Tesla está a trabalhar com as autoridades de Austin para implementar carros autónomos
Depois de vários anos a ouvir falar de um potencial carro autónomo e após conhecermos a visão que a Tesla tem para o seu veículo, com o Cybercab, a fabricante parece estar em conversações para colocar o projeto em andamento. A fabricante norte-americana estará em contacto com as autoridades de Austin para implementar carros autónomos.
Conforme avançado pela Bloomberg, a Tesla tem estado em contacto com as autoridades de Austin sobre os requisitos para a implementação de automóveis autónomos na cidade:
Os e-mails adquiridos pela Bloomberg através de pedidos de registos públicos mostram que um funcionário da Tesla tem estado a comunicar com a força de trabalho de veículos autónomos da cidade de Austin desde, pelo menos, maio, para estabelecer expectativas de segurança para os veículos, à medida que a empresa decide se Austin será a primeira cidade do Texas onde a Tesla implementará frotas sem condutor.
Desde que revelou o seu Cybercab e anunciou que irá entregar a condução autónoma até ao final do segundo trimestre de 2025, com o lançamento dos primeiros serviços na Califórnia e no Texas, a Tesla tem mantido discussões preliminares com algumas cidades, como Palo Alto.
Conforme o Electrek, a Califórnia é o estado com o maior número de carros autónomos e tem um processo há muito estabelecido para aprovar os serviços de partilha de boleias autónomos.
Contudo, apesar disso, exige normas de segurança e comunicação de dados por parte do California Department of Motor Vehicles.
A Tesla há muito que está envolvida em disputas com este departamento estadual, tentando evitar a comunicação de dados sobre o seu programa Full Self-Driving.
Por sua vez, o Texas regulamenta os carros autónomos enquanto veículos normais, facilitando o processo de implementação da Tesla. Ali, os carros têm de ser capazes de respeitar as leis de trânsito, ter gravação de vídeo, seguro e uma licença do Departamento de Licenciamento do Texas.
Não é necessário apresentar dados que provem que o veículo é mais seguro do que um condutor humano.
Já lá vai encontrar a Waymo a operar em regime 24/7 (24H/dia, 7 dias/semana) em 96 km^2 de Austin. (A Waymo não dá boleias, cobra pelas viagens – ainda não percebi por que é que, nos posts, as viagens de UBER e robotáxis pagos se chamam “boleias”).
Quanto a condução autónoma e segurança, sobre a Waymo, foi apresentado um estudo que demonstra que, nos 41 milhões de km de viagens dos seus robotáxis teve muito menos desastres graves e de acidentes em que lhe foi atribuída responsabilidade, do que os condutores humanos. Convém é não esquecer três coisas: os Waymo só circulam com boas condições atmosféricas, a velocidades mais baixas do que as habituais e em zonas conhecidas – por isso os dados não são comparáveis aos dos acidentes em geral, com condutores humanos, a conduzir em todas as situações.
Quanto à diferença principal com os Cybercab – os Waymo usam câmaras Lidar, mais caras e que podem “ver” melhor, enquanto a Tesla usa câmaras normais, próximas do que “vê” o olho humano; falta perceber em que é que isso se traduz em termos de segurança, mas a balança inclina-se para as câmaras da Waymo, com a Tesla a dizer que vai compensar com a utilização de IA.
https://electrek.co/2024/12/19/study-waymos-robotaxi-provides-higher-safety-performance-than-human-drivers/
Carros autónomos misturados com carros conduzidos por humanos? Vai ser bonito.
A seguir proíbem o ser humano de conduzir, para não perturbar a condução autónoma.
Quem não quer conduzir que vá de Uber ou táxi, ou autocarro.
Convém não confundir um robotáxi (totalmente autónomo) – que é perfeitamente identificável pelos condutores humanos e que tenderão a precaver-se, com um carro, descaraterizado, que ande por aí por qualquer lado e que não se sabe se estará a utilizar um modo (parcialmente) autónomo.
Os Waymo, em algumas cidades dos EUA, já fizeram viagens num total de 41 milhões de km. Comparado com uma base de dados de seguros, em relação a condutores humanos, alcançaram uma redução de 88% nas reclamações por danos materiais e uma redução de 92% nas reclamações por danos corporais. Ou seja, os seus robotáxis estiveram envolvido apenas em nove reclamações por danos materiais e duas por danos corporais. Para a mesma distância, espera-se que os motoristas humanos tenham 78 reclamações por danos materiais e 26 por danos corporais (estudo do link acima).
Os robotáxis não parecem trazer problemas de segurança, embora muitos continuem desconfiados. O problema dos robotáxis é que precisam de uma logística complexa e cara – e, principalmente por isso, outra empresa de robotáxis que operava nos EUA, a Cruise, da General Motors, fechou portas. Por isso, nos EUA e fora, a expansão dos robotáxis vai ser muito lenta.
Sim, mais vale, já que os humanos até com eles próprios se atrapalham.
Mas se o caro se atrapalha, porque não chama o Uber?
É o que muitos fazem.
Musk corrupto!
Este carro é a cara da aberração do Musk.