissan não esquece o carro autónomo, embora aqui a estratégia se limite a garantir que eles expandam a sua tecnologia ProPilot para 2,5 milhões de veículos em 2026 e que, até 2030, todos os seus novos carros virão com o LIDAR instalado.
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Desde que não venham com aquelas baterias do Nissan Leaf, a 30.000 € cada, está tudo bem.