Android Q: o que muda na próxima versão do sistema da Google?
Ao longo dos últimos meses temos assistido a uma gradual implementação do modo escuro ou dark mode em várias aplicações nativas da Google. Ainda que não seja a única empresa a trazer esta nova forma de visualização, os esforços da gigante das pesquisas mostram-nos também como será o próximo Android Q.
Da mesma forma que grande parte das apps nativas já suportam o dark mode, também o sistema o fará.
A cada nova informação que vai sendo divulgada sobre o Android Q há um ponto que se torna claro. Com efeito, a próxima versão do sistema operativo prepara-se para incorporar um dark mode nativo. Entretanto, a Google prepara várias das suas aplicações, desde o Gmail, ao Drive, o Fotos, bem como a Play Store.
Da Play Store ao Gmail, a Google está a preparar-nos para o Android Q
Os sinais tornam-se claros, desde que a empresa partilhou as suas conclusões na Android Dev Summit em novembro último. A partir daí, de acordo com a pesquisa levada a cabo pela própria, a Google apercebeu-se de que os tons claros estavam a consumir mais energia nos seus smartphones e tablets com o sistema Android.
Assim, a pouco e pouco vimos as suas principais aplicações e serviços a adotar o dark mode. Está política começa assim a estar presente em algumas das apps referidas acima, e em estudo para várias outras. Entretanto, outras entidades começam a disponibilizar este mesmo modo de visualização para as suas soluções.
Os dados não são novos, mas encaixam agora perfeitamente. Contudo, será na Google I/O 2019, a conferência dedicada às principalmente soluções de software e ao estado do Android, que poderemos ficar a conhecer as novidades do sistema Android Q.
O dark mode será a imagem de marca do Android Q
Cumprindo a sua agenda, a Google trará, como em anos anteriores, uma nova versão para o seu sistema operativo. Assim, esperamos que o Android Q venha (tentar) resolver o problema da fragmentação da plataforma, ainda que uma nova versão possa vir a fazer exatamente o contrário.
Ao mesmo tempo, o dark mode é já um dado adquirido. Com a primeira etapa a ser dada em novembro último, unimos agora todas as pontas.
Este modo está presente em cada vez mais serviços da empresa e deverá ser incorporado nativamente pelo sistema. Por outras palavras, teremos temas de raíz no próprio Android.
Mas, porquê o dark mode? Existem duas motivações, devidamente fundamentadas, para a sua aplicação. Em primeiro lugar, em dispositivo com um ecrã OLED, o tema escuro consome e requer menos energia. Em segundo lugar, e independentemente da tecnologia do ecrã, os tons escuros causam menos fadiga ocular.
O reforço da segurança, privacidade e desempenho
Com base em todas as fugas de informação, nas versões de testes (preview) e nas várias análises a estas versões prévias, teremos melhorias em todos estes três vetores. Ainda assim, vemos que a conservação da energia e o bem-estar digital assumem o principal destaque ao interpretar as entrelinhas.
Não só no seio da Google, mas em todas as tecnológicas, o dark mode tem sido a pedra de toque. Ao mesmo tempo, aumenta a preocupação com a nossa dependência digital, o bem-estar digital para o qual a Google já tem uma aplicação dedicada, sem descurar a privacidade do utilizador.
Teremos também um reforço da produtividade, com novos atalhos e o suporte para os novos smartphones dobráveis. Ainda assim, a principal tónica parece estar colocada na forma como vamos usufruir do sistema, e de que forma este nos ajudará a ter uma utilização mais responsável do mesmo.
A forma como usufruímos dos nossos dispositivos
Assim, transversal a todos os vislumbres que já tivemos do sistema, a aplicação do Material Design, também em tons escuros, torna-se evidente. Ao mesmo tempo, a Google apostar também nos gestos para navegação, tal como no iOS. Note-se ainda que já várias fabricantes dotaram as suas interfaces desta exata ferramenta.
Em conclusão, até ao momento - abril de 2019 - todos os sinais parecem indicar numa só direção. O Android Q trará mudanças de design, um novo visual e uma nova forma de interagir com os dispositivos móveis através dos gestos para navegação. Ao mesmo tempo, a principal diferença face ao Android Pie 9.0 será o dark mode.
A próxima versão do sistema operativo deverá ser revelada em maio próximo. Já a sua distribuição oficial deverá ocorrer durante o verão, provavelmente no mês de agosto.
Bem-estar digital
Homepage: Google LLC
Preço: Gratuito
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: 9to5google
Que venha é o Google Fuchsia OS sem o kernel Linux. 🙂
Corrigir: “o tema escuro consome requer menos energia”
Sempre pensei, baseado numa notícia de há muitos anos sobre um estudo que a IBM tinha efetuado, que os ecrãs verdes que eram utilizados nos “dumb terminals” são os menos cansativos para os olhos.
Isto porque, segundo me recordo, é necessário aplicar menos energia para que se consiga ler a mensagem.
Certamente terá havido outros estudos que desconheço, porque os olhos não mudaram nem evoluíram.
Mas que valente treta que lhe contaram. Os monitores verde-pretos eram os mais baratos, ponto. Tudo o resto é areia para os olhos.
Isto tem haver a tecnologia do display. No caso, o foco é disolay (ecrã) OLED que é.bem diferente dos velhos tubo de raio catóditos CRT da época de terminais “burros” da IBM.