Free Our Feeds: especialistas querem impedir que os bilionários controlem as redes sociais
Uma série de personalidades ligadas à Internet e à tecnologia querem impedir que os bilionários comprem as redes sociais e controlem, dessa forma, o discurso e as narrativas. A ideia de uma fundação sem fins lucrativos, de nome Free Our Feeds, surge alguns dias após a Meta ter anunciado a alteração da sua política de moderação.
Alguns dias depois de a Meta ter anunciado a alteração da sua política de moderação, descontinuando a verificação de factos, um grupo de especialistas em tecnologia e políticas públicas lançou uma campanha para "salvar as redes sociais de serem sequestradas por bilionários".
De nome Free our Feeds, esta iniciativa visa criar uma fundação independente sem fins lucrativos dedicada a expandir a adoção do Protocolo AT.
O objetivo passa por angariar quatro milhões de dólares em financiamento inicial através de crowdfunding, como parte de um objetivo maior de 30 milhões de dólares nos próximos três anos.
Os fundos serão utilizados para criar a fundação, desenvolver um segundo serviço, utilizando o Protocolo AT, e financiar projetos de terceiros que se baseiem neste. De natureza descentralizada, o protocolo permitiria aos utilizadores migrarem entre diferentes plataformas sem perderem os seus dados ou contactos sociais.
A Bluesky é uma oportunidade para mudar o status quo. Construíram os pilares para um novo tipo de rede social, uma rede onde todos temos mais voz, mais escolha e mais controlo. Mas será necessário um financiamento e uma governação independentes para transformar a tecnologia que alimenta a Bluesky (o Protocolo AT) em algo mais poderoso do que uma única aplicação.
Queremos criar todo um ecossistema de aplicações interligadas e diferentes empresas que tenham em mente os interesses das pessoas.
Lê-se no website oficial da iniciativa. Esta é resultado da preocupação com a concentração de poder nas redes sociais existentes.
Por exemplo, a compra do Twitter por Elon Musk, que introduziu alterações significativas nas políticas de moderação e na funcionalidade do agora X, evidenciou os perigos do controlo absoluto.
Também a suavização da moderação e a dispensa dos verificadores de factos nas redes sociais da Meta, há alguns dias, por Mark Zuckerberg, ressalvou essa perigosidade.
Iniciativa quer que o utilizador controle a sua presença nas redes sociais
A iniciativa Free Our Feeds sublinha, portanto, a necessidade de o utilizador controlar os dados, os algoritmos e a experiência online.
O Protocolo AT, que a fundação pretende que seja implementado, contrasta com o modelo atual, em que os dados dos utilizadores estão geralmente fechados no ecossistema de uma única plataforma.
Nas últimas duas décadas, o mundo tem caminhado involuntariamente para uma situação em que um punhado de empresas dita toda a nossa experiência nas redes sociais. Agora, pela primeira vez, temos a oportunidade de reescrever as regras. O protocolo AT pode oferecer um novo caminho para a rede social.
Defendeu Sherif Elsayed-Ali, diretor do Future of Technology Institute.
Uma vez que a fundação foi concebida para funcionar de forma independente, a viabilidade do protocolo prevê-se que seja assegurada, mesmo que a Bluesky mude a sua estratégia de desenvolvimento ou seja vendida a um bilionário.
Para supervisionar o estabelecimento e a gestão da fundação, foram convidados alguns "mandatários", incluindo personalidades de organizações como a Mozilla, a Avaaz e a Social Web Foundation, que proporcionam conhecimentos especializados e supervisão diversificada.
Além destes, a Free Our Feeds conta com o apoio de figuras como o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, o ator Mark Ruffalo e a escritora Shoshana Zuboff.
Apesar de ser difícil conceber que os milhões de pessoas que utilizam o X, o Instagram ou o Facebook podem migrar para outra rede social, o investimento nesta iniciativa poderá definir as plataformas da próxima década.
Acredita que a iniciativa Free Our Feeds pode, de facto, libertar os utilizadores?
Com a possível venda do TikTok a Musk aumenta, e de que maneira, o domínio dos bilionários sobre as redes de comunicação social. E convém não esquecer que outros já dominam órgãos de comunicação social importantes, como Bezzos (Washington Post), Pat Soon-Shiong (L. A. Times), família Rupert Murdoch (Fox) e outros.
Com o novo governo de bilionários nos EUA, alinhados com Trump, pouco sobra.
As “personalidades”, não gostam do free speech, a piada faz-se sózinha
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Depois das experiências que tivemos com as redes sociais a serem controladas pelos governos e toda a censura a que isso levou, acho que é preferível.
Uns podem dizer tudo, insultar, acusações históricas de forma gernalizada,mas se dizermos todas vidas são importantes é logo conotado de, facista, racista, supremacista branco, e aí aplica-se censura bondosa.
Não esquecer que em POrtugal já existe gente a ser condenada ou multada por falar coisas não vai narrativa dos supostos humanistas.
Concordo, no entanto, tem que ser para os dois lados, nem os bilionários deveriam ter controlo do que se passa numa rede social, e também os governos não têm que controlar o que se passa numa rede social.
Por acaso neste momento nos EUA o governo está alinhado com os bilionários o que faz com que governo e bilionários sejam praticamente a mesma coisa, mas nem sempre foi assim, vulgo Joe Biden.
Portanto sim, bilionários não deveriam ter influência nas redes assim como os governos (principalmente os de esquerda).
A carneirada devia era preocupar-se em sair mais à rua e não andar corcundas de tanto inalarem redes sociais.
Tipo tu? E cada cromo aqui
Tudo o que possa ser feito para evitar que psicopatas, sociopatas e gananciosos gerem o caos na vida social é bem-vindo
isso é um pensamento psicopata, sociopata e ganancioso.
Não olhar a meios para calar aquele a quem a sua opinião atribui tais características.
Não há nenhum bilionário a controlar redes sociais.
Há bilionários donos de redes sociais mas não controlam quem as usam, se as suas politicas forem contra os utilizadores estes simplesmente abandonam .
O Musk e agora o Zuckerberg perceberam que a liberdade de discurso e o contraditório via notas da comunidade é a maneira mais justa e eficiente de fazer as coisas e passar a verdadeira informação.
Muito melhor que ter uma equipa de Ruis Tavares e Mortáguas a fazer politica travestida de moderação.
Quem não se lembra do quem quer ser milionário? qual das ajudas era mais eficiente? a do publico ou a do telefone?
Agora é normal que quem vivia num mundo onde a moderação era da sua fação, por causa disso parecia que toda o planeta pensava igual a sí, de repente com a liberdade de discurso vê-se incluído numa minoria ideológica, acredito que seja traumático.