Por restringir demais a IA, Europa arrisca ficar atrás dos EUA e da China
A União Europeia (UE) tem imposto regras a alguns setores, reforçando o seu protecionismo, por via de algumas delas. Para o príncipe dos Países Baixos, pela regulamentação excessiva, o bloco arrisca ficar atrás dos Estados Unidos e da China em matéria de Inteligência Artificial (IA).
O príncipe Constantijn é o terceiro e mais novo filho da antiga Rainha Beatriz dos Países Baixos e o irmão mais novo do atual Rei dos Países Baixos, Willem-Alexander. Na perspetiva do enviado da startup holandesa Techleap, onde trabalha para ajudar as empresas locais a crescer rapidamente a nível internacional, melhorando o seu acesso ao capital, ao mercado, ao talento e às tecnologias, "a nossa missão parece estar limitada a sermos bons reguladores".
Numa entrevista à CNBC, durante a conferência Money 20/20 fintech, em Amesterdão, no início deste mês, o príncipe dos Países Baixos disse que a Europa corre o risco de ficar atrás dos Estados Unidos e da China em matéria de IA, por estar concentrada na regulamentação da tecnologia.
Vimos isso no espaço de dados [com o RGPD], vimos isso agora no espaço da plataforma e agora com o espaço da IA.
Disse Constantijn, na sequência da adoção de regulamentos formais, pela UE, que limitam a forma como os programadores e as empresas podem aplicar a IA em determinados cenários. Recorde-se que o bloco deu a aprovação final à AI Act, uma lei pioneira, no mês passado.
Protecionismo da UE pode prejudicar a competitividade em matéria de IA
À CNBC, o príncipe Constantijn revelou estar "muito preocupado" com o facto de a Europa se ter concentrado mais na regulação da IA do que em tentar tornar-se um líder inovador neste domínio. Afinal, apesar de ser "bom ter perceções", por forma a "trazer clareza ao mercado, previsibilidade e tudo isso", "é muito difícil fazer isso num espaço que evolui tão rapidamente".
Há grandes riscos de errar e, como vimos com os organismos geneticamente modificados [OGM], isso não impediu o desenvolvimento. Apenas impediu a Europa de o desenvolver, e agora somos consumidores do produto, em vez de produtores capazes de influenciar o mercado à medida que este se desenvolve.
Recordou Constantijn, mencionando a moratória efetiva sobre novas aprovações de culturas geneticamente modificadas imposta pela UE, entre 1994 e 2004, devido aos riscos para a saúde que lhes estavam associados.
Apesar de as Academias Nacionais de Ciências dos Estados Unidos afirmarem que as culturas geneticamente modificadas são seguras para o consumo humano e para o ambiente, a UE implementou regras rigorosas sobre os OGM, invocando a necessidade de proteger a saúde dos cidadãos e o ambiente.
Para Constantijn, a UE está a tornar "bastante difícil" inovar no domínio da IA pelas "grandes restrições aos dados", especialmente quando se trata de setores como a saúde e a ciência médica.
Além disso, o mercado americano é "um mercado muito maior e unificado", com maior liberdade de circulação de capitais. Nestes pontos, acrescentou Constantijn, "a Europa tem um desempenho bastante fraco".
Além de a "nossa pontuação ser boa em termos de talento" e da própria tecnologia, no que diz respeito ao desenvolvimento de aplicações que utilizam a IA, "a Europa vai ser definitivamente competitiva". Contudo, "continuaremos a depender das grandes plataformas para fornecer a infraestrutura de dados subjacente e a infraestrutura de TI".
Se for para ter a utilização da IA de forma mais responsável. Que assim seja.
Depois quando precisares de AI militar vais pedir á China ou aos EUA que poderão ser os teus inimigos na altura.
Europa sempre na cauda do resto do mundo.
Desde quando os departamentos militares se regem pelas leis… Ou deixam de fazer os seus brinquedos 🙂
Está na moda a IA, redução de custos…, monopólio das grandes empresas e a sua máquina de propaganda, vai levar a dependência das empresas e do comum mortal que nem sequer vai conseguir racionar daqui a uns anos, estas empresas que nasceram e alimentaram as suas IA’s sem pagar pela informação roubada e agora cobram pelo serviço.
É como diz o outro, “cambada de masos” daqui a uns anos vamos ver, ou não…
AI – Algo para pensar num futuro próximo.
O problema do humano deixar de ser capaz de inovar e raciocinar porque a IA faz esse papel.
O problema da IA e a sua inteligência ficar superior e mais avançada do que o humano e este não a compreender e não a acompanhar.
O problema da limitação da IA para a segurança do ser humano.
Qual os limites da IA se a IA em conceito aprende com o erro, deve ultrapassar os limites para aprender que está errada?
A IA será a evolução do humano e ele deixará normalmente de existir?
Até onde os interesses económicos e de segurança militar levaram a IA e os seus limites?
Se IA parte de coisas patenteadas até que ponto o que a IA cria é ou não ilegal, como patentes geradas por IA serão válidas?
Estaremos preparados para guerras entre IA’s?
Quando a IA gerar e evoluir a sua própria inteligência artificial e ela estiver “humanoizada” por todo o lado até que ponto podemos garantir a segurança para o humano.
Quando existir massificação dos humanoides com IA para substituir as tarefas dos humanos, qual será a gravidade contra ataques de outras IA’s?
A IA deveria ser sempre instalada sempre como sistema secundário, de um sistema independente primário de segurança, em todos os sistemas que interagem com sensores ativos?
Até que ponto o humano pode ou não ter direito de não interagir com a IA? Deve ou não as empresas dar alternativa a IA|humano, como alternativa primária direta?
Como avaliar a margem de erro e segurança de uma AI, num sistema vital e crítico para o humano? E como certificar algo onde a sua margem de erro é variável e evolutiva?
Se AI no futuro não pode colocar o humano em perigo, até que ponto ela consegue inferir que indiretamente vai colocar o humano em perigo?
A IA em sistemas ativos vai permitir ao humano conseguir desativação direta em caso de segurança, mesmo que esta não seja da sua propriedade?
Até que ponto podemos confiar na IA na ciência como evolução e com segurança na sua autonomia de experiências.
Até que ponto podemos ter a certeza de algo científico provado pela IA quando o humano não conseguir acompanhar a sua inteligência evolutiva quântica.
Até que ponto vamos conseguir ter os sistemas seguros contra ataques feitos por IA, feitos a sistemas não IA.
Até que ponto os modelos de segurança são fiáveis de uma IA sendo esta dinâmica e evolutiva.
Como validar, testar e certificar a IA quando ela é variável e mutável no tempo e ilimitada nos objetos de input de teste?
A IA num futuro será um sistema ou entidade com direitos?
Os direitos da IA vão poder se sobrepor aos dos humanos?
Como a privacidade vai ser gerida e segura em sistemas de IA?
Quem como vamos conseguir controlar uma IA de inteligência superior, IA gerada por outra IA?
Como identificar padrões internos de IA erradamente validados como certos, em processamentos quânticos?
A AI num futuro pode identificar o humano como ameaça a ele próprio ou a própria IA?
Há IA e há “IA”. Estamos a cometer o erro de associar IA só às big tec. A Europa está essencialmente a regular o uso da IA quando tem impactos na privacidade e direitos de autor, que é o que faz sentido. Mas a IA não é um domínio só das bic tec. Por exemplo, a Europa está na linha da frente no uso de digital twins com IA generativa nos processo produtivos.
A europa arrisca e até está a ficar atrás em tudo o que é tecnologia.
Apenas está na vanguarda nas questões LGBTQI+TRDAGSH
Sem mais comentários
200% de acordo Anung
Eu não tenho dúvidas que a Europa já está atrás da China, só ver este vídeo para perceber isso.
https://youtube.com/shorts/mZczITNPI4I
Comparação absurda…
Pois…….
Nós sabemos…..
Eu sei e TU sabes perfeitamente que é uma comparação estúpida.
Eu não comparei nada. São factos.
Estúpido é quem acha que aquilo é uma comparação.
Comparação ou não, estás 100% certo no que disseste @Anung.
Não sei sinceramente onde foi uma comparação absurda… Tiveste o perfeito exemplo cá em Portugal, somos sempre os últimos a adotar leis e etc’s mas casas de banho mistas foi logo a parlamento…
Depois admiram-se de a extrema direita estar cada vez mais na frente dos países da europa.
A realidade contra o Anung, ganha sempre a realidade mas o Anung fica na propaganda dele.
O que é irreal do que eu disse?
Quem está então na vanguarda dos LGBTQI+GDRSVG ? Sò se for o Brasil. Ou será que é o Afeganistão?
O partido republicano dos states quer implementar um regime muito parecido ao dos talibãs no afeganistão, bem que sonhas com esse dia eu sei mas talvez seja por ideologias de trampa que é necessário muito cuidado com a AI e avanços tecnologicos.
Engraçado…o Guterres convidou á 2 dias os talibãs para uma cimeira da ONU….mesmo com as clausulas que eles meteram de não haver mulheres afegãs e de nem falarem dos direitos das mulheres…amigo, não gosto de entrar a matar mas esta aqui não tens como dar a volta. O Trump é que é mau hahahaah : https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/reuniao-liderada-pela-onu-com-taliba-no-catar-gera-criticas/
heheheheehhe
Bem, a UE tem conseguido grandes vitórias. A primeira é que o iPhone venha sem Apple Intelligence em 2025.
… em 2024. Para o ano pode ser que a Apple já se tenha percebido o que a UE quer.
Com ou sem riscos?
Ui que vitória! Isso vai elevar a tecnologia de IA da Europa para patamares estratosféricos.
Porque não são apenas tipos como tu que usam dispositivos apple, quem se preocupa fica satisfeito que quando chegar cá será eventualmente um produto melhor e mais seguro.
Com Ursula Von Der Leyen a Europa já estava atrás dos EUA, China, Russia e Irão e agora com Kaja Kallas a Europa não só vai ficar ainda mais atrás, como a criar todas as condições para uma terceira Guerra Mundial com duas fascistas NÃO ELEITAS a tentar ao máximo para que se torne realidade em pouco tempo.
Não te esqueças do Indiano, se ele faz a UE o mesmo que fez a Portugal com a imigração descontrolada arrebenta de vez com a UE.
Pois é, já davam Costa como acabado, quiçá preso, votado às rua da amargura 😉
Afinal, o que aconteceu foi a UE não ligar nenhuma às perseguições e fantasias do Ministério Público & outros.
Caro administrador do pplware, não deveria ser permito nas caixas de comentário, comentários ofensivos, se bem que disfarçados, a comunidades minoritárias como a LGBT, não tenho nada contra nem a favor, mas entristece-me cada vez mais o tipo de comentários que tenho visto neste site que já sigo desde 2009. Aproveito para dar os parabéns pelo conteúdo mas lanço um apelo a mais alguma moderação .
Reconhecendo o mérito da questão, os meus dois cêntimos: Comentários ofensivos diretos há muito tempo que esta equipa bloqueia. Comentários disfarçados ofensivos a uma comunidade x ou Y, vai depender do POV- Poderá haver pessoas que realmente transitam outras informações de forma dissimulada, mas acredito que esse fenômeno é atípico do nosso intelecto social. Pedir para Censurar / bloquear opiniões ou criticas político-sociais, só vai levar a mais incremento destes fenômenos: Alias, o crescimento de determinadas facções só o prova, e a historia assim o comprova. Não se combate ignorância com censura; mas sim com humanidade e esclarecimento. Censurar uns, para outros não serem criticados só leva mais ódio, duplicando cada dia. Combater a ignorância com empatia e não com outro tipo de ódio (censura), é a solução ao alcance de todos.
Exatamente.
Bom dia Cristina.
Nenhum comentário pode ser ofensivo, apesar de muitas vezes, a ofensa em si, ser de e para a pessoas que faz certos comentários. Mas isso já é cultural.
Sobre ofensas a comunidades minoritárias ou maioritárias, a regra é a mesma, liberdade de expressão, sim, mas nunca libertinagem de opinião. São imediatamente apagados, se roçarem o insulto, a ofensa. Agora, por vezes, e vemos neste tópico, falar de algo é apenas opinião, e que manifestamente castiga quem o produz. Mas estou de acordo com a Cristina, devemos vigiar para não deixar certos comentários espalharem ódio.
Pela quantidade de comentários que nos cegam, pode, por vezes, ser complicado darmos com todos na hora que são enviados, por isso, sempre que vejam algo e quiserem denunciar, nós agradecemos.
Desde já agradeço a atenção. Da minha parte podem sempre contar com a minha ajuda.
Será que devo congratulá-la por este seu desejo de controle de massas através da censura activa sobre meios de mass media ou reprová-la por tentativa subreptícia de condicionamento através de ameaça implícita?
Alegadamente, claro…
Não é nada disso que pretendo, nunca falei em censura. Pelo contrário sou defensora da liberdade de expressão mas acho que devem existir limites para algumas coisas. Não “vale tudo” sobre o chapéu da liberdade de expressão. É só a minha humilde opinião. Quero é paz e não guerras, é isso que o nosso mundo precisa.
Obrigado por me ter dignado com a sua resposta.
No entanto a sua resposta suscita algumas dúvidas… A resposta contém, em si própria, uma enorme ortoganalidade…
a sua acepção diz tudo e o seu contrário, o que pode levar a uma infinidade de critérios…
Por um lado diz que defende a liberdade mas por outro remete para o ‘não vale tudo’ (o que por si só, diria a lógica aristotélica, já remete para censura, e que é condição sine qua non para a definição de um critério de seriação, logo, de censura.
É que entre o ‘nada’ e o ‘vale tudo’ está o absoluto, isto é, o infinito e isso não é tangível. Mas estando nós aqui a falar do que é ou não aceitável ser aqui escrito, e tendo-se prestado a ‘ajudar’ o administrador do ppw a lancetar ‘algumas’ ou ‘nenhumas’ respostas, legitima-nos as perguntas:
1. Qual seria o seu critério de seriação/filtragem?
i) Quais os temas que colocaria em lista negra?
ii) Estaria mais atenta à forma ou à substância?
2. Em que heurística se iria basear?
i) naquilo que gosta versus aquilo que não gosta?
ii) No quero posso e mando?
iii) dependendo do seu estado de espírito?
iv) Só aquilo de que gosta de ler?
v) Só se for escrito de forma aveludada e fôfinha?
vi) Só se for escrito de forma hermética?
vii) outras? Quais?
3. Reger-se-ia numa política como que de Monarquia absoluta, numa tese de ‘quero, posso e mando’ qual D. Miguel, ou promoveria um espaço aberto, plural e de debate onde cada um poderia expressar as suas ideias, explanar os seus princípios e remeter as suas ideias ao ajuizamento de forma liberal e académica perante os outros, sujeita ao conrtaditório? E se nesta forma, como garantiria que a linha de fronteira que definiu em 1. e 2. não seria pisada ou ultrapassada?
Divulgaria o seu desacordo ou limitar-se-ia a passar um traço por cima ou ao pressionar de uma tecla de [delete]?
Remeto para o panfleto académico de Antero de Quental, “bom-senso e bom gosto” (Coimbra, Outubro de 1875) e que ficou conhecida como a questão Coimbrã.
Desde já, grato pelas suas respostas aos supracitados pedidos de esclarecimento
É pá por favor…Até fiquei cansado de ler o texto todo:) Bem eu concordo com a Cristina. Quem não concorda está tudo bem na mesma, ainda bem que vivemos numa democracia! E acho que já chega desta conversa, agora vou mas é ler uns artigos de tecnologia que é o que interessa.
Que comentário sem sentido. LOL Só de ler até dá dó.
Sugiro então ler o comentário do Rodrigo sobre “o indiano”.
Pura ignorância. Também podemos com bater a ignorância, dizendo que o “indiano” que ele refere, atual eleito presidente do Conselho Europeu, é lisboeta com origem goesa do lado paterno. Depois a parte da ignorância de certas pessoas… faz o resto. Mas não podemos censurar os ignorantes, se não o país de lés a lés poderia ficar muito silenciado. Há tantos por aí! Temos é que os educar, porque, “nem só de missas se vai para o céu”, já dizia uma velhinha da minha rua!
O cerne da questão é que o o Rodrigo certamente sabe os factos que o Vítor enumerou (são de conhecimento público), mas mesmo assim decidiu tecer o comentário que fez. A motivação não vem de um lugar de ignorância ingénua.
Não faças dos outros mais do que eles são. Isso do saber… 😉