A Microsoft quer recolher (discretamente) mais dados dos utilizadores através do Office
A Microsoft nem sempre foi clara nas suas intenções no que toca à recolha de dados dos utilizadores. Para além de o fazer de forma pouco transparente, nunca indicou explicitamente para que quer esta informação e que uso lhe dá.
Isto tem levado a queixas que acabam por ser resolvidas, com o desistir da Microsoft. Mas a empresa voltou agora a tentar recolher dados e escolheu o Office para isso. O problema é que o quer fazer de forma muito subtil.
Agora, parece estar a querer repetir este processo, desta vez no Office. Um novo ecrã está a surgir aos utilizadores quando abrem uma das apps desta suite de produtividade. Isto resulta da suposta necessidade de dar um maior controlo aos utilizadores sobre os seus dados.
A Microsoft quer recolher mais dados dos utilizadores
O problema é que a forma como este ecrã está preparado poderá levar a que ainda mais dados sejam recolhidos, com o consentimento dos utilizadores. Na verdade, estes são encaminhados para aceitar o apresentado, que basicamente autoriza a recolha de ainda mais informação. Não existe forma de o contornar.
Este processo é composto por 3 fases e a primeira, está focada na necessidade de dar a informação à Microsoft. Procura convencer o utilizador a autorizar a recolha de dados adicionais para garantir o bom funcionamento do Office e dos seus componentes. Mesmo tendo a possibilidade de recusar, o Sim é o mais simples e lógico.
Até as definições do Office foram mudadas
No ecrã seguinte, mais uma vez com texto a pender para a Microsoft, somos informados que a localização das definições de privacidade do Office foi mudada. Está agora num local mais complicado de encontrar, tal como se esperaria para que não sejam alteradas.
Por fim, e para terminar o processo, temos finalmente a indicação dos dados a serem recolhidos. Estas opções são exaustivas e estão todas ativadas. Algo que irá empurrar o utilizador a aceitar tacitamente o que está escolhido. Assim e de forma discreta, reverte para a Microsoft ainda mais informação.
Segundo a Microsoft, esta alteração ocorre para quem tem a versão Office 1904 ou mais recente do Office. Mais uma vez a questão da recolha dos dados volta a surgir e a ser um ponto de choque entre a Microsoft e os utilizadores.
Este artigo tem mais de um ano
Surveillance Capitalism. O modelo de negócio da era digital, altamente lucrativo como mostram os biliões da Google e Facebook.
Estou bem com o Office 2010
Mais um exemplo de espionagem empresarial e de vigilância do povo. Mais um prego no caixão da microsoft.
Não sabes o que dizes pois não ?
É por essas e outras que prefiro utilizar software opensource, mesmo que ela me dê de graça um Office.
Eu desaconselho os meus clientes a usarem as soluções Office 365, porque estão em desconformidade com o RGPD. É um risco.
O problema já é bem conhecido e está a ser alvo de inquérito em vários países europeu.
https://www.politico.eu/article/microsoft-to-update-office-pro-plus-after-dutch-ministry-questions-privacy/
E até porque sai mais caro. As pessoas só olham para o custo inicial, ao longo de anos o 365 vai sair bem mais caro que o Office de retalho.
Isso só é verdade se se cumprir escrupulosamente a licença e só se instalar o Office num único PC e não se usar o Office e mais nenhum serviço que o Office 365 tem.
Isto é, só se se instalar o Office num só PC, como o licenciado, e não se usar nenhuma forma paga de e-mail, backup, alojamento e partilha, seja na cloud ou on-prem, ou seja, se se trabalhar à moda antiga, cada pessoa tem o seu PC com o Office e se quiserem partilhar dados há sempre quem tenha uma pen USB.
E se ainda há empresas que trabalham assim, bom, depois queixam-se que não conseguem competir…
99 euros para 6 pessoas com 1TB cada um de armazenamento no OneDrive. É caro ?
não é que seja caro, mas convenhamos, quem é que gasta 1TB de espaço? os que gastam, certamente 90% daquilo que têm lá já pode ser considerado lixo porque já devem ser reliquias que por lá andam tão antigas que até devem ter ganho sentimentos por elas…
faz-me lembrar o meu irmão e a sua coleção de filmes… ocupa-lhe uma parede inteira e já não lhes pega à anos…
É caro sim, pois não precisas de OneDrive.
não é caro, e muito dinheiro e uma fonte de renda vitalícia. para uma boa parte das pequenas e micro empresas (pelo menos estas) as licenças perpétuas compensam de longe.
para estas empresas é absolutamente desnecessário ter sempre as últimas novidades do office. usam as mesmas funcionalidades há décadas e vão continuar a fazê-lo por mais umas quantas décadas.
o modelos de licença anual/mensal têm um interesse enorme para um tipo de entidades: as que os vendem! caso assim não fosse não o tentaria impingir de todas as formas possíveis e imaginárias
“Está agora num local mais complicado de encontrar, tal como se esperaria para que não sejam alteradas.”
Ah sim, e onde estão agora, antes desta mudança?
Só mesmo um fanático é que diria que colocar as definições de privacidade literalmente a dois cliques de distância e num sítio muito mais fácil de encontrar é pior que a forma anterior, onde as difinições de privacidade estão escondidas algures numa coisa chamada “Centro de Confiança”.
Ja que estamos a falar de recolha de dados, porque nao o pplware falar da recolha que ele proprio faz, dos parceiros e de quem tem acesso a essa informacao recolhida? Porque falar da recolha de dados comeca a parecer uma batalha de David contra Golias. Porque toda a gente recolhe e vende a nossa informacao na web. E com a Big Data, nao vejo forma de parar, mas sim aumentar, pois temos de alimentar esses algoritmos da Machine Learning.
Isto já vem acontecendo há muito tempo. Deve existir um acordo entre Microsoft e o SNA , com a desculpa de combate ao terrorismo.
Esta questão só existirá se ninguém ler o que lhe aparece pela frente. É tão fácil dizer não como dizer sim. Este artigo serve mais para o click baite do que para outra coisa.
Falou o defensor sem noção da Microsoft.
Devias ser chamado de “Cortana”.