Em 2020 registaram-se 123 mil mortes! Pior número dos últimos 99 anos
A pandemia por COVID-19 e o impacto em outras patologias alteraram bastante o número de óbitos anual no nosso país. Para termos valores idênticos o número de mortes do ano que passou é preciso recuar a 1920, ano da pandemia espanhola.
O ano de 2020 fechou com 123 mil mortes e uma boa parte deveu-se à COVID-19.
eVM: a Plataforma de vigilância de mortes
Provavelmente não conhece a plataforma eVM (sistema de vigilância da mortalidade em tempo real que analisa os certificados de óbito). Este serviço Serve essencialmente para permitir a articulação das entidades envolvidas no processo de certificação dos óbitos e tem como objetivos a desmaterialização dos certificados de óbito, o tratamento estatístico das causas de morte, entre outros dados importantes. O serviço mostra as mortes em tempo real.
A ferramenta online permite a qualquer pessoa saber algumas das causas de morte, como acidentes de trânsito ou de trabalho, suicídios, homicídios ou causas naturais; mas os dados concretos que envolvem as mortes (local, identidade, nome dos médicos que assinam o documento) só estão acessíveis a médicos do centro de análise da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Com base nos dados do eVM, relativos a 1 de janeiro, é possível apurar que, no ano passado, morreram em Portugal 123.667 pessoas. O diário avança que mais de metade do total de excesso de mortalidade se deve à COVID-19, revela o Jornal de Notícias.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 1920 foram registadas 144 mil mortes em Portugal. Em 1918, morreram 253 mil pessoas em Portugal e em 1919 foram mais de 154 mil.
A COVID-19, responde por cerca de metade do total de excesso de mortalidade. Analisando os dados desde 1960 (quando começaram a ser registados pelo INE), até 2020 o pior ano (mais recente) tinha sido 2018, com 113.051 óbitos. Na altura o maior número de mortes tinha sido explicado pelo envelhecimento da população e por uma onda de calor, revela o Jornal. Agora, deve-se à pandemia mas também às chamadas mortes colaterais (por falta de assistência atempada).
No primeiro dia de 2021 registaram-se 422 mortes.
Leia também...
Este artigo tem mais de um ano
Metade do excesso de mortalidade deve-se ao COVID-19, a outra metade deve-se ao facto de nos focarmos apenas no Covid e deixamos os outros pacientes morrer, com doenças ainda mais graves!!!!!!
Se o estado se focar um bocado menos no covid e nós todos ajudarmos, sem fazermos festas absurdas nestes tempos (considero criminoso), os números baixam claramente.
O país não pode voltar a confinar, agora é o “aguenta” ou morremos todos à fome!!!!!!!!
Se alguém precisar de “tradução”, diga!
Se focar menos no covid, morrem mais com covid.
+1
“Metade do excesso de mortalidade deve-se ao COVID-19” eu diria menos de metade talvez 30% a 25% ou menos!
Exatamente. Mas no fundo, o denominador comum das dua metades é a COVID-19. Infelizmente muitas pessoas não recebem ajuda atempada porque os hospitais estão superlotados com doentes COVID, além de restrições apertadas derivadas da pandemia.
Alguns hospitais, foi verdade—dizer que são todos…é “banha da cobra” da dita classe médica…quem não chora não manha! Conhecem o ditado?
Pode ser, é importante mostrar as provas. Certamente haverá falhas e aproveitamento, mas precisam-se é de factos.
Tal qual.
Aliás, depois de Maio deste ano, depois da novidade da epidemia (pandemia é esticar a corda), mortes por falta de assistência, não será homicídio do Estado?
Pagaram bem à família do ucraniano (valor nunca visto!!!)…se calhar, se alguém que queira ou tenha €€€, pode colocar o Estado em Tribunal!
Não faltam relatos de recusa de assistência.
Ainda estou à espera da minha consulta com o médico de família, que estava marcada para Abril de 2020, e foi “adiada para data incerta”, e depois me contactavam para marcar a nova data.
boa tarde! Sr. Américo Mendes .
Pandemia é esticar a corda? claramente não sabe o significado de pandemia nem de epidemia! mas eu dou lhe uma ajuda :
pan·de·mi·a
(grego pandemía, -as, o povo inteiro)
nome feminino
Surto de uma doença com distribuição geográfica internacional muito alargada e simultânea.
ainda acha que chamar pandemia é esticar a corda? quer comentar aqui força, mas pelos menos evite fazer figura de idiota negacionista.
se passar mais tempo a ler e a informar-se do que a debitar postas de pescada só para aparecer, fica melhor o senhor Américo Mendes que aprende, e ficamos melhor todos nós que aqui vimos, que não levamos com comentários como o seu.
é mesmo de Tuga, armar se em esperto, negar fatos só porque sim e criticar o estado por tudo e por nada.
Sim, meu Caro, sei bem a diferença, não se preocupe.
Desculpe se o ofendi (não era o propósito, nem a si, nem a ninguém). Escrevi “errado” para dar mote ao facto de ser algo grave (a SARS COV 2),mas que se foi muito para além do razoável depois da primeira vaga. Isto no contexto que esclareci (reler).
Talvez a forma que usei tenha sido demasiada para os puristas, como parece ser o seu caso. Nesse sentido e porque tem razão, lamento e peço desculpa.
Fica o conteúdo mais importante que a forma tipo “ironia exacerbada” que preconizei, mas sem intenção de ferir suscetibilidades de conceitos (considere que tenha usado uma figura de estilo próxima do eufemismo…vale?).
Bom ano!
Nota importante: Não sou negacionista, de todo! De onde raio tirou essa ideia?
Sim, pandemia é esticar a corda.
Um bocado estranho é aceitar que hospitais que com poucas dezenas/ centenas de pessoas ficam sem capacidade de atendimento, quando têm literalmente dezenas a centenas de milhares de pessoas a viver na sua área de abrangência.
Onde estão as demissões políticas por esta falha gravíssima? E responsabilização criminal?
Sou só eu que fica preocupado com a falta de planeamento antecipado no sentido de ter os meios e recursos para o dia a dia e para as catástrofes recorrentes ao longo do tempo (terramotos, tsunamis, gripes que afectam mais gente em certos anos, etc.)?
Se fossem só os privados a prestar o serviço ainda poderia compreendia a mentalidade de “só para o dia a dia”, mas prestado pelo estado espera-se que tenham a área da protecção civil em consideração e que por isso já sobre-dimensionem as instalações e os meios humanos para quando o “esterco atinge a ventoinha”.
É o incremento da mortalidade por COVID: com mortes directas por COVID e mortes indirectas por COVID!
É como na guerra, o aumento da mortalidade não se deve apenas às pessoas alvejadas, mas também à destruição do sistema económico e de suporte (nomeadamente sanitário).
Depois do alívio no Natal espera-nos um trimestre complicado! E não é só em Portugal…
Veja-se o UK: 25 k internados – aumento de 6% em 24h – aumento de 41% desde o dia de Natal.