Redes – Como funciona um Switch?
Para quem gosta de artigos sobre redes informáticas, hoje apresentamos mais um artigo nesta área, que dá a conhecer o funcionamento básico de um switch (também designado de comutador). De modo a entenderem melhor como tudo se processa, é importante (para quem ainda não o fez) que leiam o artigo sobre o modelo de referência OSI da ISO (ver aqui) e o artigo que mostra o funcionamento de um Hub (ver aqui).
O que é um switch?
Um switch (ou comutador) é um equipamento activo que funciona normalmente na camada 2 do modelo OSI (Data Link) e tem como principal funcionalidade a interligação de equipamentos (estações de trabalho, servidores, etc) de uma rede uma vez que possui várias portas RJ45 (ou ISO 8877) fêmea.
Numa primeira fase (antes do switch saber quem tem ligado a ele), quando um switch recebe informação numa determinada porta, transmite esse mesma informação por todas as outras portas, excepto por aquela que recebeu essa informação (flood). No entanto, ao contrário dos Hubs, os switchs registam o endereço MAC dos dispositivos que estão ligados a cada porta do equipamento. Sempre que um equipamento envia uma frame (trama), o switch analisa o endereço MAC de destino e comuta a frame para a porta onde se encontra a máquina de destino. Desta forma, numa rede Ethernet, o switch não necessita de propagar a informação por todas as portas, sendo esta directamente enviada (com base na informação da tabela MAC do switch) para a máquina de destino. O processamento das frames nos switchs é realizado com base no hardware através de chips especiais denominados de ASIC.
Exemplo do funcionamento de um Switch
Vamos então a um pequeno exemplo. Para isso montei um simples cenário com 4 PC’s e um único switch. Os pc’s têm a seguinte configuração (todos têm a mesma máscara: 255.255.255.0 e não têm configurado qualquer gateway pois estão todos na mesma rede).
- PC A – IP: 192.168.0.1
- PC B – IP: 192.168.0.2
- PC C – IP: 192.168.0.3
- PC D – IP: 192.168.0.4
Vídeo demonstrativo
Como podemos ver pela demonstração anterior, inicialmente o switch não tem qualquer informação sobre quem está ligado as suas portas. Quando o PC A envia uma informação para o PC B, o switch não sabe onde se encontra o PC B e envia essa informação por todas as portas excepto por aquela que recebem. O PC B “informa” que a informação é para si e o switch regista o endereço MAC das máquinas A e B e as respectivas portas onde se encontram ligadas. Numa próxima vez, se o PC A pretender comunicar com o PC B (ou vice-versa), o switch já sabe por que porta tem de enviar a informação.
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Este artigo tem mais de um ano
packet tracer em grande estilo.. bom artigo.. resumido mas tem o essencial..
Sim, tentei não me alongar para que quem nunca viu compreendesse melhor.
Pois…packet tracer…As vezes digo aos alunos que no meu tempo de estudante quem me dera ter tido uma ferramenta dessas para trabalhar.
Nos meus tempos de estudante quem me dera ter tido o pplware.. 🙂
Sugeria traduzir “frame” para trama em vez de quadro.
eu sugeria era não traduzir para porra alguma pela simples razão de que não se deve mudar os nomes as “coisas” já que se transpormos isto para o mundo uma “frame” na Alemanha é o mesmo que na China e toda a gente se entende e sabe do que se esta a falar..
é só a minha opinião..
Perfeito, Bruno; deixa o frame ser frame. A informática tem uma linguagem universal, em inglês. Até porque, traduzir “frame” para “trama”, é meio bizarro, pois um frame é, na verdade, um quadro.
sim sim.. o packet tracer é muito bom mesmo, aconselho a toda a gente que goste da área de Redes.
Além do Packet Tracer existe também o fantabulástico GNS3
https://pplware.sapo.pt/networking/gns3-0-7-3-monte-uma-rede-real-no-seu-pc/
já utilizei os dois 😀
já utilizei os dois 🙂
È uma boa ferramenta.
Mas quem percebeu anteriormente destes assuntos sem ferramentas como esta implicará que está mais bem preparado como o mundo real.
Quero isto dizer que hoje em dia, quase que posso dizer que “tudo” está feito (obviamente que não), como tudo traz desvantagens e vantagens 🙂
Excelente trabalho…
Parabéns!
Caro Pedro Pinto
Precisava que me arranja-se (se possível) um tutorial de como fazer um servidor de backup (Sem DHCP) com o windows server 2003 haveria pastas pessoais com diferentes acessos/ permissões.
Já tenho os users configurados e pasta também pastas criadas, falta me mesmo são como configurara as permissões da melhor maneira.
O servidor tem um disco para o sistema e outro para os backups de várias pessoas.
Desde já Obrigado pela a atenção dispensada
porque não “bolas” um script para por ftp copiar o que esta nas maquinas para o teu backup server?
cmps
E um NAS em Raid 1? Já se fazia nāo? Ao invés de usar windows server…
Interessante, esclarecedor e muito útil.
– Vou ver se aprendo algo mais sobre este assunto!
Obrigado.
Útil 🙂
Uso o Packet Tracer já desde o CCNA. Não quero outra coisa 🙂
O Packetracer é bom até determinado ponto depois tem mesmo que ser com GNS.
Estou por exemplo a falar em testar ASA/PIX ou SDM.
Depois tem outra vantagem o GNS que é deixar fazer “bind” a uma interface da máquina.
Mas isto nao invalida em nada a utilidade do Packetracer especialmente porque não é preciso andar com ios para tras e para a frente.
Abraço
Excelente! Resumido o essencial! Parabéns!
Dava jeito umas dicas de acl’s. 🙂
Estudar, estudar, estudar 😀
Artigo excelente!
Só um pequeno reparo: o termo técnico em português para “frame” é “trama”, não “quadro”.
Cumps,
Pedro
Isso é um pouco tramado. Parece meio abrasileirado.
Trama é em brasileiro e Frame é Inglês…
Boas. Sou do Brasil e não usamos o termo trama em telecom, nos anos 80 tínhamos reserva de mercado para produtos de informática e toda a literatura era “Abrasileirada” para desenvolver nossa indústria e frame sempre foi traduzido como quadro, atualmente a geração mais nova que atua na área usa o termo frame mesmo, assim como reset, printer, etc.
Trama é “abrasileirado”? Cuidado… que é um termo muito português. Além da área tecnológica, trama é um termos muito usado na indústria têxtil.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_t%C3%AAxtil
Vamos pesquisar um pouco antes de falar 😉
@Pedro Silva
E onde viste tu isso? Os dois termos são muito comuns…para mim, é sempre frame.
Pedro,
Em toda a minha formação académica, trama foi sempre o termo considerado o correcto em português… claro que frame será sempre o mais usado. Eu apenas estava a referir-me à tradução.
No entanto, não sendo a wikipédia uma citação completamente fidedigna, podes reparar que para o TCP http://pt.wikipedia.org/wiki/Transmission_Control_Protocol a página refere “trama TCP”
Se procurares no google os termos: trama telecomunicações, não vão faltar referências
Cumps,
Pedro
Pedro,
Atenção !!!! Eu não disse que a tradução está errada e passo a explicar. O que me dizes é que a tradução está mal feita.
Em Portugal podes usar quadro, trama ou frame. Se leres alguns dos (poucos) livros sobre redes em português vais reparar nesses termos.
A titulo de exemplo, no livro “Engenharia de Redes Informáticas” o PDU de layer 2 é designado da seguinte forma: quadros (tramas, frames).
Mais alguma duvida?
Excelente artigo, muito bom mesmo.
packet tracer, mas que jeito que dá…..
Muito bom o artigo. Simples com o essencial.
Quando ao Packet Tracer, na minha opinião deixa muito a desejar.
Para as experiências ditas comuns serve perfeitamente e sobra. Agora quando necessitamos de algo mais a serio (em termos de segurança por exemplo), sem dúvida teremos de recorrer ao GNS3. Mesmo muitas configurações não existem no Packet Tracer. (Já para não falar nos bug’s do programa).
Não há nada como efectuarmos configurações com a própria IOS. É claro que o consumo de memória e processador são afectamos. Mas há sempre um custo pela qualidade 😉
Pena o GNS3 não dar para colocar a imagem dos Switches 🙁
Bom texto. As imagens estão não estão de acordo com o texto uma vez que menciona o modelo OSI e estamos a falar por camadas e concretamente em de Layer2 deveria colocar nas imagens os MAC dos PCs em vez dos IPs.
Quanto ao quadro… concordo com opinião de um leitor mais acima. Frame é frame. Um quadro é para pendurar na parede.
Uma dúvida: switches só são utilizados em Redes Ethernet?
Muito bom artigo..
Uma dúvida. Digamos que todas as portas do switch estejam ocupadas e ainda há duas máquinas a serem adicionadas na rede. Daria certo um extensor como este? – https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_920467-MLB43581249401_092020-O.webp