Primeiro rim artificial do mundo poderá libertar doentes da diálise
Quando os rins param de funcionar corretamente, o então doente vê-se, muitas vezes, preso à diálise – uma forma artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos no corpo. Mais uma vez, a tecnologia alia-se à medicina e juntas poderão conseguir que os pacientes tenham outras opções.
Um grupo de cientistas desenvolveu o primeiro rim artificial do mundo e a solução para as pessoas com insuficiência renal pode estar à vista.
De acordo com o kidney.org, a doença renal causa mais mortes do que o cancro da mama ou da próstata, e afeta milhões de pessoas pelo mundo fora. Embora os transplantes renais sejam possíveis, a resposta nunca alcança a procura e existe ainda a possibilidade de o corpo do paciente rejeitar o órgão doado.
Nesse sentido, a opção mais viável é a diálise. Contudo, este é um processo complicado, que implica uma significativa alteração no estilo de vida do paciente, uma vez que a sua vida depende, em grande parte, do processo.
Agora, em mais uma parceria entre a tecnologia e a medicina, o Department of Health and Human Services dos EUA e a American Society of Nephrology – fundada para “acelerar a inovação na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças renais” - podem ter encontrado a solução, de acordo com um comunicado de imprensa.
O chamado Kidney Project é um novo rim bioartificial implantável, concebido para apoiar, de forma sustentável, uma cultura de células renais humanas sem causar uma resposta imunitária. Este projeto acabou de ganhar 650.000 dólares da KidneyX, pela demonstração de um protótipo funcional.
Ou seja, os doentes com insuficiência renal podem renunciar ao processo da diálise, muitas vezes desconfortável, e aos medicamentos imunossupressores, tomados aquando da realização de um transplante renal.
A visão para o rim artificial é proporcionar aos pacientes uma mobilidade completa e melhores resultados fisiológicos do que a diálise […] Promete uma qualidade de vida muito mais elevada para milhões de pessoas em todo o mundo com insuficiência renal.
Disse Shuvo Roy, que é membro da faculdade do Department of Bioengineering and Therapeutic Sciences.
O KidneyX Artificial Kidney Prize convidou cientistas e engenheiros a submeterem propostas de terapias de substituição renal, que representassem opções viáveis de tratamento.
Este artigo tem mais de um ano
E para quando chegará?
Uma boa noticia de esperança para quem faz hemodiálise em primeira instância e para todos os outros que intervém de forma directa e indirecta com esta realidade !
Eu faço hemodiálise a 25 anos depois do primeiro transplante estou imunizado e é mais difícil encontrar um rim compatível estou em lista de espera mas as artérias começam a ficar calcificadas por isso o rim biónico pode ser uma solução para o nosso tipo de problema espero que seja verdade para uma nova vida e esperança para quem espera por um rim a muito tempo
Olá Jorge,
Se faz diálise há 25 anos é mesmo muito tempo, gabo-lhe a resiliência e sei da vontade que é querer uma solução para o problema, só que convém manter as expectativas baixas, porque muitas vezes estes artigos são muita “parra e pouca uva”. Este tipo de dispositivos são muito avançados e a cada década que passa, são ainda mais, mas daí a produzir os resultados esperados, é preciso aguardar para ver.
Desde 2018 tenho um rim e um pâncreas transplantados e ao contrário do artigo que refere a problemática dos imunossupressores, confesso que nunca me senti tão bem na vida, até um dia…
Boa sorte!
Graças a Deus tem tudo para dar certo …
Minha mãe ja esta na fila de transplante a algum tempo e esses rins artificiais seria a solução dos problemas…