WhatsApp adiciona autenticação biométrica às suas versões para web e desktop
Apesar de estar a passar por um momento mais conturbado, o WhatsApp ainda é a plataforma de comunicação online mais popular da Internet. Segundo os últimos números conhecidos, existem mais de 2 mil milhões de utilizadores a trocar texto, fotos, vídeos e todo o tipo de ficheiros. Assim, o Facebook está a mudar alguns aspetos nesta app de mensagens e anunciou um novo ajuste nos mecanismos de segurança e privacidade.
Agora, o utilizador terá disponível um novo recurso biométrico para trazer uma nova camada de autenticação e segurança ao serviço nas versões para web e desktop.
Acesso ao WhatsApp com a leitura do rosto ou do dedo
Conforme sabemos, para termos acesso ao WhatsApp via web, temos de apontar a câmara do nosso smartphone, com a respetiva conta autenticada do WhatsApp para um código QR na plataforma online. Contudo, a partir de hoje, já será possível que os utilizadores possam adicionar uma digitalização da impressão digital, do rosto ou da íris para usar o WhatsApp no desktop ou na web.
Estes dados ficam vinculados ao dispositivo móvel, que será usado e, combinação com o tal código QR.
Este recurso chega-nos à boleia do que o WhatsApp descreve como uma "atualização visual" da página da web do WhatsApp nas aplicações Android e iOS para vincular e gerir dispositivos ligados à nossa conta. A empresa sugere que haverá mais atualizações em breve.
Assim, e a partir de agora, para ligar a nossa conta a um iPhone ou Android, será necessário autenticar-se com recurso a dados biométricos, isto é, teremos de usar o Face ID ou o Touch ID.
Today we’re starting to roll out a new security feature for WhatsApp Web and Desktop: face and fingerprint unlock when linking devices.
WhatsApp does not see your face or fingerprint data.
Chats for your 👀 onlyhttps://t.co/qR3zsexzfj pic.twitter.com/Ei5G35MPpA
— WhatsApp (@WhatsApp) January 28, 2021
Usar o Face ID ou Touch ID
Quando implementado, este recurso será requisitado aos utilizadores antes que uma versão desktop ou web possa ser vinculada a uma conta da app móvel. Mas atenção, o código QR não desaparece. Esta é uma segunda etapa que os utilizadores terão de realizar para garantir ainda mais segurança.
Basicamente, estamos a usar um método de duas etapas de autenticação (2FA), tal como fazemos para usar a app móvel WhatsApp hoje.
O WhatsApp diz que no iPhone, este recurso funcionará com todos os dispositivos que operam com iOS 14 e superior com Touch ID ou Face ID. Contudo, no Android, a novidade funcionará em qualquer dispositivo compatível com autenticação biométrica (desbloqueio facial, desbloqueio de impressão digital ou desbloqueio de íris). As instruções completas sobre como ligá-lo estão aqui.
Segundo o Facebook, a novidade já começou a ser disponibilizada aos poucos. Os utilizadores deverão todos receber "nas próximas semanas".
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Se este recurso tivesse sido adicionado antes desta polémica dos novos ToS até diria “Olha, boa ideia!” até porque sendo o recuso Web e Desktop muito conveniente faz todo o sentido.
Mas como eles fizeram isto depois de perder mais de 40 Milhões de utilizadores para o Signal e o Telegram só remete para a ideia de que estão a fazer tudo e mais um par de botas para dizer “Segurança para os nossos utilizadores”
Devo dizer que fico impressionado com a quantidade de pessoas que noutra altura diria “Segurança é para malucos, não tenho nada a esconder” e actualmente em uma lista com 126 contactos 72 migraram para alternativas porque finalmente começam a dar importância a este tópico 🙂
@pplware uma boa noticia seria aquela de que querem que o Signal tenha moderação , isto para abrir os tópicos de Segurança =/= Moderação e Moderação == Controlo
Isto deve ser uma anedota…
Então as pessoas vão OFERECER os seus dados biométricos a uma empresa privada?
É por esta razão que as empresas de espionagem já pouco têm de fazer no terreno, basta-lhes consultar as redes sociais e obtêm toda a informação de bandeja… Localização, local de trabalho, nº de telefone e agora dados biométricos…
E alguns até pensam que é para facilitar e por segurança…
Não tarda já estarão os dados biométricos à venda no mercado paralelo… Isto parece uma anedota…
Lembram-se daquela frase: “Uma vez colocado na Internet, para sempre na Internet”?
Um comentário desses é uma clara prova de que desconheces a tecnologia e como ela funciona, seja apple, android ou outro sistema qualquer.
Os dados biométricos NUNCA saem do equipamento. Estão locais, cifrados, protegidos, guardados com camadas de segurança extra, e a app “pede” ao sistema para que use essa funcionalidade para autenticar o utilizador.
Olá Pedro, é possível que, como dizes, eu seja um ignorante, mas por outro lado, é igualmente possível que te tenhas precipitado na tua avaliação. Vou-te responder com todo o respeito e peço-te que também ajas em conformidade e do ponto de vista pragmático:
Coloco a tua afirmação em causa com apenas com cinco perguntas e para bom entendedor meia palavra basta:
1. O código da App está em código aberto e por isso consegues garantir categoricamente que os dados ficam na tua máquina/terminal?
2. Controlas o tráfego de telemetria entre o terminal e o servidor? E consegues visualizá-lo? (Caso não consigas, como podes dar essa garantia?)
3. Qual o mecanismo de segurança que vai estar a garantir que os dados biométricos ficam no terminal?
3.1. Esse mecanismo é físico ou em Software?
4. Confias os teus dados a uma empresa privada?
4.1. Confias os teus dados a uma empresa privada sediada nos EUA?
5. Se na Europa nem as seguradoras podem manter os dados dos seus segurados é lícito que outrem os detenha?
O código
Primeiro, ele não disse que eras ignorante. Um desconhecedor, eventualmente, mas nada mais que isso. 😉
Olá Vítor, quem utilizou a palavra ignorante fui eu e qualificando-me a mim próprio e utilizei-a no contexto presente e sem qualquer carácter ofensivo. Eu sou ignorante em muitas matérias. O que quis sublinhar é que porventura poderei não ser um “desconhecedor” em temáticas como a segurança.
E mantenho as 5 perguntas supracitadas.
Na Europa, nenhuma empresa poder manter dados biométricos a não ser um organismo público do estado. Por razões óbvias, nem as seguradoras podem deter dados biométricos nem médicos dos seus segurarados, caso contrário isso tornar-se-ia critério de selecção de apólices e forma de reorientar prémios de seguros. E como tal, bem se pode ver que esta temática é de importância vital e de extrema sensibilidade.
Por outro lado, não há garantia NENHUMA de que os dados constantes no terminal estejam seguros (e podemos discutir aqui as formas de encriptação usadas no mercado), por isso não é necessário ter as capacidades de Nostradamus para prever que dentro de poucos anos os dados biométricos destes utilizadores incautos vão estar à venda no mercado negro.
1. Por outro lado, a empresa de Zuckenberg detém o monopólio na área das redes sociais. E comprou a Whatsapp para continuar a posicionar-se no topo dessa pirâmide do mercado (ninguém pensou que eles tinham comprado a whatsapp e por aquele preço só porque os investidores/accionistas são bons rapazes e querem dar umas borlas, pois não?).
2. O objectivo daquela empresa é obter lucro.
3. A história tem demonstrado que o Facebook não é fiável e muito menos uma empresa/serviço em que se possa confiar.
4. Não há almoços grátis
5. E por outro lado, todos o sabemos: “Informação é poder”.
Volto a repetir e reforço, manter dados biométricos num a coisa tão insegura como um dispositivo móvel é um perigo de gravidade extrema, e uma forma de sujeição num futuro próximo.
E não é necessário recordar a ninguém que é exequível copiar dados das impressões digitais, da face e até da íris, pois não?
E todos sabem que uma vez partilhados estes dados, ficam eternamente partilhados na net, não é?
E também não é necessário recordar que estas características físicas e diferenciadoras são aquelas que nos vão acompanhar até ao fim das nossas vidas, pois não?
O meu testemunho fica aqui dado, vale o que vale, fi-lo com boa intenção e que cada um avalie por si e com o seu bom-senso.
Alea Jacta Est. Agora que cada um pense por si e jogue com a sua sorte.
Zeus, pesquisa um pouco como o sistema de autenticação no iPhone funciona! Nem as aplicações, nem o sistema operativo, têm acesso aos dados biométricos, o que fazem é evocar o processo de autenticação que ocorre em hardware especializado, com os dados a serem guardados e encriptados em memória isolada que não pode ser acedida pelas aplicações e sistema.
A haver alguma aplicação maliciosa o máximo que pode fazer é tirar simples fotografias ou videos, o que pode ser preocupante mas é algo que não precisaria do subterfúgio de autenticação.
Claro, se eu disser que não estás a dizer a verdade, também não estou a chamar-te de desonesto…
Sejam honestos pá!
Mais uma vez não chamei ninguém de desonesto.