NASA diz que há mais de 300 formas de o novo Telescópio Espacial James Webb poder falhar
Estamos a poucas semanas de um feito que poderá trazer consideráveis avanços na observação do Universo. Agendado o lançamento para próximo dia 18 de dezembro de 2021, o Telescópio Espacial James Webb irá finalmente para o espaço a bordo de um foguete Ariane 5. Após 14 anos de desenvolvimento, avanços e atrasos, este que é o mais avançado instrumento de observação do espaço estará envolvido na mais complexa operação alguma vez projetada.
Segundo a NASA, há mais de 300 formas de o novo Telescópio Espacial poder falhar na sua complexa sequência de ações até ficar operacional.
O maior e mais complexo telescópio espacial da NASA
Embora o Telescópio Espacial James Webb da NASA tenha enfrentado inúmeros obstáculos e atrasos em mais de uma década de construção, os dias mais difíceis do observatório ainda estão para chegar nos próximos meses.
O Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Telescópio Espacial Hubble, está programado para ser lançado em 18 de dezembro de 2021 a bordo de um foguete Ariane 5 do local de lançamento da Agência Espacial Europeia perto de Kourou, Guiana Francesa.
O desenvolvimento do observatório, considerado o telescópio espacial mais poderoso já construído, começou em 1996 com um lançamento inicial planeado para 2007. Agora, 14 anos depois, o telescópio concluído chegou ao local de lançamento e está quase pronto para descolar.
James Webb: Uma missão arrojada nunca tentada
Cerca de 28 minutos após a descolagem, o observatório desligar-se-á do seu veículo de lançamento e começará "a mais complexa sequência de implantações já tentada numa única missão espacial", de acordo com a NASA.
Esta implantação, que tem como objetivo desdobrar o escudo solar do James Webb, quando este estiver no espaço, inclui literalmente centenas de "pontos únicos de falha". Aliás, segundo Mike Menzel, engenheiro de sistemas da missão James Webb da NASA, são exatamente 344 pontos críticos.
Afinal quais são esses 344 pontos de falha?
Os engenheiros dizem que o telescópio tem 344 itens de ponto único que podem falar. Isto é, há partes do processo que são ações críticas que podem falhar na altura de o colocar a funcionar, quando os mecanismos começarem a preparar o estado final do equipamento. Conforme é referido, "aproximadamente 80% deles estão associados à implantação... É difícil evitar quando se tem um mecanismo de libertação. É difícil para colocar redundância total nisso. "
Apesar de ser um telescópio em desenvolvimento há muitos anos, a verdade é que os especialistas não conseguiram reduzir mais estes pontos.
Encontramos o ponto ideal entre obter o controlo que desejamos, com estas grandes membranas flexíveis, sem adicionar muitos pontos únicos de falha.
Disse Mike Menzel, engenheiro de sistemas de missão líder de Webb do Goddard Space Flight Center da NASA em Maryland.
E não há um plano B?
A milhões de quilómetros de casa, não é viável enviar uma equipa de reparação, não irá acontecer. Contudo, além de muita preparação e uma atenção redobrada aos pormenores, a missão no geral também tem muitos planos de contingência, ou planos para caso as ações não decorram conforme o planeado.
Temos vários planos de contingência.
Disse Menzel ao site Space.
Segundo este engenheiro, alguns dos planos foram “pré-formulados” para as partes críticas de implantação.
Há apenas uma implantação realmente crítica, e é aquela que retira o painel solar.
Explicou o líder da missão Webb.
Conforme também referiu Alphonso Steward, líder de sistemas de implantação de Webb da NASA, os planos de contingência para o Webb variam entre os muito simples, aos muito complexos, alguns são tão simples quanto reenviar um comando que não foi cumprido.
É referido que este projeto tem redundância em grande parte da missão Webb.
Nos últimos dois anos ou mais, a equipa tem praticado estes cenários de contingência, onde [uma] anomalia é introduzida, e a equipa trabalha para tentar resolvê-la, como se estivesse ensaiar os planos.
Disse Steward.
Ao longo de 24 anos desde o início do desenvolvimento, estima-se que o telescópio James Webb custou à NASA 9,7 mil milhões de dólares, no total.
O enorme observatório espacial tem um espelho seis vezes maior do que o do Hubble e um protetor solar do tamanho de um campo de ténis.
A sua missão será atingir o mais distante alcance possível do universo, o que significa que os cientistas esperam usar o telescópio espacial para estudar “mais para trás no tempo do que nunca”. Vão poder aprender mais sobre as origens do nosso universo, enquanto vão ter acesso a informação sobre o que nunca foi visto, e onde muitas explicações poderão ser dadas.
Este artigo tem mais de um ano
Podiam era usar parte desse dinheiro para acabar com a fome…
É verdade, mas tu depois querias mandar essas postas de pescada aqui e não conseguias. Pensa sobre o assunto