Framework Laptop: está a chegar o computador modular… reparável
O conceito de usar e deitar fora no mundo da tecnologia de consumo é muito comum. Contudo, há uma enorme exigência, com vista ao cumprimento de metas ambientais, em reduzir o lixo tecnológico. Assim, quanto mais reparável for um produto, menos impacto se espera que tenha para o meio ambiente. O Framework Laptop poderá ser revolucionário no segmento dos computadores portáteis, deste ponto de vista.
Segundo a empresa, chegará aos mercados já nesta primavera.
As empresas tecnológicas são peritas em criar gadgets com um tempo de vida útil quase limitado, com o objetivo de incentivar a compra de um produto melhor. No entanto, esta realidade gera uma pegada ambiental enorme e, claramente, as empresas estão a ser pressionadas para mudar as regras do jogo.
Hoje, por exemplo, vemos um pormenor tão pequeno como a Apple e a Samsung abdicarem dos carregadores dentro das caixas. Ao nível da reparação dos produtos um outro exemplo trazido a público há poucos dias é o da Apple que, em vez de substituir os novos iPhones em caso de avaria, vai passar a repará-los, se assim for possível.
A Framework é uma startup ligada ao hardware que quer lançar um computador portátil, modular e que traz a sua própria chave de fendas, para que qualquer pessoa possa repará-lo ou mesmo fazer um upgrade de alguns componentes.
Framework Laptop - o computador portátil reparável e modular
O Framework Laptop é presentado como um computador portátil de 13,5", com várias peças modulares. O objetivo é que qualquer utilizador possa facilmente trocar vários dos seus componentes sempre que houver uma avaria ou quando for necessário colocar hardware mais recente.
É evidente que no mercado os computadores são reparáveis, na sua maioria. Contudo, alguns processos obrigam o envio do computador para um centro de reparação especializado. Aqui, quer-se todo o processo seja simples e acessível mesmo a pessoas com menos conhecimentos.
O ecrã, por exemplo, está assente uma estrutura magnética facilitando muito a sua substituição. O ecrã tem uma resolução de 2256 x 1504 píxeis, há uma webcam de 1080p e 60fps e um teclado de 1,5 mm, também fácil de substituir.
Estará equipado um processador de 11ª geração Intel Core, WiFi 6 e poderá ter até 64 GB de DDR4 e até 4 TB de armazenamento SSD Gen4 NVME. Em termos de sistema operativo, estarão disponíveis as opções Windows 10 Home ou Pro.
Uma outra particularidade é a forma como a empresa lida com as interfaces de ligação. Sem colocar várias portas ao longo da lateral do computador, como é habitual, existe um módulo para ir substituindo as interfaces conforme as necessidades. São chamados de Cartões de Expansão e incluem pequenas caixas com ligações USB Tipo-C, USB-A, HDMI, DisplayPort, MicroSD e até um SSD extra.
Por fim, há que referir que a marca diz ter uma máquina feita com alumínio reciclado (até 50%) e com plásticos reciclados (até 30%). Não há ainda um preço, mas a marca avançar que o Framework Laptop chegará ainda nesta primavera, podendo ser adquirido montado ou numa versão em que é o utilizador a montar todo o computador.
Este artigo tem mais de um ano
Espero que tenha sucesso!
Eu também.
É que, de facto, é muito apetecível!
“É evidente que no mercado os computadores são reparáveis, na sua maioria.” Penso que não existe reparação a nível de hardware quando este avaria. Por exemplo, motherboards, gráficas, memórias, CPU, drives ópticas, fonte de alimentação quando avariam, não são reparadas mas substituídas por outras iguais ou compatíveis. A dita “reparação” encontra-se na pesquisa e localização da “avaria” em qualquer dos componentes e da sua substituição.
Esta situação faz-me lembrar os tempos dos relógios Timex que, quando avariavam, eram substituídos por outros modelos. Aconteceu-me por duas vezes.
O Mac M1 é muito pouco reparável. Uma simples avaria num disco manda o computador para o lixo.
Muitos Portateis se algum componente se avariar a unica solucao substituir todo o computador.
Substituir toda a máquina, é diferente que subistituir compomentes.
Se assim for nada é reparavel, se um carro tiver uma avaria a maiora das vezes a “reparacao” é substiuir o componente
Que não seja igual ao Project Ara… https://pplware.sapo.pt/google/lancamento-do-projecto-ara-adiado-para-2016
Bem já havia portáteis, que se podia trocar cpu e GPU e alguns módulos, agora isto é outra coisa, só espero que seja um pouco durável…….
É de louvar esta iniciativa mas sinceramente não vejo nada de inovador neste modelo em especial. Segundo informações do site, o cpu é soldado na motherboard. O que dará para substituir então? Memória, drives e bateria? Isso dá para substituir em praticamente todos… Quanto às portas substituíveis, é daquelas ideias giras no papel, mas que depois se pensarmos bem nisso, facilmente se resolvia com uma única porta USB-C e um dongle como já acontece em muitos portáteis.
Processador está soldado como tu referes mas segundo o site vai-se poder atualizar apenas trocando a motherboard. A razão de estar soldado, no meu entender, é porque a maioria das pessoas não sabe colocar o CPU no socket podendo levar a inutilizar o CPU. No meu caso o problema seria colocar a pasta térmica, o meu único calcanhar de Aquiles no que respeita a informática.
Colocas no meio por cima do cpu o tamanho e a forma de uma ervilha com a seringa da pasta térmica (uma bolinha de pasta). A seguir é só colocar o cooler por cima e fixar. Não há segredo nenhum, seja um X, uma bolinha, ou besuntar em toda a área do cpu vai dar ao mesmo ou a diferença é mínima de 1 a 2 graus C. O que interessa é ter la a pasta para não sobreaquecer.
Não estou a ver grande futuro nisto.
Mais um projeto com o mesmo destino dos smartphones modulares.
O utilizador comum não se aventura a desmontar o laptop por mais fácil que seja e os técnicos desmontam quase qualquer máquina…
Arrisco a dizer que a diferença para os normais deve ser na facilidade na troca dos componentes porque de resto o preço do computador e dos componentes devem ficar mais caros que os normais
O problema que verifico na maioria dos portáteis é o fato da gráfica estar soldada à motherboard o que não permite qualquer tipo de upgrade a este nível. Em 2013 comprei um Clevo W370ST que tinha um i7-4700MQ e uma GTX 765M 2 GB. Em 2015 saiu o Rise of the Tomb Raider e a gráfica era incapaz de correr o jogo decentemente. Um portatil que na altura custava quase 1000€. Um Asus equivalente mas com um GPU mais fraco custava 1200€. Um portatil modular facilitava na altura de fazer um upgrade… e não tinha comprado um fixo tão depressa…
O CPU está soldado a board! Para modular já existe a série T da Lenovo. Mais do que testado e aprovado.