24% da poluição plástica identificável está ligada a apenas 5 empresas
De toda a poluição por resíduos de plástico que pode ser identificável até à sua fabricante, quase um quarto pode ser associado a apenas cinco grandes empresas, segundo um novo estudo.
Uma equipa internacional de investigadores analisou cerca de 1,87 milhões de resíduos plásticos ambientais registados entre 2018 e 2022, descobrindo que mais de metade dos itens não podiam ser associados a uma empresa específica.
Dos restantes, os identificáveis, 24% podiam ser atribuídos a apenas cinco empresas: as fabricantes de refrigerantes Coca-Cola e Pepsi foram responsáveis por 11 e 5%, respetivamente. Seguiram-se as gigantes multinacionais do setor alimentar e das bebidas Nestlé e Danone, e uma das maiores fabricantes mundiais de produtos relacionados com o tabaco, a Altria.
A eliminação progressiva dos produtos de plástico de utilização única e de curta duração por parte dos maiores poluidores reduziria grandemente a poluição global por plásticos.
Escreveram os investigadores, num artigo publicado na Science Advances, defendendo que é essencial uma maior responsabilização, se quisermos resolver o problema crescente da poluição plástica, e sugerindo, também, que as ações positivas de apenas algumas grandes multinacionais poderiam ter uma diferença significativa.
Dos itens de plástico de marca analisados no estudo, mais de metade provinham de apenas 56 empresas e, de modo geral, quanto mais plástico uma empresa produzia, mais resíduos contribuía.
Os investigadores sugerem que as empresas do setor alimentar e de bebidas, em particular - devido à dependência do plástico de utilização única nos seus produtos - devem ser encorajadas a fazer mais para reduzir a quantidade de resíduos de plástico com que contribuem.
Os produtos alimentares e bebidas têm também uma maior probabilidade de serem consumidos em movimento, enquanto os produtos domésticos e de retalho têm uma maior probabilidade de serem consumidos no interior de edifícios e, por conseguinte, têm menos probabilidades de escapar às infraestruturas de gestão de materiais e de se infiltrarem no ambiente.
Na opinião dos investigadores, podem ser feitos esforços para reduzir a utilização de plástico, melhorar os sistemas de gestão de resíduos, alterar a conceção dos produtos e aumentar a possibilidade de reciclagem.
No âmbito dos itens que não puderam ser associados a qualquer empresa, os investigadores apelam à criação de normas internacionais e de bases de dados partilhadas, para que estes resíduos possam ser monitorizados de forma mais eficaz.
A equipa responsável pelo estudo reconheceu os esforços dos mais de 100.000 voluntários de 84 países que participaram nos eventos de recolha, em locais como praias, rios e parques: "Os eventos de auditoria voluntária têm valor para a monitorização global da poluição plástica com uma ampla cobertura espacial e temporal, que, quando analisada, pode contribuir para as políticas ao mesmo tempo que aumenta o envolvimento do público".
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nem referem a localização geográfica do estudo
mundial
É boicotar esses envenenadores da Humanidade. O plàstico é o veneno que o capitalismo levou ao mundo.
Isso.. atira.te tambem já ao mar que estas a gastar o pxigenio da humanidade.
os 3 primeiros são os maiores distribuidores de água para países em desenvolvimento sem acesso a água potável.. curiosamente também são esses países que mais poluem com plástico
Além das grandes quantidades de plástico, ainda há o problema das embalagens conterem vários tipos de plástico e da utilização de plásticos difíceis ou impossíveis de reciclar. A UE já deveria ter proibida a utilização de certos plásticos (a não ser em aplicações muito específicas). Diziam que nos restaurantes ia ser proibido servir garrafas de água de plástico, mas continuam a servir. E antigamente pedia-se um refrigerante vinha numa garrafa de vidro, agora vem uma lata.
Concordo o mais possível com o fim dos plásticos de uso único, a começar nos sacos de supermercado (embora não veja como se resolve o problema dos sacos fininhos, onde se metem as bananas.
Na água engarrafada em garrafas de plástico também não vejo como se resolve. Mas, ao menos, fiquei contente com uma coisa – na zona de controlo para embarque num avião, incluindo a bagagem de mão, já não é preciso deitar as garrafas de água fora. Percebi que têm uma máquina que “analisa” o líquido da garrafa. (Comprando bebidas alcoólicas num país, nos voos internacionais de ligação o processo é o mesmo, mas convém não tirar as garrafas dos sacos originais – e, mesmo assim, gasta-se bastante tempo com “tira a garrafa no saco original, analisa na máquina, volta a por em novo saco”).
Não vês a solução dos sacos finos? É usar sacos reutilizáveis. E para o pão, sacos de papel.
Eu ponho um saco de plástico fino dentro do saco de papel para pôr o pão, para não rasgar. E ainda trago mais alguns, que corto aos quadrados, para “moldar” hambúrgueres em casa (o “molde” é tipo um pequeno cilindro em duas partes que encaixam – uma grande invenção, põe-se um quadrado do lado de baixo e outro do lado de cima da carne picada e comprime-se). Deixem os sacos de plástico finos em paz 🙂
Trago pão em saco de papel e não se rasga. Para não colar os hamburguers besunta os moldes com azeite antes. Evita usar sacos. Os sacos finos são dos piores sacos.
” o problema dos sacos fininhos, onde se metem as bananas ” . Sabes que não é obrigatório pô-las num saco ? O Aves deve ser daqueles “meticulosos” que põem as luvinhas quando abastecem o carro.
Não me passou pela cabeça não pôr as bananas num saco, nem se na caixa aceitam que se despeje as bananas, tomates e pimentos a granel.
Mas por falar em luvas, o Pingo Doce tem luvas de plástico fininho para pegar no pão que se coloca no saco. Talvez não seja má ideia “fanar” umas quantas para usar no abastecimento do carro. De facto, o papel que habitualmente é disponibilizado para não ficar com as mãos a cheirar a combustível não é grande coisa 🙂
Nas bombas onde abasteço têm sempre luvas além de papel.
a minha fruta e frescos chega em cabazes, não precisa de sacos.
a água é fácil, é reintroduzir as garrafas de vidro com tara, provavelmente não deve ser do vosso tempo, mas antigamente as garrafas de vidro eram devolvidas para reutilização, água, cerveja, etc etc
E havia garrafões de vidro de água também.
E de binhaça também
metes as bananas nos sacos de plástico? o pessoal de Esquerda não acha piada a isso!
Deviam de começar a pagar a quem quer salvar a saude do planeta terra ou seja quem decide não ter filhos, quem não consome desenfriadamente de maneira hedonista, etc. O sistema vive ao contrário quanto mais dás cabo do planeta mais ganhas, isto de coca-cola é um bom exemplo, faz zero falta existir.
coca-cola é dos maiores exportadores de água mundiais.. deve fazer zero falta a quem não tem água potável
Cancro, diabetes, obesidade etc é o que eles exportam.
Tens de gastar, tens de consumir, tens de desperdiçar, tens de poluir, que é para manter a Economia a andar e os capitalistas a facturar.
Não deixa de ter o seu quê de hipocrisia… poupa o planeta mas exige receber dinheiro 😀
Ninguem pode estar sem receber, ou agora temos que ser martires pelo planeta, temos que dar a vida é? queres novos terroristas a por bombas em tudo o que é sitio!? ninguem quer.
Saltaste de uma demonstração meramente ilustrativa para “dar a vida”…vai com calma. Apenas demonstrei a hipocrisia de quem critica o sistema mas aponta como solução receber do mesmo.
Para além disso quem não quer ter filhos não o faz para salvar o planeta, mesmo que isso fosse uma solução.
Os teus pais deviam ter querido salvar o planeta…
Na Mercadona as sacas plásticas não são de plástico…
pois não, são feitos de fécula de batata!
Muito simples e fácil: todas as garrafas de água de menos de 1.5l deveriam de ser proibidas (são praticamente de uma única golada mas fazem lixo para 1000anos!). Ou então, a obrigação de garrafas de vidro, de resto muito mais saudável e fresco. Isto evitava que «porcos» deixassem nos trilhos da floresta, nos circuitos pedestres, que agora existem por todo o lado, nos passeios das cidades, as garrafas usadas, como se elas fossem ali da natureza! Outra era uma enorme taxa para os plásticos finos das frutas, que se levasse sacos de pano de casa (como antigamente, quando íamos ao pão), ou apenas a fruta com a etiqueta do preço colada nela, é como faço com as bananas e outras frutas maiores…é que as coisas têm de começar por nós….sermos criativos e encontrar soluções que não as que o sistema capitalista nos oferece!