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A Samsung quer capitalizar com as dificuldades sentidas pela Huawei

A Huawei é atualmente a 2.ª maior fabricante de dispositivos móveis e, para além disso, é também a 2.ª maior fornecedora de equipamentos de redes no mundo. Contudo, durante o último ano a sua reputação sofreu um considerável revés e a Samsung sabe disso.

Agora, querendo aproveitar o momento oportuno, a gigante sul-coreana vai atacar.


A Huawei viu o seu fundador acusado de receber apoios do estado chinês em troca de acesso às informações dos seus utilizadores. Viu a sua diretora financeira a ser detida. Foi repetidamente sancionada pelos Estados Unidos da América. Foi acusada de violar deliberadamente as sanções impostas a países como o Irão.

A Huawei é uma das maiores empresas de redes e sistemas de comunicação

A lista de desaires conta ainda com a pronúncia de um dos vice-presidentes da União Europeia. Motivou o despedimento de um alto executivo da empresa na Polónia. Entretanto, também o seu equipamento de redes foi banido dos Estados Unidos da América. Uma oportunidade que a Samsung não quer deixar passar em vão.

A administração Trump barrou todas as operadoras norte-americanas de utilizarem equipamentos de redes produzidos pela Huawei. Considerando-a um risco à segurança nacional, a fabricante chinesa vê assim frustrados os seus planos para desenvolvimento de infraestruturas de redes 5G em solo americano.

A Samsung quer capitalizar com o insucesso da rival

O temor de que os equipamentos de redes da Huawei tivessem alguma backdoor que pudesse vigiar ou mesmo espiar os utilizadores e clientes acabou por ditar o fim dos planos da marca nos Estados Unidos da América. Entretanto, este mesmo temor espalhou-se pelos aliados da nação norte-americana, bem como pela Europa.

Alegando que a Huawei, ZTE e outras fabricantes chinesas estavam obrigadas a prestar informações ao regime comunista da China. Como consequência, a reputação destas marcas foi bastante erodida. Ressalva-se aqui o exemplo português, imune ao clima de desconfiança perante a tecnológica chinesa.

Até ao momento, a Huawei negou todas as acusações de que tem sido alvo.

 

 

Acima podemos ver um gráfico que nos mostra os principais players, os principais agentes no mercado das redes. Aliás, de acordo com os dados da agência IHS Markit, já em 2017 a fabricante chinesa liderava este setor, quase empatada com a Ericsson.

As redes 5G, a pressão na Huawei e a oportunidade da Samsung

Contudo, o ano de 2018 não foi favorável para os seus desígnios no mercado de redes, nem para os seus esforços na prossecução do 5G. Apesar de empenhada na instalação e desenvolvimento das infraestruturas para as redes 5G, a fabricante chinesa não tido uma tarefa fácil.

O seu infortúnio foi encarado pela Samsung como uma oportunidade estratégica. Tal como notaReuters, a Samsung está a investir mais do que nunca no segmento de redes. Este comportamento da Samsung foi também notado pela Bloomberg que aponta a oportunidade perfeita para a Samsung ganhar terreno.

Com cerca de 3 % de quota de mercado no segmento de redes, a Samsung está longe de ser uma das maiores entidades nesta área. Contudo, a tecnológica sul-coreana reconheceu o momento oportuno. As dificuldades da sua rival e o novo padrão 5G que já desponta no horizonte.

A maior aposta da Samsung será nos Estados Unidos da América

Sem carecer de mais incentivos, a Samsung dedicou uma nova tranche de investimentos a esta área. Reforçará toda a sua presença no mercado de redes e comunicações sem-fios. Setor que já há vários anos era praticamente dominado pela rival, Huawei.

Até 2020, a Samsung quer capturar 20% do mercado norte-americano de redes. Aí usufruirá de uma posição privilegiada uma vez que a sua maior rival se encontra banida. Enfrentará a concorrência da Ericson, bem como da finlandesa Nokia.

Ainda de acordo com a imprensa internacional, a Samsung já terá sido contratada por 3 das 4 maiores redes norte-americanas para o desenvolvimento de infraestruturas de suporte ao padrão 5G. Motivos mais do que suficientes para a sul-coreana se encontrar otimista.

Por fim, a Samsung afirma que o seu setor de redes está perfeitamente consolidado. Acrescenta ainda que agora é a altura de investir.

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