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Impostos sobre os elétricos chineses na UE vão corresponder aos prejuízos, disse Von der Leyen

A China tem sido um tanto pressionada pelo ocidente, pelo sucesso que tem conseguido reunir em matéria, nomeadamente, de carros elétricos. Depois da taxa imposta pelos Estados Unidos da América (EUA), Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, assegurou “que o nível dos impostos [vai corresponder] ao nível dos danos causados”. O objetivo é uma concorrência justa e regrada.


A ofensiva chinesa despertou a atenção dos governos e o sucesso que os seus veículos elétricos têm reunido, especialmente pelos preços atrativos, tem motivado desconfianças, bem como medidas rigorosas.

Conforme vimos recentemente, em resposta aos preços altamente atrativos praticados pelas empresas da China, os EUA decidiram quadruplicar as taxas aplicadas, passando-as de 25% para 100%.

 

UE não parece querer ser tão radical quanto EUA

Recentemente, enquanto Presidente da Comissão Europeia e candidata para um eventual segundo mandato, Ursula von der Leyen falou sobre como a União Europeia (UE) deve lidar com a China e como deve abordar esta suposta guerra comercial.

Contrariamente ao passo dado pelos EUA, que “acabaram de aplicar taxas generalizadas”, von der Leyen rejeitou a ideia de que o ocidente já está numa guerra comercial com a China e rejeitou a ideia de uma união entre os EUA e a UE, neste sentido.

Segundo o Financial Times, a Presidente considera que a abordagem europeia deve ser “diferente” da adotada pelos americanos:

Digamos que partilhamos algumas das preocupações dos nossos homólogos americanos. Mas a nossa abordagem é diferente. Os americanos acabaram de aplicar tarifas generalizadas. Queremos concorrência, queremos fazer comércio em conjunto, mas queremos que seja justo e de acordo com as regras.

Conforme disse ao Financial Times, a UE vê a China, “por exemplo, a produzir em excesso produtos artificialmente baratos e a inundar o nosso mercado, e as nossas empresas a terem problemas em aceder ao mercado chinês em condições justas”.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Von der Leyen disse esperar que a investigação da UE, anunciada em setembro passado, conclua que os veículos elétricos chineses beneficiaram de “subsídios excessivos à produção” e referiu esperar “que o nível dos impostos corresponda ao nível dos danos causados”, em resposta.

Na sua perspetiva, tratar-se-á de “uma abordagem mais diferenciada e direcionada [do que a dos EUA]”.

Queremos dar um sinal de que não se trata de fechar o mercado ou de protecionismo. Queremos reduzir o risco, não dissociá-lo [da China]. E agora estamos a desenvolver a caixa de ferramentas.

A entrevista completa à Presidente da Comissão Europeia está disponível aqui.

 

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