Dicas de ouro da fotografia: Regra dos Terços
Uma fotografia não se tira, mas faz-se. Porquê? Uma fotografia é todo um conjunto, uma composição criada para mexer com o lado emocional de quem a vê.
Quer seja para transmitir calor, frio, tristeza, alegria... tudo isso se refere ao lado emotivo de quem irá visualizar a fotografia. E existem regras básicas para conseguirmos uma, possível, fotografia perfeita. No entanto, não nos devemos esquecer de colocar o nosso próprio olhar e as nossas próprias emoções no que estamos a fazer sem esquecer que nem tudo se faz de regras.
Toda a imagem final não é apenas um clique num botão, mas sim fazer com que quem olha para a fotografia fique com o olhar "preso" para o que queremos mostrar.
Apesar das dicas que existem e da junção em harmonia dos diversos cenários da foto, nunca podemos esquecer que um equipamento não faz a fotografia. Um olhar fotográfico, mesmo sem o conhecimento das "regras" faz por si só uma captura de um momento especial.
Vamos começar a conhecer as dicas? Hoje mostramos a regra mais falada no mundo fotográfico...
Fotografar é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração.
Henri Cartier-Bresson
1. Regra dos Terços ou Espiral de Ouro
Esta e uma das dicas mais conhecidas a nível da fotografia. O ideal, para quem não tem prática, será colocar a "grelha" no ecrã da vossa máquina fotográfica. Assim, poderão mais facilmente alinhar o que pretendem fotografar com os pontos de referência.
A ideia é simples e, acreditem os mais novos nestas andanças, extremamente fácil de a colocar em prática sem as linhas. Tudo é uma questão de prática e essa vem com o número de cliques que vamos fazendo.
Na divisão mostrada podemos visualizar os pontos de intercepção, estes são os pontos mais importantes e nos quais estarão os pontos de interesse e impacto para quem vê a fotografia. E qual a razão de não colocarmos o foco no centro da fotografia? Simples, porque isto irá retirar a dinâmica da foto.
Nunca devemos esquecer a questão do movimento, ou seja, se um carro está a andar para a direita então devemos colocar o carro nos pontos de interesse do lado esquerdo da fotografia, assim vamos dar mais movimento à fotografia. Caso sejam fotografias a que queiramos dar a ideia de movimento, temos de ter especial atenção à direcção do movimento e onde colocar o ponto de destaque.
A nível de fotos de paisagens ou que tenham presentes a tão famosa linha do horizonte, a regra dos terços também se aplica, isto porque ao colocarmos uma linha exactamente a meio da foto esta irá ficar desinteressante. Por exemplo, num pôr-do-sol se quisermos dar mais ênfase ao céu, então devemos ocupar mais espaço da foto com esse mesmo elemento.
Relativamente à espiral de ouro, e apesar de muitos pensarem que é igual... não o é. Ao aproximar um pouco as duas linhas verticais (imaginárias) da regra dos terços, acabamos por conseguir colocar em prática a utilização da regra da espiral de ouro.
Mas como em todas as regras, existem excepções. Por vezes devemos centrar o nosso ponto de interesse, como são os exemplos os close up ou as macros, sem nunca esquecer que tudo depende do gosto e da interpretação que o fotografo quer que seja dada. Uma fotografia centrada poderá também dar como resultado uma simetria perfeita e fazer disto um momento magnífico e equilibrado.
Conheciam a regra da Espiral de Ouro?
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Este artigo tem mais de um ano
“Regra da espiral de ouro”: não a conhecia por esse nome. Mas aplico-a sempre, talvez de forma empírica. Procuro sempre desviar o objecto principal do centro da fotografia. Pelo manos, na esmagadora maioria das situações.
Também há quem conheça por Espiral de Fibonacci 🙂
Simples, facil e espetacular.
Boas dicas, obrigado
Desde a Antiguidade Grega que o numero dourado, numero de deus, proporção dourada, (Phi), etc., é conhecido e usado nas artes. Os mestres da Renascença não abdicavam dele na tela e na escultura. Ainda hoje a criação das páginas de um jornal ou revista passa pela aplicação desta regras.
O olho humano prefere as “assimetrias criativas” às imagens certinhas e centradinhas.
Por outras palavras o “(politica) (social)(e outros) …mente correcto” mata a criatividade e a expressão artística.
“E qual a razão de não colocarmos o foco no centro da fotografia? Simples, porque isto irá retirar a dinâmica da foto.” Apenas discordo desta frase, e não como aficionado da fotografia, mas como alguém que trabalha com ela todos os dias.
Uma foto, se perfeitamente simétrica (mesmo no centro, nem um mm ao lado) caso o mesmo, ou mais impacto. É muito mais díficil de conseguir..
Concordo, daí estar dito mais à frente: “Uma fotografia centrada poderá também dar como resultado uma simetria perfeita e fazer disto um momento magnífico e equilibrado.” 🙂
E sim, bastante mais difícil de conseguir.
Completamente de acordo.
Pelos vistos o Wes Anderson também 🙂
https://vimeo.com/89302848
http://petapixel.com/2016/01/30/10-myths-about-the-rule-of-thirds/
Muito interessante
Não se trata da espiral de ouro mas sim da divina proporção, ou proporção áurea. Um conceito aplicado à artes desde a antiguidade e que foi retomado com grande rigor no período do Renascimento.
não meu amigo, acho que não estamos a ver a mesma coisa, isto não se trata da espiral de ouro, nem da divina proporção, nem muito menos da proporção áurea, mas sim do número de ouro 😉
Só assim por acaso… Onde é aquele pôr do Sol?
Aquele pôr-do-sol foi na Costa de Caparica, que dá umas lindas imagens quer no verão quer no inverno. 🙂
As regras são para serem quebradas.
Concordo plenamente contigo, regras são para serem quebradas! A liberdade artística acima de regras. Não digo que essas regras são ruins, mas não são supremas, existem muitas possibilidades de enquadramento na fotografia que deve ser buscadas.
Mas para as quebrar também é preciso saber. Nada é feito à “Balda”.
Acho o tema interessante, está contudo mal trabalhado e denota vulnerabilidades quanto ao conhecimento da questão. São muitas as matérias redigidas em Revistas de Fotografia mas poucas as que assentam em conhecimentos quanto à Estética das Proporções. Esta é uma obra fundamental para o domínio da questão.
Conhecia como Sequência de Fibonacci.
Mas bom artigo. Venham mais 🙂
Para quando a aplicação destas técnicas com a Canon 5D??
😉 brevemente na análise à Canon 5Ds
Dizia um grande amigo meu, e Mestre na Fotografia, em especial no Laboratório, requisitado pelos grandes da fotografia em Portugal.
“Para fotografar é preciso, saber olhar !” – O reste vem depois
Tem lógica sem senhor.