EUA preparam a maior central nuclear flutuante do mundo, com reatores de sal fundido
A Core Power, uma das principais empresas especializadas em tecnologias nucleares marítimas, anunciou um ambicioso projeto para lançar uma central nuclear flutuante nos EUA até meados da década de 2030. Denominado programa Liberty, este projeto consiste na criação de uma estrutura que permitirá utilizar energia nuclear concebida para aplicações marítimas.
Central nuclear flutuante
Durante a sua intervenção na cimeira da Core Power em Houston, no Texas, o CEO Mikal Bøe detalhou as ideias da empresa para este programa.
Bøe salientou que o programa Liberty tem potencial para abrir um mercado avaliado em 2,6 biliões de dólares, focado em soluções energéticas flutuantes. Segundo ele, recorrer aos estaleiros navais para a construção destas centrais nucleares poderia reduzir significativamente os prazos e os custos de produção.
Prevê-se que estas Centrais Nucleares Flutuantes (CNF) forneçam cerca de 175 GWh de eletricidade limpa por ano.
A primeira fase do programa Liberty estará centrada na produção em massa de CNFs. Estas centrais serão concebidas para operar como barcaças energéticas, e poderão ser ancoradas em portos e zonas costeiras.
O conceito permitirá que uma frota de CNFs seja rebocada para diferentes localizações sem a necessidade de preparações complexas em cada destino.
Utilização de reatores de sal fundido traz imensas vantagens
Um dos principais pilares do programa Liberty é a aposta em tecnologia nuclear avançada, nomeadamente reatores de sal fundido. Ao contrário dos reatores nucleares tradicionais, estes sistemas de nova geração são projetados para operar de forma segura e eficiente a pressões próximas da atmosférica.
Esta inovação reduz significativamente a necessidade de zonas de exclusão de emergência, o que torna as CNFs mais seguras e viáveis do ponto de vista operacional.
Colaboradores do Liberty da Core Power
A Core Power está a colaborar com diversos desenvolvedores para otimizar os reatores destinados a aplicações marítimas. A empresa pretende começar a aceitar encomendas para as CNFs em 2028, com vista à plena comercialização na década seguinte.
Bøe delineou uma abordagem faseada até 2030, que incluirá o design dos reatores, bem como o estabelecimento dos quadros regulatórios e de licenciamento necessários. A segunda fase do plano dará ênfase à criação de uma cadeia de abastecimento robusta e à formação de uma força de trabalho qualificada.
Para além dos objetivos técnicos e operacionais, a Core Power planeia trabalhar em conjunto com a Organização Marítima Internacional e a Agência Internacional de Energia Atómica para estabelecer padrões globais de segurança para embarcações movidas a energia nuclear.
Esta colaboração incluirá a criação de um regime de responsabilidade para essas embarcações quando entrarem em operação.
Porquê o nome Liberty?
O nome do programa Liberty faz referência aos navios Liberty, que foram produzidos em grande escala durante a Segunda Guerra Mundial para apoiar o esforço dos Aliados na Batalha do Atlântico.
Esta alusão histórica sublinha as raízes norte-americanas do programa e a dependência do reconhecido quadro regulatório nuclear dos EUA para a implementação global das CNFs e das embarcações movidas a energia nuclear.
O programa Liberty da Core Power tem o potencial de reforçar a segurança energética para indústrias que dependem de transportes pesados, ao mesmo tempo que impulsiona uma revolução no setor marítimo.
Concluiu Bøe.
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Imagem: Central Nuclear Flutuante - Rússia
Neste artigo: Central Nuclear, Core Power, EUA, Liberty
Mas também e ilegal montarem os radares sem o aviso..
Zona controlada por radar
Se meterem lá um reator destes deixa de ser ilegal.
Grande coisa, nós por cá já é tudo verde e temos as tampas agarradas ás garrafas.
Enquanto isto, a Europa anda a cortar árvores, a destruir florestas ou áreas verdes para colocar painéis solares, ou a tentar cobrar IMI aos condomínios que queiram colocar painéis solares.
Toma toma toma EUA nós somos melhores. Ah e eles tem tampinhas agarradas?
Bem me pareceu
Florestas ? Ou culturas intensivas ?
Florestas e não só solares.
“Nearly nine million tons of pellets per year are burned by the Drax power plant. That’s three times Germany’s pellet production and one and a half times the UK’s wood production. With this huge amount of wood, the power plant generates seven percent of the UK’s electricity needs and gets plenty of subsidies for it: 3.5 million euros per day. Like the British, the EU is also promoting the conversion of coal-fired power plants to wood – with its Renewable Energies Directive adopted in 2009. Taxes on CO2 emissions from fossil energy are rising, but wood-burning is exempt.”
Pois, é diferente de cortar floresta para plantar painéis