Cientistas criam um olho ciborgue que imita o verdadeiro
Sim, a ciência tem de estar mais presente na vida dos humanos, tem de ser mais proativa e ter como foco a preservação da vida humana. Assim, é interessante perceber que os cientistas estão a trabalhar há anos com olhos artificiais, mas a imitar a forma e o comportamento de um olho real. Segundo os investigadores, o trabalho não tem sido fácil, dada a complexidade deste órgão. No entanto, um avanço pode apenas levar a um design prático.
Segundo o que foi publicado, há novidades muito promissoras de um produto que poderá restaurar a visão a quem perdeu esta capacidade. Vamos conhecer este olho ciborgue.
Olho ciborgue que até parece real!
Os investigadores criaram um olho ciborgue cuja função e estruturas partilham muitas coisas com a sua contraparte humana. Um conjunto de fotossensores de nanofios formado dentro de uma membrana hemisférica de óxido de alumínio serve como retina. Além disso, existem fios formados a partir de um metal líquido (liga eutética de gálio e índio) que replicam os nervos, enviando sinais destes sensores para processamento externo.
O dispositivo está tão pormenorizado que vai ao ponto de imitar mesmo o humor vítreo (o gel entre a lente e a retina) com um líquido iónico.
Segundo o que foi apresentado, este olho é composto por materiais adicionais necessários para o manter a funcionar corretamente. Assim, incorpora uma camada de índio que ajuda a melhorar o contacto elétrico, enquanto que a tomada de silicone polímero mantém os sensores e os fios alinhados.
O olho artificial tem 2 centímetros de diâmetro, com o seu centro oco preenchido com um fluído condutor. Um olho humano adulto é de tamanho semelhante e é preenchido com um gel claro chamado humor vítreo.
Mais que um produto "estético" é um devolver da visão
Não se trata apenas de uma semelhança estética. Em alguns aspetos, é próximo e até superior aos olhos orgânicos. Conforme é referido, a resposta deste olho é quase a mesma em todo o espectro de luz visível, enquanto que os seus tempos de resposta e recuperação são mais rápidos. Os nanofios são ainda mais densos do que os fotorreceptores de um olho real.
Vai demorar muito tempo até que um olho artificial como este esteja pronto para restaurar a visão. O seu ângulo de visão diagonal de 100 graus não é tão amplo como os 130 graus do real, embora isso possa ser melhorado.
A área total de deteção de luz tem apenas 0,08 polegadas de largura e a sua resolução de 100 pixels está bem abaixo do que seria necessário para uma imagem significativa. O atual processo de fabrico é também dispendioso e lento, ao mesmo tempo que há uma hipótese de os materiais perderem eficácia com o tempo.
Ainda assim, isto promete ser um marco para os olhos ciborgues. Com bastante requinte, isto poderia levar a implantes que restauram a visão ao mesmo tempo que preservam o aspeto natural. Os cientistas também acreditam que um dia poderão alimentar o olho com luz solar. Assim, poderá não precisar de uma fonte de energia separada, pelo menos até escurecer.
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