Aquisição da Beats pela Apple autorizada pela Comissão Europeia
Depois da aquisição da marca dos famosos headphones Beats, a empresa de Cupertino aguardava que a Comissão Europeia autorizasse o negócio. Assim, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição pela Apple das empresas Beats Electronics e Beats Music foi autorizada.
No passado mês de Maio, a Apple, com o intuito de comprar essencialmente um serviço de música por streaming, adquiriu uma poderosa marca pelo valor de 3,2 mil milhões de dólares.
A empresa Beats Electronics foi criada em 2008 e o seu foco são produtos de áudio, essencialmente auscultadores e altifalantes. A marca concebe, desenvolve, comercializa e promove um produto que é líder em determinados segmentos e goza de uma popularidade mundial.
Em 2013, a empresa passou a chamar-se Beats Music e aumentou a sua oferta aproveitando o seu forte mercado, foi então criado e promovido um serviço de música por streaming, dedicado aos mercados norte-americano e australiano. Este serviço tinha como objectivo levar aos seus clientes música que poderia ser "consumida" em qualquer plataforma, quer a partir de um PC, smartphone ou tablet, tendo o cliente que pagar uma assinatura do serviço que poderia ser mensal ou anual.
Mas porque necessitava a Comissão Europeia de autorizar esta compra?
Na aquisição da empresa, a Apple irá juntar outra empresa que produz auscultadores, pois tanto a Beats Electronics como a Apple comercializam no Espaço Económico Europeu (EEE) produtos para o mesmo segmento. Assim, poderia haver problemas de concorrência com a fusão e da nova quota de mercado daí resultante. Mas a Comissão concluiu que a quota de mercado, mesmo depois da fusão, é pequena e não há esse problema.
Além do mais, ambas as marcas têm mercados diferentes, uma vez que o produto da Beats é bem diferente daquele que a Apple produz, logo assiste-se mais a um alargar de oferta que uma fusão para diluir um "concorrente". Não há então qualquer perigo para as restantes marcas desse mercado como a Bose, Sennheiser ou Sony.
Quanto ao serviço por streaming e tendo em conta o que a Apple já detinha, como é o caso do iTunes que é um serviço de carregamento de música, enquanto que a Beats Music oferece um serviço de música por streaming. Embora, actualmente, não esteja disponível no EEE, a Comissão lembrou que a Apple enfrenta vários concorrentes como é o caso do Spotify e do Deezer.
Este aviso tem a ver com um possível bloqueio que a Apple poderá fazer a estes serviços no iOS, para favorecer o seu novo serviço de streaming, isso sim iria conduzir a efeitos anticoncorrenciais. Como os restantes são de maior dimensão o problema não se deve colocar.
Fonte: Comissão Europeia
Este artigo tem mais de um ano
Finalmente beats em aluminio e com botões touch em iSafiri 😀
e com logo apple 😀
… gostava de saber se o logo será retro-iluminado.
A minha pergunta é, apple = overpriced, beats = overpriced, overrated. Vamos ver sem dúvida um equipamento “revolucionário, barato e melhor de sempre” ou os cegos vão pensar que sim como de costume, compra mais ridicula que a apple podia fazer… beats é para o swag que qualidade têm zero.
Tá engracade!
Ninguem fala nisto:
“A Bose está a processar a Beats, recentemente comprada pela Apple, por alegada infração de patentes relacionadas com cancelamento de ruído.”
Conveniente, a beats têm os modelos que tem há anos, agora que foram compradas pela empresa mais rica da área, é que se lembram de processar…
A beats foi comprada pela empresa que costuma processar tudo e todos, por tudo e por nada.
Logo, deve-se agir da mesma forma.
Continuo a achar que a Apple comprou a Beats por algo mais que os seus headphones ou seu serviço de streaming. Eu acho que a Apple comprou sim foi tecnologia que estava a ser desenvolvida pela Beats.
se a Apple resolvesse criar um serviço de streaming, rapidamente ultrapassaria o mercado da Beats. Não me parece que tenha sido esse o motivo da compra.
Como tb não parece lógico a compra por causa dos headphones. Então quanto valeria uma Denon, Sennheiser, Bose, etc..?
Não sei que tecnologia será. Se será efectivamente uma tecnologia, um serviço, qualquer coisa. No fundo, não acredito que aqueles tenham sido o motivo para pagar tanto dinheiro. Só se o Dr Dre fosse um filho desconhecido do SJ e esta fosse uma forma de lhe passar parte da fortuna. 😀 Claro que estou a ser ridiculo. Mas ridiiculo tb é os contornos deste negócio.
Não me parece que a Beats tenha alguma tecnologia especial em desenvolvimento, basta pensar que até há pouco tempo o hardware era desenhado por outros, sendo difícil de imaginar que, dado o ramo de negócios, andasse a desenvolver alguma coisa tão inovadora ao ponto de se pagar esse dinheiro.
A Apple faz a compra pela Marca, para ter algumas pessoas com contactos importantes, e por ser dos poucos que têm equipas para criar listas de música com qualidade, ao invés dum algoritmo qualquer! Ao que parece o serviço continuará mais ou menos nos mesmo moldes e em várias plataformas, por isso é uma forma de a Apple expandir o negócio sem modificar a imagem dos produtos que já tem. É tb possível que a Apple aproveite a marca para novos produtos.
Há tb quem diga, que é para ter o serviço que paga menos à indústria musical, embora tenha dúvidas que isso se mantenha por muito tempo.
e pagas aqueles balurdios por meia duzia de pessoas que fazem umas playlists? A itunes store é uma marca muito forte. Sim não está no negócio do streaming. Mas em 2013 a Beats tb não estava. A Beats tb não tem assim tanta experiencia. Não duvido que a Apple sozinha conseguisse fazer melhor.
Onde quero chegar é que tem de haver algo mais do que streaming e headphones. O que é ao certo, não faço a menor ideia, posso apenas especular.
Playlists de qualidade é o que põe os clientes a pagar pelo serviço, e se fosse assim tão fácil toda as empresas faziam…
O facto é que para o fazer requer pessoas com bastante cultura na área, pessoas que não são assim tão fáceis de encontrar, ao contrário duma qualquer tecnologia que podia ser duplicada, copiada, alterada, etc. E não é só pelas playlists, é quem dirigia a empresa, os contactos que tem, as portas que abre para novos negócios!
“A Beats tb não tem assim tanta experiencia”
achas? é das poucas que foi criada por pessoas da indústria musical, o que não lhe falta é qualificação para essa parte do serviço. É outra das razões para achar que não haverá nada em termos tecnológicos, de grande relevância – uma empresa de artistas, não de engenheiros.
“A itunes store é uma marca muito forte”
Não digo o contrário, mas arranjar outra marca forte com outra vertente abre outras possibilidades, que poderiam ser mais complicadas com o iTunes dada a sua imagem e história.
Desta forma, com outra marca tem mais flexibilidade para entrar noutras plataformas, ao mesmo tempo que mantém o iTunes tal como está.
Isso era como a McLaren ou a Porsche a comprar a Aixam pela tecnologia.
Pelos fones, não vale a apena comprar empresa nenhuma, porque são todos iguais: uns altifalantes encostados aos ouvidos.
uns headphone tem muito que se lhe diga. Experimenta, por exemplo uns Denon e depois diz alguma coisa.
Mas não acredito que tenha alguma coisa a ver com headphones. Mas volto a frisar o que não acredito é que seja pelos headphones ou pelo serviço de streaming. Tem de haver algo mais. É muito dinheiro.
Usando a tua analogia dos carros, na sua essência estes também são todos iguais. Têm quatro rodas, e andam usando um motor. Isso quer dizer que os carros são todos iguais?
Ou seja, lá porque a função de todos os auscultadores seja o mesmo, a reprodução de som, não quer dizer que sejam iguais.
Acho que é uma compra pela marca, porque a beats faz headphones overpriced, são de qualidade muito baixa em termos de som, e só é o que é por causa do Dr. Dre, nada mais.