CATL lança nova marca de baterias de iões de sódio. Ficarão os carros elétricos mais baratos?
A CATL lançou, esta segunda-feira, uma nova marca para as suas baterias de iões de sódio, a Naxtra. Segundo a empresa chinesa, a produção em massa começará ainda este ano, em dezembro.
Em 2021, a CATL tornou-se a primeira grande fabricante de baterias para automóveis a lançar uma bateria de iões de sódio. Este material representava, na altura e ainda hoje, uma oportunidade para a indústria, por ser barato e abundante.
Além disso, segundo especialistas citados pela Reuters, a química do sódio tem o potencial de reduzir os riscos de incêndio em carros elétricos.
Naxtra estreia-se com uma bateria de 175 watts-hora por quilograma
Conforme avançado, a primeira produção sob a marca Naxtra da CATL será de uma nova bateria de iões de sódio com uma densidade de energia de 175 watts-hora por quilograma, quase equivalente às baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP), comummente utilizadas, hoje em dia, em veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia na rede.
As baterias de iões de sódio podem ter uma vantagem de custo, comparativamente às mais populares de hoje em dia, à medida que a tecnologia e a cadeia de fornecimento forem evoluindo, de acordo com Ouyang Chuying, copresidente de Investigação & Desenvolvimento da CATL.
Aliás, o fundador da empresa chinesa, Robin Zeng, acredita que as baterias de iões de sódio podem substituir até metade do mercado de baterias LFP - que a CATL domina, atualmente.
CATL tem outras cartas na manga!
Além da Naxtra, a CATL lançou ainda a segunda geração da sua bateria de carregamento rápido Shenxing. Segundo a empresa, esta pode oferecer uma autonomia de 520 km com um carregamento de cinco minutos e atingir 80% de carga a partir de 0% em 15 minutos (em tempo frio).
Segundo o diretor de Tecnologia da CATL, Gao Huan, mais de 67 novos modelos de veículos elétricos serão equipados com a bateria Shenxing já este ano, sem especificar, contudo, quantos serão equipados com a versão de primeira ou segunda geração.
O diretor de Tecnologia revelou ainda que, atualmente, circulam nas estradas mais de 18,32 milhões de automóveis equipados com baterias assinadas pela CATL.
Em termos financeiros, no mês passado, a CATL relatou um crescimento de 15% no lucro líquido de 2024, o ritmo mais lento em seis anos. Isto, devido à guerra de preços prolongada no mercado de veículos elétricos da China, que terá pressionado a empresa, segundo a agência de notícias.
Recorde:
Se o sódio é inesgotável e está diluído na água do mar, é evidente que vai ficar mais barato. Menos de um 1/3 do custo de uma bateria de lítio equivalente. Agora, é bastante menos denso em energia e não corresponde tão bem às expectativas dos compradores de EVs. Mas para motos e biclas eléctricas deve estar na perfeição logo à partida, digo eu.
apenas uma pequena percentagem das baterias de lítio é realmente lítio. isto não vai tornar as baterias mais baratas. até porque a densidade energética vai ser substancialmente mais baixa porque o sódio tem mais massa, tem menos potencial elétrico logo ficarão mais pesadas e mais volumosas.
Mas esse lítio que lá está já é suficientemente caro para pesar no custo final.
Estás baterias serão em media mais baratas 10-20% que as LFP e se forem massificadas podem ser ainda mais baratas.
Mas terão menos kWh. Logo o preço por kWh será até superior porque tem menos densidade gravimétrica e volumétrica…
Musk: “Lítio em forma de sal está praticamente em toda parte… não há problemas de fornecimento de lítio.”
“em forma de sal”…
Todos os metais alcalinos estão em forma de sal ou hidróxidos. o processo de extração de lítio é idêntico ao do sódio. são salinas e o processo industrial é idêntico também.
o musk não percebe patavina e acho que ele pensa que “sais” é igual ao “sal” de cozinha. facepalm.
o sal de cozinha é… cloreto de sódio.
é por isso que o elão diz, e bem, que o sódio existe no sal.
também existe cloreto de lítio na água do mal? sim, mas em muitíssimo menos quantidade. tão menos que é mais fácil esburacar a terra à procura do lítio do que na água do mar.
Se fosse tão simples como diz esse mânfio não iam pra Montalegre infernizar a vida de quem lá está para sacar o lítio.
A densidade disto não é pior que as baterias de LFP usados a poucos anos, e muito melhor que carros como o Leaf original que não chegava aos 160wh/kilo… Consigo imaginar isto facilmente em uso em viaturas mais baratas tipo Dacia Spring…
A major parte do lítio também se encontra na água do mar.
Na verdade, apenas 2% da bateria é composta por lítio. O Musk afirmou:
“As baterias de lítio deveriam ser chamadas de Níquel-Grafite, porque, na verdade, o cátodo é feito principalmente de níquel e o ânodo é de grafite com óxido de silício. Há uma pequena quantidade de lítio, mas é como o sal numa salada.”
O que me chamou atenção não foi a bateria de sódio, mas a outra que fazem referência no artigo, “uma autonomia de 520 km com um carregamento de cinco minutos “, isso faz com que pense seriamente em ter um carro elétrico, ponham isso cá fora e se for assim como dizem aí já mudou de ideias em relação aos carros elétricos.
Mas essas não são as de sódio, são as de estado sólido. E calcula-se que as primeiras custem bem mais que um carro quando forem vendidas!
Acho que tu e todos mudavam na hora…
Podem dar as voltas que derem, mas qualquer que sejam as baterias, com mais ou menos autonomia com mais ou menos tempo de carregamento continuam a precisar de eletricidade! Eletricidade! Eletricidade que nao existe em quantidade suficiente!
Já comentei várias vezes isto. O nosso problema específico não é a autonomia/densidade energética. O nosso país não é assim tão grande. O nosso maior problema são as infraestruturas de carregamento ou neste caso a falta delas. O carro pode ter autonomia de 1000Km, se não tenho onde o carregar perto de casa ou onde o carregar perto do local de trabalho mais vale andar de autocarro.
Ou de bicicleta eléctrica, que é bastante mais rápida no trânsito de Lisboa e Porto que o autocarro e mais barata. Menos nos dias de chuva, não por causa da roupa, que se pode usar impermeável a cobrir todo o corpo, mas porque aumentam exponencialmente as hipóteses de ir ao chão.
Não é problema, o consumo de eletricidade já duplicou no passado e nada aconteceu:
1950 → 1960: Duplicou em 10 anos
1960 → 1970: Duplicou em 10 anos
1970 → 1980: Duplicou em 10 anos
1980 → 2000: Duplicou em 20 anos
2000 → 2025: Aumentou só 20% em 25 anos
2025 → 2030 Duplicará de 50 TWh para 95 TWh
Nada pode duplicar para sempre, existe um limite a partir do qual já não existe forma de o fazer.
Sim electricidade, aquela forma de energia que mais fácil se consegue produzir, imagine que muitos até querem produzir combustíveis com ela.
Onde dizem que não há em quantidade suficiente ?
Se não há porque querem produzir combustíveis com ela para se usar em motores que aproveitam apenas 30 a 40% do que consomem ?
Por muito que baixem as baterias os carros vão continuar caros. O que acontece é os construtores e os concessionários aumentarem as suas margens de lucro.
É aí que pode entrar a China, com centenas ou milhares de marcas, em vez da meia dúzia de marcas europeias, qual delas o pior filme de terror.
com todo esse sal finalmente vão conseguir atingir a hipertensão no carregamento