Cambridge Analytica usou mais apps para tirar dados do Facebook
O escândalo da Cambridge Analytica e da recolha de dados dos utilizadores do Facebook teve como base uma simples aplicação usada nesta rede social e que muitos utilizadores usaram para, supostamente, ajudar numa investigação científica.
Agora, e numa declaração numa comissão de investigação, uma ex-funcionária da Cambridge Analytica veio revelar que afinal foram usadas mais apps, o que pode aumentar ainda mais os dados que foram indevidamente retirados do Facebook.
Estima-se que tenham sido mais de 87 milhões de utilizadores atingidos pela recolha indevida de dados realizada pela Cambridge Analytica. Sabe-se que esta empresa usou uma aplicação aparentemente inocente para recolher dados dos utilizadores e dos seus amigos, que depois usou para fazer análise e perfilagem.
Julgava-se, até agora, que tudo estaria contido e limitado a essa aplicação e a esses dados, mas agora, e numa audiência realizada no Reino Unido, que está a investigar esta situação, foi revelado que afinal podem ter sido mais aplicações usadas, com o mesmo propósito.
Foi Brittany Kaiser, uma antiga funcionária da Cambridge Analytica, que revelou a possibilidade de existirem outras aplicações do Facebook usadas com o mesmo fim. No seu testemunho escrito ela avança que, por exemplo, o questionário "sex compass" terá sido usado.
Não foi revelado ao certo nem quantas e nem quais apps foram usadas, mas ficou claro no depoimento que existiram mais apps e que o propósito destas era o mesmo da app "This Is Your Digital Life".
Brittany Kaiser revelou ainda que a Cambridge Analytica mentiu ao Facebook sobre os dados que detinha. Para exemplificar mostrou que os analistas da Cambridge Analytica estavam ainda a usar os dados do Facebook dois meses depois de terem garantido que estes tinham sido eliminados.
O Facebook continua a investigar e a analisar os dados que foram obtidos e já bloqueou até outras empresas que podem ter obtido dados da mesma forma. Ainda é cedo para se perceber a real dimensão deste problema, mas todos os dias surgem informações novas e que aumentam exponencialmente a sua escala.
Este artigo tem mais de um ano
Podem fazer o que quiserem com a informação que depositei nas redes. Não sou hipócrita.
Mesmo influenciar as tuas decisões futuras sem que te apercebas?
Influenciar? Não. Nada me influencia. Tenho cabeça para pensar.
No meio disto tudo, há algo positivo a tirar: as pessoas ficaram com mais conscienca da sua privacidade. Com artigos que vou lendo no pplware e noutros sites já corrigi definições que pensei que fossem inocentes.
Muito bem…novo look do Pplware. Parabéns. Só falta colocarem o autor do artigo.
Toca a experimentar a nova feature da votação 🙂
Acerca do look, gosto mas à primeira vista parece me que gosto mais do anterior, especialmente do lettering. Mas pode ser só pela questão do hábito.
Mas mudar é sempre bom.
Parabéns!
Novo look do Pplware. Parabéns. Só falta o autor do artigo.
Novo look ta fixe, mas por favor pplware:
#page { background: #01265d; }
Era o mais marcante! 😛
Concordo agora está com muita “luz”
Novo visual, está melhor, na minha opinião, mas como já foi dito noutro comentário, podiam ter a opção de um fundo mais escuro. Assim de repente era a opção que me parece faltar.
Quanto á notícia, o normal nos tempos de hoje, espantoso é alguém fazer disto um caso. Só mesmo quem não tem a mínima ideia do que são hoje os aglutinadores de informação é que pode ficar espantado por se usar tal volume de dados para daí tirar partido, quer económico, quer de manipulação das massas.
Até acho que é mais encenação nos EUA do que outra coisa, pois com tanto escândalo de espionagem, tantas evidências de que a recolha de dados é hoje uma banalidade, as próprias leis que foram aprovadas nos EUA que ajudam a tal, e parece que ficam espantados com o resultado de tal evidência.
E mais, a coisa não vai melhorar, na perspectiva da privacidade do utilizador, pelo contrário, vai tornar-se mais opaca, porque vão implementar novas regras, novas “normas” de conduta, na tentativa de credibilizar os que vivem da recolha de dados, e depois, toda a recolha e posterior utilização dos dados passa a ser “regulada”, que é como quem diz, limpa de qualquer olhar desconfiado, protegida por tais leis feitas á medida.
Se já hoje uma pessoa antes de vir a ter gripe, já o Google prevê que para a semana vamos ter gripe, daqui a uns 10 anos, imagino que uma seguradora se va recusar a fazer um seguro de vida ou saúde porque tem na sua mão um número mágico, número esse calculado apartir de todo o histórico da nossa vida, um número que diz qual a probabilidade da pessoa em questão ter um AVC ou um ataque cardíaco, quando passar a barreira dos 45.
+1