Toshiba lança a primeira impressora do mundo de tinta apagável
O conceito gera polémica, principalmente pelo grande impacto que pode ter, num futuro próximo, em termos da indústria de papel, fundamental na economia de muitos países, contudo, é o caminho certo da sustentabilidade ecológica.
Nesse sentido, a Toshiba apresentou na passada sexta-feira em Lisboa a primeira multifunções do mundo a utilizar toner apagável – a e-STUDIO306LP. A grande novidade neste equipamento é oferecer a possibilidade de reimpressão até 5X da mesma folha, o que permite reduzir até 80% recursos empregues e 44% emissão de CO2.
A e-STUDIO306LP funciona em conjunto com o sistema de reutilização e-STUDIORD30, utilizando um toner especial azul que lhe permite rapidamente identificar as folhas reaproveitáveis, apagar os textos, as imagens e notas impressas e utilizar o papel na reimpressão. A reutilização do papel significa 80% de redução dos recursos empregues e 44% da emissão de CO2, sendo possível fazer até 5X a reimpressão da mesma folha.
Apresenta uma velocidade de impressão e cópia de 30 ppm para papel com dimensão de A5R a A3 e gramagem entre 64-80gm2 com uma capacidade máxima de armazenamento de até 2.300 folhas. A velocidade de digitalização a cores segue até às 57 ipm com uma resolução máxima de 600X600, sendo que apresenta uma cabeça de digitalização dupla que não obriga a uma segunda passagem da folha para a digitalização das duas faces.
Este sistema integrado de MFP está dotado da mais recente tecnologia Toshiba e-BRIDGE X que permite assegurar conectividade alargada com diversas aplicações e fluxos de trabalho para uma utilização alargada em todo o tipo de negócios.
A Toshiba apresentou ainda em Portugal os novos modelos multifuncionais A4 a cores e preto e branco, bem como uma nova linha de equipamentos A3 full colour das 25 às 50 páginas por minuto. Enriquecendo a oferta de hardware junto de mais de 40 revendedores nacionais.
A chegada dos escritórios sem papel está prevista há mais de 30 anos mas segundo o IDC cerca de 2 milhões de páginas A4 são ainda impressas a cada minuto na região EMEA. Assumindo que uma empresa típica Portuguesa imprime quatro mil páginas por mês após cinco anos com este sistema e-STUDIO306LP/e-STUDIORD30 a poupança é de 192 mil folhas.
Estamos a falar de um passo intermédio significativo mas, igualmente muito simples, rumo a essa realidade digital do escritório sem papel que a Toshiba também hoje demonstrou com outras novidades no campo da digitalização, conectividade e fluxo de documentos.
Homepage: Toshiba e-STUDIO306LP
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Lindo
Uma boa noticia, mas lá está o contra de ser amigo do ambiente e tudo mais, os ricos falam mais alto…
É por isso que ainda andamos confinados ao petroleo e às centrais hidroelectricas.
Quanto tempo demorará a limpar meia duzia de folhas? e um maço?
Será que a electricidade que gasta a apagar uma folha compensa o que se poupa nessa mesma folha?
Certamente terá, como em tudo, o tempo necessário para amortização do investimento, mas como estes dispositivos são de longa utilização, ao fim de alguns tempo e dependendo do tipo de consumo… de certeza que há uma poupança efectiva.
É importante destacar que a legislação em outros países, como USA e UK, está adaptada a este novo formato. Face à possibilidade de se fazerem burlas, foi estabelecido que estes documentos para terem validade legal necessitam de ser validados por um organismo independente, um notário por exemplo. Dessa forma evita-se logo à partida uma data de chatices.
Sabendo-se da forma como as coisas se fazem em Portugal arrisco em dizer que vem por aí borrasca…
Tenham cuidado…
Quando apareceu o PDF e se começaram a fazer assinaturas digitais… ouvi o mesmo que escreveste e as preocupações e actualmente, é já uma prática comum e segura. Há processos complementares que se criam e nada pára a evolução.
Casos diferentes e incomparáveis, Vitor. A assinatura digital nunca foi tão polêmica e sempre se percebeu que era um avanço tecnológico desejável. No caso deste tipo de tinta é sem dúvida um grande avanço, ambiental acima de tudo, só temos que legislar convenientemente e informar que documentos destes NÃO tem validade legal.
A verdade é que mts das vezes o papel que é imprimido tem de ser guardado.
A ideia é porreira mas, demorou 30 anos e vai demorar mais outros tantos até que se torne generalizado. A meu ver, vai ser mais uma ideia que saiu tarde demais e que nem vai ter sucesso, também se dizia que o formato eletrotécnico ia dar lugar ao papel e o que é certo cada vez mais se produz e gasta-se papel de office.
Não me parece que demore 30 anos a ser implementada esta tecnologia. O problema dela é que na maior parte das vezes existe mesmo a necessidade do papel. A legislação ainda e um pouco avessa ao formato digital e muitas coisas têm de ser impressas. Além disso, se estiverem agrafadas já não servem. Ou então, se tiverem uma assinatura também ficam inutilizadas.
Mas concordo quando dizes que a utilização dos computadores, ao contrário do que se esperava, ainda aumentou mais o consumo do papel.
Só um exemplo na UK desde a 1ª classe até ao 12º ano e mesmo na Universidade ou Colégios Profissionais não existem* livros tudo funciona na base da Fotocópia, agora imaginem as ton, de papel e tintas/toner que não se gasta. Nas repartições do estado para qualquer insignificância lá vai uma carta em papel ou se por qualquer motivo não atendes uma chamada a confirmar uma consulta medica, lá vai informação por correio.
* Existem livros nas Univ’s mas de serem tão caros, para cima de 60 libras ( no caso cá de casa) poucos são os que compram, ou mesmo os que os compram recorrem noutros à fotocópia ou ao formato digital. A matéria dada nas aulas está em formato digital online mas acaba-se sempre por tirar um print de alguma coisa mais importante. Não é esta tecnologia que vai resolver o assunto, porque separar papel e ver qual o que dá para imprimir é perda de tempo e hoje sabemos que poucos são os que têm paciência para tal.Já agora eu não disse que ” vai demorar 30 anos a ser implementada” mas sim ” que vai demorar mais uns tantos anos a ser implementado”. Coisa sem importância. 😉
Não é que isso seja importante, mas tu disseste:
“demorou 30 anos e vai demorar mais outros tantos até que se torne generalizado”
Nos outros tantos, eu entendi que eram mais 30.
Na minha opinião, e seguindo a tua linha de pensamento, com a qual concordo, acho que nem 30 nem nunca. Mesmo as fotocópias de livros são sublinhadas, anotadas, etc que inviabiliza a reutilização.
Na prática nem metade da folhas serão reutilizadas.
Deve haver uma gralha no texto. Só aceita papel entre 64 e 80 gr/m2? É muito pouco, normalmente usamos papel navigator de 90gr/m2. Deve haver alguma gralha ou então há muitos tipos de papel que ficam de fora!!!!
Gralha? Não conheces papel de outras gramagens? O papel não pode ser muito rijo, mas, não havendo qualquer gralha no texto, sugeria que desses um look nas especificações da máquina.
Por cá também se vai poupando aos poucos.
Ainda há pouco num Centro de Saúde precisei dum P1 para ir a um Hospital. O P1 foi enviado pela internet e passado 2 dias recebia um telefonema do Hospital para lá ir tal dia á consulta.
Não foram precisos papeis.
Exacto, cada vez mais o formato digital está a “poupar” papel.
Não entendi… para o utilizador comum, é facilmente identificável uma folha impressa dessa forma?!
Ou seja, vamos começar a desconfiar de qualquer papel assinado?
Atenção, lê bem, estamos a falar em apagar o toner, aquele toner especial azul que, como diz no texto, tem algumas especificações.
Ao assinares alguma coisa, por norma, pedimos cópia para nós, assim como actualmente já assinas muitas coisas em formato digital.
Chama-se evolução.
Fiquei exactamente a pensar o mesmo. Vai ser lindo para as burlas. Muitas vezes ficamos com uma cópia, mas por exemplo em contexto de trabalho, existem pessoas que passam o dia a assinar papéis.
Algo bom ajudando a faze de transição em que a evolução se encontra.. a verdade é que com o decorrer dos tempos o papel vai deixar de existir enquando suporte de dados escritos e imagem.. a era digital ja começou a muito mas claro leva algum tempo a implementar-se em todas as areas. Quando uma resma de papel custar 30 euros e cartao de memoria custar 5 centimos tudo mudara. :)viva o futuro!
…ainda há dias usei uma caneta com tinta e borracha especial… útil para quem quer fintar o adversário
just kiddin’
:p
De certeza que este equipamento deverá ser a próxima aquisição do actual governo… com tantos enganos e rectificações de orçamento, nem imagino o papel gasto 😐