Mapa mostra Portugal como um dos países mais afetados pelos incêndios na Europa
Se a pergunta é qual o país mais castigado pelos incêndios florestais na Europa em 2025, o mapa é claro: Portugal. Os dados do EFFIS mostram que o nosso país já ultrapassa a esmagadora maioria dos países vizinhos em área ardida.
3% do território foi consumido pelas chamas
Ainda falta quase um mês de verão, mas 2025 ficará marcado como o ano do fogo. Os dados dizem-nos que Portugal já ultrapassou a média de área ardida dos últimos 20 anos.
As chamas já consumiram centenas de milhares de hectares, destruíram casas, explorações agrícolas e vitimaram populações. Algumas das regiões mais emblemáticas do país, sobretudo no interior, centro e norte, ficaram pintadas de negro.
Apesar de todas as imagens chocantes, uma comparação fala por si: o mapa europeu. Enquanto França, Itália ou Roménia apresentam valores elevados, a realidade portuguesa e espanhola é avassaladora.
Portugal entre os mais afetados da Europa
Segundo os números disponíveis a 19 de agosto, Portugal somava cerca de 216 mil hectares ardidos (hoje serão perto de 220 mil), contra 348 mil em Espanha, 125 mil na Roménia, 65 mil em Itália, 45 mil na Grécia e 35 mil em França.
Tomemos em conta que a dimensão territorial de cada país é diferente, mas a comparação torna-se ainda mais dura quando se olha para a percentagem da área nacional queimada: Portugal surge entre os mais afetados de toda a Europa com 3% de área ardida.
O mapa partilhado pela comunidade The World in Maps reflete os valores registados pelo EFFIS, o sistema europeu de informação sobre incêndios florestais, incluído no programa Copernicus.
São estimativas com base em imagens de satélite que podem variar ligeiramente, mas a tendência é consistente: Portugal está no topo da lista em termos de área ardida proporcional.
Clima extremo e abandono do território
Porquê tamanha diferença? A explicação combina vários fatores. O mais imediato é a meteorologia: a seca prolongada e as ondas de calor de julho e agosto criaram as condições perfeitas para incêndios violentos. Mas não é apenas o clima.
Especialistas recordam que o abandono do mundo rural e a acumulação de biomassa funcionam como combustível pronto a arder.
Este problema estrutural tem sido repetidamente identificado. O despovoamento do interior e a falta de gestão florestal ativa fazem com que cada verão se repita o mesmo cenário.
Algumas regiões, como o interior norte e centro, estão na linha da frente da tragédia, enquanto áreas com maior tradição de gestão comunitária de florestas sofrem menos impacto.
Um risco que cresce com as alterações climáticas
O padrão é claro: quando a meteorologia extrema se cruza com um território pouco gerido e altamente inflamável, o resultado é devastador.
Tristemente 2025 confirma aquilo que os modelos previam: o risco de grandes incêndios em Portugal não só é elevado, como tenderá a aumentar no contexto das alterações climáticas.























Os incêndios já acabaram, agora vem chuva.
Outra dor de cabeça.
Continuem a mandar porrada s de dinheiro para um buraco na Europa central, deiam subsidios aos ilegais, e esqueçam-se de ajudar o Português.
Em 10 anos até as cobras nos comem vivos.
Não comecem a votar em pessoas responsaveis, não..
“…Portugal somava cerca de 216 mil hectares ardidos (hoje serão perto de 220 mil), contra 348 mil em Espanha,…”
Simplesmente Espanha tem um território ~6x’s maior. Extrapolando, a ardida em PT equivale a 1 320 mil hectares ardidos a comparar com ES.
Nesse mapa, Portugal devia estar a preto e não com uma cor mais suave que ES.
“…tenderá a aumentar no contexto das alterações climáticas. …”
Tinha q ser , lol
Terraplanistas no lol
As alterações climáticas estão a acontecer sim, e querer ignorar o problema é simplesmente estúpido.
Podes é argumentar que as mesmas não culpa humana… mas isso é tema para outra discussão.
Claramente que existem. Mas ainda há pessoas com a cabeça enterrada na areia e com discursos de tarzan anti-vacina!
“As alterações climáticas estão a acontecer sim” e “Claramente que existem” como sempre existiram e continuarão a existir mas ainda há tarzans com a cabeça enterrada na areia que preferem seguir o caminho fácil de culpar a humanidade em vez de tentarem compreender que a natureza do clima é muito mais complexa do que as suas cabecinhas conseguem compreender.
Se todos fossemos como estes tarzans que só se interessam por consensos fabricados à força do tipo inquisição na forma “tu mereces ser financiado porque acreditas mas tu já não porque não concordas com a religião climática”… ainda a humanidade acreditaria que quando há chuva e sol ao mesma tempo é porque as bruxas se estão a pentear!
Estás a dizer alguns disparates. Há, como é notório, alterações como reflexo das ações dos humanos e da humanidade. Isso é claro, tens de abrir os olhos. Isso está mais do que estudado.
Depois há, como sempre houve, o próprio caminho do planeta pela sua caminhada. Há mudanças que sentimos mais e outras menos, que são mais lentas, de milénios.
A questão aqui é saber quais alterações, quais impactos são da responsabilidade da humanidade e que podem ser amenizadas, revertidas e ou travadas. Os “fanáticos” os cabeça enterrada na areia, dizem que é tudo natural, que o homem não destrói nada. Os mares estão carregados de plásticos, as praias sujas, mas os Tarzans, acham que a vida vai de liana em liana sem qualquer responsabilidade. Não inventes cenários, porque te facilitam a vida e não te pões a pensar. 😉
eu ainda sou do tempo em que a “Floresta” se chamava de “Monte”, estava despida de Eucaliptos e Pinheiros. Não são só Alterações Climáticas, a intervenção Humana (além dos incendiários) na floresta tem muita responsabilidade.
@BurroFuiEuQueEstudei,
EPA Julho de 2025:
https://www.youtube.com/live/sTMHqizIIJg?si=w3_pK2ne3RJ1KpRv
Basicamente:
A Determinação de Perigo Associado ao Dióxido de Carbono, adotada pela primeira vez em 2009, baseou-se na alegação de que o aumento dos níveis de CO2 representava uma ameaça grave à saúde pública e ao bem-estar. Estas alegações, amplificadas por vozes alarmistas na comunicação social e na burocracia, assentaram fortemente em modelos comput@cionais que, desde então, se revelaram cronicamente imprecisos, prevendo de forma consistente um aquecimento superior ao que realmente se verificou. Ao longo dos anos, assistiu-se a uma discrepância notável entre as projeções alarmantes e a realidade… as temperaturas globais não seguiram o caminho “descontrolado” previsto, e os fenómenos meteorológicos extremos, apesar da cobertura mediática exagerada, mantiveram-se dentro da faixa de variabilidade histórica.
No entanto, enquanto os Estados Unidos se enredavam em regulamentações cada vez mais complexas, a China e outros grandes emissores continuaram a expandir a sua produção de energia a carvão, anulando qualquer benefício hipotético resultante das restrições autoimpostas pelos EUA. De acordo com diversas fontes independentes, A CHINA AUMENTOU AS SUAS EMISSÕES ANUAIS DE CO2 EM MAIS DE 70% DESDE 2005 E QUEIMA ACTUALMENTE MAIS CARVÃO DO QUE O RESTO DO MUNDO EM CONJUNTO.A ideia de que os Estados Unidos poderiam “liderar pelo exemplo” e convencer o resto do mundo a fazer sacrifícios semelhantes foi totalmente desmentida pelos factos no terreno.
Os efeitos concretos da Determinação de Perigo não se fizeram sentir no clima, mas sim nas famílias e nas empresas americanas. OS PREÇOS DA ENERGIA AUMENTARAM, os empregos industriais foram deslocalizados para o estrangeiro e os cidadãos comuns acabaram por suportar o peso de gestos dispendiosos e meramente simbólicos, que em nada alteraram a trajetória climática. O povo americano merece políticas que produzam resultados mensuráveis e não mais do mesmo teatro oneroso.
Ao revogar a Determinação de Perigo, a EPA está a sinalizar um regresso há muito esperado a uma política racional e baseada em evidência científica. ESTA DECISÃO RECONHECE QUE O CO2 NÃO É UM POLUENTE NUM SENTIDO CIENTÍFICO RELEVANTE, MAS SIM UM COMPONENTE FUNDAMENTAL DA VIDA NA TERRA que, nas concentrações atmosféricas atuais, tem benefícios comprovados para o crescimento das plantas e para a agricultura. Esta mudança não representa um abandono da responsabilidade ambiental; antes, trata-se de pôr fim a políticas ineficazes e concentrar os esforços em soluções reais, baseadas na evidência, na inovação e na realidade económica.
Yamahia, comentário fenomenal o seu. Acrescentaria apenas o seguinte: a humanidade apenas tem conseguido influenciar muito localmente o clima, nomeadamente com a construção de estruturas que propiciam a formação de ilhas de calor. Extrapolar para toda a Terra o que acontece nestas ilhas de calor tem sido um dos maiores erros dos fanáticos do clima, no entanto, tem sido também o motor desse movimento.
Oh the Humanity! 🙁
Neste tipo de comparações olhar para valores absolutos realmente não faz qualquer sentido, deveriam ser sempre em percentagem… e no caso dos incêndios acho que até deveria ser em percentagem de floresta e não da dimensão do país
Apesar de Portugal estar numa localização infeliz no que toca a incêndios, está muito bem visto que a percentagem deveria ser relativa ao total de floresta do país.
Comparemos Portugal com Espanha… olhemos para as imagens de satélite e poderemos constatar que grande parte do território de Espanha não tem qualquer floresta… ao invés disso tem extensas áreas de cultivo onde obviamente nunca poderá haver fogos florestais e logo aí a percentagem em função da área de floresta e não da área do país faz muito mais sentido.
Se for pelo calor, África arderia toda onde houver florestas! É como na Amazónia, os humanos queimam tudo e depois as alterações climáticas são as culpadas de tudo. Em Portugal há incendiários e muita incúria, no dia que perceberem isso as coisas ficarão mais controladas. Precisamos de drones para vigilância e equipas prontas a intervir de modo que se recolham provas. Há que acabar com as desculpas. Este ano é ano eleições, e como tal, os bandidos aproveitam para festejar. Sempre que há eleições autárquicas temos maiores incêndios.
Para haver fogo é preciso oxigénio, arvores e isqueiros. Portanto, é só proibir os isqueiros. 99% fogos são origem criminosa. Os isqueiros são os culpados. Não as pessoas. Prendam os isqueiros, já! É como as armas, se há controlo, pq não nos isqueiros?
Isqueiros é passado. Hoje é drones que ateiam em triângulo e em simultâneo tendo em conta a direcção do vento e coordenadas inacessíveis a bombeiros por terra.
Está tudo estudado pelo terrível lobby climático.
Em que ano é que o lobby climático começou a pegar fogo às florestas?
Que chatice não conseguimos ficar em 1° lugar pode ser que no próximo ano os nossos incendiários peguem fogo ao pais todo
Os governantes já encheram os bolsos para o jantar de Natal.
Um problema sério que é, a meu ver, chutado para canto por causa da forma como acabam sempre as noticias deste género – “alterações climáticas”.
Este problema sempre existiu. Desde que me lembro vejo noticias de mata que arde. Provavelmente arde mais hoje em dia do que há décadas porque há décadas existiam mais pessoas a trabalhar no campo e nessas terras hoje ao abandono. Ou talvez porque existiam os guardas-florestais, que foram extintos há meia duzia de anos. Ou talvez porque no tempo da outra senhora os reclusos iam limpar matas.
Ou talvez porque, de forma natural e porque a era dado valor, a floresta e os terrenos eram mais cuidados.
O problema é simples de diagnosticar (e não, não é com alterações climáticas):
– terrenos abandonados e presos em heranças – o que implica que ninguém se responsabiliza.
– Os governos locais (juntas de camaras municipais) são bons a queixarem-se do estado central mas não fazem aquilo que é da sua responsabilidade –> limpar terrenos, principalmente os publicos.
— em vez de se fazer leis que não são aplicadas, o estado – depois de um periodo de aviso – limpa também os terrenos privados abandonados e apresenta a conta ao dono(s). Seria facil depois de cobrar – a AT é muito boa nisso. Se o terreno está preso numa herança é dividir pelos herdeiros, a conta. Se não se sabe quem é o dono – o terreno reverte para o estado.
– Os governos locais em vez de gastarem milhares de euros (senão milhões) em festinhas para emigrantes no verão, podem aplicar o dinheiro em melhorar a infraestrutura de água para ajudar a apagar os fogos.
No entanto isto não resolve tudo, mas irá ajudar. O problema irá continuar a ser o crime e a negligência. Principalmente a negligência da malta que arrisca e faz queimadas ou lança fogo-de-artificio em dias onde o bom-senso diz para ficar quieto.
MAs vá, ninguém quer realmente resolver o problema porque a floresta só dá prejuizo. Por alguma razão as florestas com valor (como as da industria da celulose) não ardem — porque estão bem tratadas por terem valor económico para o “dono”.
Os incendios não vão parar mas, no minimo, podemos minimizar o estrago simplesmente cuidando da floresta.
Nota: Já alguém viu solução para o SIRESP? todos os anos a mesma lenga-lenga e nada é resolvido. #lobbiesDosTachos
Solução para o SIRESP é o Starlink.
“Se não se sabe quem é o dono – o terreno reverte para o estado.” – não se esqueça que o Estado pode não saber quem é o dono de um determinado terreno mas o seu dono pode saber muito bem que é o proprietário desse terreno e ter o Estado a expropriá-lo só porque não sabe quem é o dono é digno de governos autoritários que não se importam minimamente com a propriedade privada.
concordo, mas se é dono tem de tratar das limpezas obrigatórias por lei, como não o fez, quando reclamar o terreno terá de pagar a fatura das limpezas efectuadas pelo estado.