A União Europeia (UE) avisou e os preparativos começaram. A par deles, surgiram o descontentamento e a insatisfação. Agora, sabe-se que há oito países europeus formalmente contra a norma Euro 7, que prevê novos limites de emissões para 2035.
As achas já estão a ser deitadas na fogueira, há algum tempo, pela UE. Em prol dos elétricos e de outras soluções, à partida, menos poluentes, o bloco tem avisado que, a partir de 2035, os limites de emissões serão mais apertados.
Esta significativa alteração já deu muito pano para mangas e, depois de irem partilhando o seu descontentamento, oito países europeus juntaram-se e estão, formalmente, a exigir a abolição total da norma Euro 7.
O documento foi assinado pela França, Itália, República Checa, Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia.
Opomo-nos a qualquer nova norma de emissões (incluindo novos requisitos ou novos limites) para automóveis e veículos comerciais.
Os oito países consideram a norma Euro 7 irrealista e potencialmente prejudicial para a indústria europeia, uma vez que obrigará as fabricantes a desviar uma parte dos seus investimentos para a modernização dos seus motores de combustão interna. Isto, porque, considerando que a venda de novos carros será proibida, em 2035, as empresas procurarão alargar a vida útil desses modelos.
De facto, no final do mês de março, a Škoda, fabricante da República Checa, avisou que a aprovação da norma Euro 7 poderia resultar no encerramento de uma das suas fábricas europeias, pois impediria a continuidade dos três modelos baseados na plataforma MQB A0 (o Fabia, Kamiq e Scala). Na altura, o chefe de vendas da fabricante, Martin Jahn, referiu que seriam afetados, pelo menos, 3.000 postos de trabalho.
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