ZTE suspende operações depois de veto comercial do governo americano
A relação entre as empresas chinesas e o governo americano não é das melhores e tem criado dificuldade nas trocas comerciais entre ambos os países.
Um novo episódio surgiu agora, depois do governo americano ter proibido a venda de produtos à ZTE, obrigando a gigante chinesa a suspender a operação.
As relações comerciais entre a China e os Estados Unidos não estão a enfrentar os melhores dias. Vários têm sido os episódios que englobam marcas chinesas, com foco nas tecnológicas, como é o caso da Huawei e ZTE.
Depois da recomendação da não venda de produtos Huawei, chega agora um veto comercial à ZTE, proibindo a venda de componentes a esta marca, o que originou um grande problema na gigante chinesa.
Problemas entre a ZTE e o governo americano não são recentes
As más relações entre a ZTE e o governo americano começaram em 2010, quando a marca chinesa começou a ser investigada por manter acordos comerciais com o Irão e Coreia do Norte, após ter sido anunciado um embargo comercial a estes países.
Essa investigação resultou numa restrição de compra de componentes de empresas americanas que, depois de algumas negociações, foi reduzida a uma multa de 1.200 milhões de dólares, a multa mais alta alguma vez aplicada pelo governo americano no capítulo das exportações.
Passado algum tempo, a polémica voltou a estalar, quando após a entrada da Huawei nos Estados Unidos, responsáveis do governo vieram afirmar publicamente que os produtos da Huawei e ZTE não eram seguros para a população americana.
Na base desta afirmação, estava a acusação de espionagem destas empresas para o governo chinês através dos seus equipamentos. Como resposta a esta posição, a ZTE emitiu um comunicado onde afirmava que cumpria todas as normas de privacidade e segurança que lhe eram exigidas.
ZTE em problemas depois de veto comercial americano
Os problemas não ficaram por aqui. A 16 de abril de 2018, o governo americano emitiu uma proibição de venda de componentes de empresas americanas à ZTE, que fazia com que a marca chinesa não pudesse comprar processadores à Qualcomm, assim como outros produtos de hardware e software. Na origem desta decisão estava a acusação do governo americano de que a marca chinesa tinha prestado várias declarações falsas durante o processo de investigação.
Não concordando com a medida, a ZTE emitiu um comunicado classificando a decisão como injusta e procurou acionar o plano B para comprar componentes em outras marcas como a Mediatek.
Não conseguindo reunir todas as condições necessárias, a gigante chinesa anunciou que tem recursos para manter os seus compromissos no momento, mas suspendeu algumas operações, como é o caso das lojas online e em loja física, enquanto procura chegar a um entendimento com o governo americano.
Com este veto comercial, além de não conseguir comprar hardware, a ZTE vê também o seu acesso ao Android limitado, dado que a Google é uma empresa americana.
Huawei em alerta com esta decisão
Depois de ter tentado entrar no mercado americano, a empresa teve vários obstáculos políticos à venda dos seus dispositivos no país. O acordo que tinham com a AT&T falhou, assim como a venda noutras superfícies, levando a Huawei a desistir do mercado americano e repensar na estratégia.
Embora exista uma recomendação de não compra de produtos Huawei imposta pelo governo, o veto comercial está apenas limitado à ZTE. No entanto, a Huawei está em alerta, uma vez que existe sempre o risco de ser alargado.
No caso da Huawei a realidade é um pouco diferente. A marca chinesa tem feito um esforço para tentar produzir o máximo possível de componentes, de forma a não estar dependente de terceiros. A grande dificuldade estaria mesmo no sistema operativo, onde a Huawei já começou também a trabalhar para ter uma alternativa, caso existe a necessidade de utilizar um sistema operativo diferente do que usa.
A relação comercial entre a China e os Estados Unidos não anda nos melhores dias e prova disso têm sido todos estes episódios de limitações e sanções a empresas chinesas na relação com o mercado e empresas americanas.
Este artigo tem mais de um ano
Quem se vai rebentar é o Android, caso a China tenha de se unir e desenvolver o proprio SO.
Eh pá, mas, ele têm uma certa razão… é que a electrónica vem de lá com «fava»; muita gente sabe e vira a cara para o lado. Não imaginas a trabalheira que tenho para comprar equipamentos informáticos que não sejam daquela proveniência. Se bem que, das outras, ainda se dá um desconto, mas daquela é que não. Já agora deixo um desafio a todos: ratos que não sejam fabricados lá? (é das poucas coisas que me está atravessada)
… e na «tugalândia» a maioria não está nem ai, mas, quando trabalhas com empresas estrangeiras a coisa já «fia mais fino».
Em artigo anterior eu disse a mesma coisa e o termo mais “simpático” que encontraram para me definir foi…maluco!! Como se as empresas Chinesas de tecnologia não conseguissem “sobreviver” com os mais de 3 Biliões de consumidores que existem à volta da sua área de influência…para esse número bastam os próprios Chineses e os Indianos.E a Europa não vai entrar nas “aventuras” económicas do Trump…
Com o “Sentimento” anti-Americano” a crescer cada vez mais, Imaginem todos os Países altamente prejudicados, a boicotar os produtos da Apple. Deixei de utilizar desde ontem tudo o que seja Americano. Hoje muitos colegas meus fizeram o mesmo. Veremos o que nos reserva o “Futuro”…
Lol… ridiculo.
Se pensas que deixas de utilizar tudo o que é EUA estás enganado. Depois essa dos meus amigos também, é só, um bocado pinga azeite. Nem tu sabes o que consomes, nem os outros dão-te satisfações do que gastam.
Lol o ideal era usar só o que há na UE.
China, Rússia e EUA metem “bichinhos” no código ou nos chips para andarem a ver o que fazemos, mas quase tudo a nível de tecnologia vem desses dois sítios… entre Rússia/China ou EUA, então prefiro comprar dos EUA.
Esqueci-me da Coreia do Sul e Japão. Estes últimos também são topo.
Com o “Sentimento” anti-Americano” a crescer cada vez mais, Imaginem todos os Países altamente prejudicados, a boicotar os produtos da Apple. Deixei de utilizar desde ontem tudo o que seja Americano. Hoje muitos colegas meus fizeram o mesmo. Veremos o que nos reserva o “Futuro”…
Não há sentimento anti- americano, há anti atual presidente, inclusive no seu país. Pessoalmente não conheço ninguém anti americano e enquanto o presidente anterior lá esteve foi o melhor período para o país, inclusive antigas rivalidades começaram a cair.
Tenho um ZTE Blade A512, é excelente, não tenho razões de queixa.
Lá vai a vodafone ter que arranjar novo fornecedor. E todos os clientes actuais ficam sem updates como habito 🙂
Abc