Portugal: Matriculados 359 carros a gás natural em 2019
A era é dos elétricos, mas há outros segmentos a crescerem dentro do setor automóvel. De acordo com a Gasnam - Associação Ibérica do Gás Natural e Renovável para a Mobilidade, o número de carros a gás natural cresceu 91% no ano passado.
A Associação acredita que o número vai crescer ainda mais em 2020.
O parque automóvel a gás natural em Portugal aumentou 91% em 2019, para 752 veículos, sendo a maioria autocarros e camiões, de acordo com a Gasnam. Num comunicado emitido, a Gasnam revelou que 72% do total destes carros são autocarros e camiões, destacando “o forte aumento dos autocarros (136%)”, com 232 matrículas novas em 2019.
Nos carros ligeiros de passageiros, a subida foi de 63% e nos comerciais de 59%, revelou a Associação.
Uso do gás “contribui para a redução das emissões de gases com efeito estufa"
Segundo Victor Cardial, delegado da Gasnam em Portugal...
Foram matriculados em Portugal um total de 359 veículos a gás natural em 2019. Este aumento indica uma penetração cada vez maior desta solução de mobilidade junto dos profissionais e dos particulares que reconhecem, assim, as vantagens ambientais e económicas da sua utilização.
De acordo com o mesmo comunicado, “os autocarros representam mais de metade da frota de veículos movidos a gás natural em Portugal, tendo este segmento observado, no ano passado, a maior subida em termos de matrículas registadas”.
A associação defende que o uso de veículos a gás natural “contribui para a redução das emissões de gases com efeito estufa”, além de ter vantagens do ponto de vista económico, visto que gera poupanças, “em alguns casos, na ordem de 50%, face aos combustíveis tradicionais”.
A Associação acredita que a tendência irá acelerar este ano e que “as novas matrículas deverão exceder as 500 unidades”. A Gasnam atribui o crescimento não só às preocupações ambientais, mas também aos “novos investimentos que têm vindo a ser feitos na expansão da rede de postos de abastecimento de gás natural nos principais centros urbanos e eixos rodoviários”.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Lusa
da-lhe gás
Alterei o meu Golf V a quase dois anos e não me arrependo. Gasto quase metade do que gastava com um investimento de 1000€.
Transformado, mas para GPL.
Tenho um Clio IV bi-fuel de “origem”, isto é, transformado sob a batuta da RENAULT, pois o modelo e nomeadamente a electrónica não é compatível com o GPL, contráriamente aos OPEL (estes sim, de origem bi-fuel). Aparte a electrónica, que me impede, por exemplo, saber os consumos (média e instantâneo, quer a GPL quer a gasolina), estou satisfeito. Custo de utilização baixo, estou a fazer 1 depósito a gasolina e 4 a gás.
Esse consumo é estranho. O meu faz 12.000 km com um deposito de gasolina. E faz 400km por cada deposito cheio de GPL. (Volvo S40 1.6)
Recomendação do meu mecanico. (Dacia Bi-fuel). Não encher o deposito de gasolina se estamos a dar prioridade ao GPL. Contou de situações onde “apudreceu” a gasolina.
Os carros bi-fuel consomem sempre gasolina, quanto mais não seja no arranque. Por essa razão, e para lubrificar as válvulas, estou a fazer um depósito de gasolina e 4 de gás. O GPL, com um depósito de 33,5L, faz cerca de 435km +ou-. Os 4+1 faz cerca de 2300km.
eu gasto os 12.000 km e meio ano, não dá tempo de apOdrecer
Alterou para GNC ou GPL?
Gostava que colocassem os depositos do gás, fora do habitaculo. Só isso. Porque raio os carros novos têm de o trazer dentro da mala? Srs da Opel – o ideal era haver um destes feito pela Toyota, espero que leiam isto: coloquem o deposito do lado de fora do carro e confirmem que este vem com os “pistons”, bielas, whatever, reforçados, por causa da falta de lubrificacao do combustivel. Gracias.
wtf??
PW, pode elaborar? p.s. – Este blog costumava ter um controlo de comentarios mais refinado…
Está a falar de GPL ou GNC? GPL há quem coloque no sitio da roda suplente ou substitua o depósito original por um bi partido, o reforço que fala, depende dos motores e do fabricante. Toyota não é o melhor exemplo: usam válvulas macias que carecem de lubrificação extra.
Falava do GPL. Gostava que invertessem o sitio da roda suplente, para o deposito ficar do lado de fora, tal e qual como o da gasolina. Não concordo que fique por dentro.
E qual é problema de vir dentro da mala? Só vem dentro da mala porque por cá continua a ser “obrigatório” o bifuel, ou seja, na parte de fora está montado o normal depósito de gasolina e na mala o depósito de gás. Mas não se “assuste”… os carros a gás não explodem, explodem é os a gasolina e, neste contexto, os bifuel que são os actuais carros a gasolina e a gás, em que a explosão é sempre pelo depósito de gasolina. Quanto à “lubrificação” a que se refere, aconselho-o a pesquisar pelo sistema de lubrificação das válvula, quer electrónico quer por vácuo, em que é usado o FlashLube ou outro.
Pelo que sei, a utilização de gás natural implica perda de potência assinalável, enquanto que o GPL não.
Será que a tecnologia mudou?
E há postos suficientes para abastecimento de gás natural?
Estou a cerca de 4Km de um, mas não conheço mais nenhum pelo país.
Quando morava no Brasil, tive 3 carros com gás natural, tem perda de potência significativa em torno de 15% a economia é boa comparada a gasolina mais causa uma série de factores com o motor, trabalha mais quente causando ressecamento das válvulas da colaça por não lubrificar “trabalha seco” sem gasolina, e perde bastante espaço no porta malas além do peso extra das botijas, no Brasil trocamos as molas traseira para compensar o peso, espero ter ajudado.
Realmente o meu motor anda mais quente e a ventilação sempre a disparar. Alguém sabe o que se pode fazer? Já troquei o sensor de temperatura e mesmo assim está a voltar ao mesmo problema.
Este artigo falha pela falta de informação. Os veículos são as gás natural (em estado gasoso) ou gás natural liquefeito (conhecido como GNV)? As tecnologias são muito diferentes.
GNV significa Gas Natural Veicular, é o gás comprimido. O gás natural liquefeito é designado como GNL.
O gás natural não se liquefaz na temperatura ambiente, é necessário refrigeração a temperaturas muito baixas (no caso do GNL são 163 graus Celsius negativos), o que o torna inviável para utilização como combustível veícular. Existem carretas de transporte desse gás mas elas tem o mesmo equipamento criogênico utilizado para transporte de oxigênio ou nitrogênio líquidos.
Já o GPL (ou Gás de Petróleo Liquefeito) pode passar para o estado líquido por compressão a temperatura ambiente e por isso ocupa menos espaço que o GNV, porém tenho relatos que o GPL é mais danoso ao motor que o GNV.
Aliás, o GNV não é necessariamente danoso ao motor, se instalado corretamente e com a manutenção adequada é sim uma excelente alternativa mas que tem o seus percalços, pois ocorre sim uma certa perda de potência e de autonomia, além dos tanques ocuparem bastante espaço. A questão da lubrificação pode ser compensada com o uso de óleos desenvolvidos especificamente para motores com este combustível.
Com certeza é GNV João.
Quando quis comprar um Dacia a GPL em 2015 tive de esperar uns 5 meses pelo carro, era uma boa opção, como não o comprei, mais tarde comprei um EV (2ª mão) como 2º carro o que é a melhor opção. Não sei se ainda se comprarei um GPL para substituir o velhinho fumarento 1º carro…
E hoje em dia o depósito gpl fica no lugar do pneu suplente, não na mala. vendo aquela imagem até assusta… Os carros novos normalmente já não trazem o pneu suplente. Não sei se tive sorte ou não mas devo ter feito mais de 300 000km e ainda não pneus suplentes nos carros que o tinham…
No lugar do pneu suplente deve ficar com uma autonomia muito pequena comparando com as botijas na mala.
400 a 500 kms de autonomia, consoante o carro.
Nada mau.
Eu faço 600kmm com 28€. Tenho 61 litros, meto à volta dos 50l. Depende do espaço do carro.
Há aqui uma grande confusão por desconhecimento das pessoas.
Uma coisa é gás natural e que é usado maioritariamente por empresas e outro é GPL e este é usado maioritariamente por particular.
GPL existe numa grande parte dos postos de abastecimento.
Uso há 10 anos e nunca tive problemas de abastecimento, inclusivé quando houve a greve, consegui abastecer quando a gasolina secou em todo o lado.
Há 10 anos apareceu o primeiro carro designado por bi-fuel com GPL de origem (transformado pela marca ou não) com a garantia da marca.
Hoje em dia já existem diversas opções, sendo que a Dacia (passo a publicidade), tem GPL em praticamente toda a sua frota, inclusivé de há uns meses para cá no seu SUV.
Tipicamente (pelo menos nas opções de origem), o depósito vem no lugar do pneu suplemente, condicionando a quantidade de GPL suportado (34 L) mas que possibilita ter a mala 100% disponível e não ter a imagem assutadora que vemos neste artigo.
O GPL gasta um pouco mais do que a gasolina mas custa menos de metade do preço desta (uma grande parte das vezes, por vezes chega a atingir exatamente metade do valor e depende também do posto de abastecimento).
Porque o preço é menos de metade, mesmo consumindo mais, na prática o custo total ao final do ano é equivalente (ou próximo dia) ao custo que seria 100% a gasolina / 2, ou seja, poupa-se metade.
Os carros a GPL (sendo bi-fuel), têm a opção de trabalhar a gasolina (caso não se consiga abastecer) e no arranque usa gasolina.
Posso dizer que o meu primeiro carro a GPL consumia +- 1 depósito de gasolina por trimestre e o mais recente consome meio depósito de gasolina por semestre, ou seja, está de tal forma otimizado que a gasolina é mesmo um cheirinho para o arranque.
Ambas as situações de carros de origem.
Obrigado pelo esclarecimento.
Convém estas associações e empresas explicarem de uma vez por todas a todos os utilizadores que Gás Natural (CNG) é diferente de GPL!!!
Olá meus amigos portugueses, estou escrevendo do Brasil e acho que vale algumas palavras sobre como funciona a operação do GNV por aqui:
Aqui utilizamos o GNV há muito tempo, eu mesmo dirijo carros a GNV há mais de 18 anos e já estou no meu quarto carro a gás .
Por aqui os carros a GNV se tornaram populares devido a incentivos fiscais em alguns estados (por exemplo eu moro no estado do Rio de Janeiro e aqui tenho desconto de 75% dos impostos sobre o meu automóvel) e, devido a ser uma alternativa mais barata a gasolina que por aqui é muito cara (o governo cobra em impostos em média 50% do custo dos combustíveis). Por isso o temos tantos automóveis adaptados por aqui. Só a minha rua tem mais carros a GNV do que toda Portugal, por exemplo.
Quanto a manutenção de início realmente os “kits de primeira geração”, como chamamos aqui, realmente retiravam de 10 a 15% da potência do motor, exigiam adaptações na suspensão devido ao peso dos cilindros e podiam causar alguns problemas no motor.
Mas a tecnologia evoluiu e com ela vieram cilindros mais leves, que não exigem adaptação na suspensão, além do que a exigência de cuidados extras praticamente se resumem a troca de velas e cabos de velas com mais frequência. Atualmente temos os chamados “kits injetáveis” que resolveram os problemas de perda de potência, ou seja, se tem a mesma força do motor que se tem na gasolina usando o GNV.
E ainda tem a perda do porta malas, onde se colocam os cilindros.
Pra mim o que compensa mesmo é que o GNV rende mais do que a gasolina. Com dois cilindros iguais a estes da foto da reportagem eu ando o mesmo que meio tanque de gasolina pagando bem menos.
A economia em combustível acaba pagando a conversão.
Mais uma coisa: por aqui temos que fazer inspeções anuais em estabelecimentos credenciados pelo governo para assegurar a segurança da instalação e evitar algum acidente mais grave por instalação mal feita.
Espero ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas mesmo usando meu português brasileiro.
Um abraço do Rio pra Portugal.
Sobre o GNL existe um estudo, fruto de um pedido do governo Holândes, que indica que este combustível produz mais NOx (óxidos de nitrogénio) do que os motores a diesel com data de fabrico de 2013 (Euro V). Acho que nunca vingará a proliferação destes tipo de viaturas por cá, porque não existe uma rede de abastecimento pelo país, e não estou a ver esta a crescer agora que estamos no limiar do eléctrico. Existem frotas deste tipo de veículos, exmplos a Carris, a CM-Lisboa, que entretanto acaba de renovar a sua frota deixando de lado este tipo de veículos, algumas entidades como os Simar…. existirão outras.
Sobre o estudo:
https://www.transportenvironment.org/press/road-tests-show-gas-trucks-5-times-worse-air-pollution
Boa noite, tenho um carro a GNC há dois anos, estou muito satisfeito!
Principal vantagem: Consumos fantásticos, 15€ / 350km
Principal desvantagem: Postos de Abastecimento, pelo que tenho visto e ouvido, infelizmente, é um investimento muito caro (estão a prever abrir mais).