Administração Obama não apoia legislação anti-criptografia
Um relatório recente dá conta que existem profundas divisões na Casa Branca sobre um tema sensível para a sociedade norte americana.
A administração Obama decidiu não apoiar publicamente a legislação que irá forçar as empresas a ajudar as autoridades a quebrar a segurança dos sistemas que recorrem à criptografia.
A administração Obama referiu, em Outubro passado, que não iria procurar legislação que obrigasse as empresas de tecnologia a instalar backdoors nos seus produtos. Mas, no mês passado, o presidente Obama disse que o governo deveria ter algum acesso aos dados que estão cifrados para investigar os planos terroristas e crimes como a pornografia infantil e fraude fiscal.
You cannot take an absolutist view on this. If your view is strong encryption no matter what and we can and should create black boxes, that does not strike the balance that we've lived with for 200 or 300 years. And it's fetishizing our phones above every other value. That can't be the right answer.
Referiu Obama na conferência South By Southwest.
Obama argumentou que um método para ter acesso a dados criptografados deve ser "acessível a um menor número de pessoas possível para um subconjunto de questões que concordemos ser importantes." Alertou também para o facto da legislação poder ir longe demais, se for "superficial" e "apressada".
Funcionários da administração Obama estão "profundamente divididos" sobre a questão da legislação anti-criptografia, disse o relatório da Reuters. A Casa Branca irá rever o texto do projeto Feinstein/Burr e dar um parecer, mas o feedback será apenas uma "mínima participação pública" porque ao nível político, num ano de eleições, qualquer acção sobre este projecto pode ter uma aceitação controversa.
Este debate chega numa altura complicada, ainda com as feridas por cicatrizar de um processo tenso entre a Apple e o FBI no processo do iPhone 5C usado por Syed Rizwan Farook, o criminoso do tiroteio em massa em San Bernardino. O governo parou de perseguir este caso depois de ter encontrado uma forma de entrar no iPhone 5C sem ajuda da Apple.
A Apple provavelmente não poderá forçar o FBI a divulgar o método usado para ter acesso aos dados do telefone. O diretor do FBI James Comey disse, esta semana, que o governo comprou uma ferramenta para entrar no iPhone 5C, mas revelou também que a ferramenta não funciona em modelos mais recentes do iPhone.
Embora o FBI não tenha dito à Apple, a informação do método usado já começou a ser passado aos senadores.
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Agora vai ser uma festa.
Infelizmente já confirmei que o Windows 10 é totalmente “alérgico” a “certos” programas de criptografia!
Resolução do problema? Deixar de utilizar o windows 10 🙁
Detalha um pouco essa alergia, se fazes o favor
Instala o truecrypt/veracrypt no windows 10 e cria um ficheiro encriptado numa pen. Verifica quantos minutos consegues ter o ficheiro aberto até o windows 10 desmontar as unidades!!! (nem com a gestão da energia e da pen usb desactivadas resolve o problema). Com qualquer SO até ao windows 8.1, o ficheiro pode estar aberto todo o dia e na mesma máquina!!!!
Hummmmm vou experimentar. Não uso o truecrypt desde o XP…
Deve ser problema teu, funciona na perfeição, já testei em duas maquinas.
De qualquer das maneiras não sei como ainda continuam a usar o TC …
O truecrypt e o veracrypt funcionam sem problemas…… Mas deixa uma unidade montada e vais ver quanto tempo o windows 10 demora para desmontar automaticamente!!!
Tens alternativa melhor? Uso o veracrypt, que n é mais que uma continuidade do truecrypt!
Experimentei em várias máquinas com o windows 10 e o resultado é sempre o mesmo, passados 5, 10, 15 ou mais minutos o w10 desmonta as unidades. No w8.1 estou o dia inteiro sem acontecer tal coisa!
O Windows 10, é, infelizmente uma central de espionagem. Ele espia tudo o que tu fazes no computador. Ele espia todos os programas que tu instalas no teu computador, e desactivar um programa que tenhas instalado, que não seja original. Só há uma maneira de o evitar; manteres-te longe dele. No que me diz respeito, não quero ter no meu computador, um sistema operativo que é um autentico FBI, um autentico KGB.
Por tanto; esta notícia vindo dos Estados Unidos não me espanta!
A mim já me aconteceu o Windows 10 “limpar” alguns programas num portátil Asus. O mais bizarro é que no meu caso eram programas gratuitos, mas mesmo assim desapareceram. Isto costuma acontecer quando há atualizações. Além de estar muito instável, demora a responder aos cliques links que não abrem…
Ainda tem muito que melhorar…
Um dos problemas é que, por mais que esta Administração não apoie a legislação, ja nao lhe falta muito para terminar o seu mandato. E se a seguir entra um Trump? E se não se legislar sobre isto a sério? E se o terrorismo puder subir a uma escala sem precedentes e sem a vigilância necesária e com esta encriptação – criptografia é Português do Brasil, querem que repita quantas vezes?
Como assim Português do Brasil? Explica melhor.
No caso Apple x FBI, dizem que mais de 50% da população dos EUA se posicionou contra a Apple, então para um político pode ser difícil se posicionar nesse quadro, devido ao medo de perder eleitores.
Quanto a afirmação sua de que o português do Brasil é comparável a criptografia, eu acredito que se pegares algum texto bem antigo em Portugal vais ler e deixar de compreender alguma coisa, ou ao menos estranhar a linguagem. Se numa mesma região a diferença no tempo causa diferenças linguísticas, imagine outro país, muito longe e separado por um oceano!
Até dentro do Brasil, devido à grande extensão, nota-se diferenças regionais na língua, um sotaque e algumas preferências por palavras e construções, que às vezes causa má interpretação ou no mínimo estranheza, então não é de se espantar que Portugal, muito mais distante, o linguajar não seria ainda mais diverso.
Não para discordar de sua declaração exagerada, pois cá estamos a nos comunicar sem precisar de legendas, tradutores ou criptoanalistas, mas, mais para justificar as diferenças e o afastamento dessas variantes de uma língua: com certeza é a ação do mesmo fenômeno que transformou o latim, nas diversas línguas que hoje falamos.
Por alguma coisa a Administração americana está dividida quanto à questão da criptografia. Mesmo a realidade próxima do terrorismo ( 9/11, Boston, San Bernardino ) não conseguiu almejar um qualquer rasgo de unanimidade sobre a questão.
Os políticos americanos já não ignoram que o povo americano e os ocidentais em geral sabem bem que no dia em que entrasse em vigor uma proibição genérica e universal das comunicações cifradas, não iriam sentir mais segurança que anteriormente, bem pelo contrários, muitos se sentiriam ainda mais vulneráveis.
A cifragem é, em regra, uma defesa e não um ataque.
Claro que virão moralistas repetir até à náusea o eterno dixote de “quem não deve não teme” com a presumida abrangência de que tudo pode ser proibido porque os “bons” ficarão a bom recato das balas das AK-47 ou das bombas, isto por inerência da sua bondade intrínseca como se tratassem de personagens do filme “Matrix”.
Também virão aqueles que dirão que privacidade é coisa fútil ou extinta, uma desusado hábito que só persiste nas Constituições como um arqueológico fóssil vivo ou mero ornamento programático esquecendo-se que também têm uma chave de casa, e “pins” para toda a sorte de objectos ou até sofisticados reconhecimentos biométricos.
Mas a espécie mais patética ainda é aquela que, com pêlo na venta e publicitados apêndices, promete “fechar a internet”, construir muros impossíveis e, “en passant”, proibir a cifragem, pois claro. O problema aqui é que vão faltar ramonas para tantos cidadãos promovidos de um dia para o outro de exemplar chefe de família a infractor colaborante do terrorismo incorrendo talvez numa pena de deportação para lá do Rio Grande acompanhando os onze milhões de imigrantes ilegais.
Inexplicavelmente, o que não se vislumbra mesmo é um político americano elegível a defender um refreamento dos complexos militares industriais que indirectamente via “proxy” de putativos aliados do médio oriente fornecem o “fuel” e o armamento para cumprir os insondáveis quanto explosivos desígnios atribuídos a Alá por auto promovidos califas.
Também não se vê quem promova um programa de troca de armas por alimentos e dinheiro acompanhado por uma legislação restritiva do uso e porte de arma.
Pelo contrário, a despesa americana em defesa supera a do resto do globo como a ameaça fosse a extraterrestre de “Independence Day”, ao mesmo tempo que um estudante universitário para conseguir tirar um curso superior pode ter de despender 34.556 US$ por ano e ficar dependente de bancos a juros usurários.
Mas culpado já tem nome. É a cifra estúpido !
PS: Para mim, cifrar, decifrar, cifração, cifragem, decifração e decifragem, encriptar, desencriptar, encriptação e desencriptação, são todas elas palavras correctas. Prefiro as primeiras seis, porque:
1- Mais simples e com menos letras;
2- Tendo menos letras são mais amigas do ambiente ;
3- Têm um significado menos ambíguo uma vez que cripta também pode ser usado em relação a tumba ou túmulo;
4- Têm mais tradição na língua e a tradição ainda é o que era.
A verdade dói.
Irreal, será que vão proibir que as pessoas utilizem algoritmos de encriptação ?
Também vão escolher os firewall que instalo ?
Se é para isso, podem já pedir a informação toda sobre mim, que eu envio em um ficheiro Excel.
Um SAFT da vida privada.
Ou quando eu decidir usar um firewall e encriptar ficheiros com software que não tenha backdoor, eles vem a minha casa e me prendem ?
Ou só prendem quando tiverem suspeitas e não der as chaves de encriptação ?
Mas se for assim tem de ser para todos. Até para o próprio presidente, embaixadas, exercito , …
Ou vão passar a descriminar ?