Proponha uma correção, faça uma sugestão
E se circulássemos em autoestradas cobertas por “telhados solares”?
O tanto de estradas que temos pode ser aproveitado para outros fins, indo além da circulação de pessoas. Tendo em conta o descampado que cerca a maioria das autoestradas, porque não cobri-las com painéis solares?
Não é a primeira vez que se pensa em algo assim, mas, agora, o projeto saiu do papel. O "primeiro teto solar numa autoestrada alemã" foi visitado, há uns dias, pelo ministro dos transportes da Alemanha, Volker Wissing.
A área de serviço de Hegau-Ost, na A81, confirma os planos do governo federal alemão: usar a vasta rede de estradas do país para gerar "energia verde".
Um telhado solar a cobrir autoestradas...
O "primeiro teto solar" numa autoestrada é nada mais nada menos do que um telhado de 12 por 14 metros, composto por módulos fotovoltaicos, instalados 5,5 metros acima do asfalto. Os painéis assentam numa estrutura de aço fixada na faixa de rodagem da área de serviço.
Para já, trata-se de um projeto-piloto, cujo ponto de partida será colocar a cobertura em funcionamento. Depois, os técnicos vão recolher dados para saber como funciona uma instalação fotovoltaica, sob a qual circulam frequentemente veículos.
"Solaranlagen an Bundesstraßen ist ein wichtiger Schritt zur #Klimaneutralität. Wir beschleunigen den Ausbau von Autobahn-Solaranlagen und unterstützen Kommunen, Anlieger und Investoren beim Photovoltaik-Bau. Es gibt enormes Potenzial, das wir konsequent nutzen wollen", @wissing. pic.twitter.com/57QgRhhNUb
— BMDV (@bmdv) June 27, 2023
Tratando-se de um projeto-piloto, fruto de uma ideia inovadora, teremos de esperar para ver os resultados. Contudo, os responsáveis estimam que produzirá até 40.000 kWh por ano - o suficiente para cobrir as necessidades de dez agregados familiares de quatro pessoas.
Vamos monitorizar cientificamente o funcionamento do projeto-piloto durante um ano. Desta forma, queremos ter a certeza de que os objetivos básicos são apoiados pelas melhores soluções técnicas possíveis.
Explicou Markus Oeser, diretor do Instituto Federal de Investigação Rodoviária (BASt), em junho.
O mesmo instituto referiu também que um dos objetivos deste teto solar passa por provar que uma estrutura de painéis é "rentável e construível em condições reais de tráfego". Por isso é que, para já, o foco não está em atingir uma grande potência, mas antes comprovar que esta abordagem é possível.
O projeto está a ser executado na Alemanha, mas esta não é a única interessada e a única ativamente envolvida. Afinal, o teto solar para as estradas integra um estudo financiado também pela Áustria e pela Suíça: foi concebido pela Fraunhofer ISE, uma organização sediada em Friburgo, na Alemanha, e pela Forster FF e pelo Instituto Austríaco de Tecnologia, ambos sediados na Áustria.
Segundo o governo alemão, o consórcio foi encomendado pelos ministérios dos transportes dos três países - Alemanha, Áustria e Suíça -, no âmbito de um estudo conjunto sobre as infraestruturas.
Este artigo tem mais de um ano
Loading ...
Portanto em vez de o fazerem ao lado, fazem por cima, aumentando o custo, dificultando a manutenção, aumentando o perigo para os condutores, reduzindo a visibilidade, aumentando os reflexos dos farois…
Como raio é que estas ideias saem do guardanapo onde foram rabiscadas?
Até pode ser uma excelente ideia, porque ocupar mais terreno e fazer desmatamento se existe espaço por cima das estradas? O custo de instalação pode ser maior, não sei se muito maior, mas se existem muitos km de autoestradas, é aproveitar esses terrenos! E quanto à parte tecnica, penso que a Fraunhofer deve ter analisado todas essas questões. Em termos ambientais, os carros andam à sobra, menos AC ligado. E com a melhor circulação de ar por debaixo dos PVs, o rendimento destes até melhora!
O aumento do custo da instalação é compensado pelo facto que não tem que pagar o terreno novamente, porque ele já foi expropriado. As novas instalações fotovoltaicas que estão a aparecer por aí tem o custo do terreno associado. Coisa que aqui não acontece. Chama-se projecto piloto por alguma razão
A montagem é manutenção a não ser que se corte vias, vai requerer espaço extra espaço que ou será as permas, onde se perde área, ou a volta, onde ficava bem era os próprios painéis…
Não se podia colocar nos railes de proteção?
Eu já gosto pouco de andar AE, muitas delas não se vê nada de jeito e se ainda vão cobrir, nós aqui ainda temos sol que se farta, mas lá para aqueles lados não é assim tanto, lá vai o pessoal ter de tomar suplementos de vitamina D
Pelo contrário, se nesses pontos da AE onde forem montados painéis se aproveitar para travessia de peões e de ciclistas, o custo de cada utilidade até diminui.
A ideia é boa, o custo das portagens das ditas autoestradas é que deve ser péssimo… Se por auto estradas sem iluminação, com piso irregular algumas delas pagamos o que pagamos imagino com painéis solares…
E com ajudas do fundo europeu.
Não me parece que estejam a planear cobrir toda a extensão da AE mas sim apenas alguns segmentos, como por exemplo acontece quando passamos por baixo de uma ponte de x em x km…
Independentemente da extensão vai ter custos de manutenção e será alguém a pagar… Os do costume 😀
E aonde vão arranjar matéria prima para o fabrico de tantos painéis celulares?
não vão, por isso nunca vai sair do papel, além da pegada ecologica que iria causar
Seria um desastre ambiental! Iriam interferir ainda mais com os ecosistemas.
Além de ser bonito ver o que aconteceria em caso de incêndio de um veículo.
E vê-los voar no inverno… 🙂
Porquê?
Era fixe! Mas fixe, fixe, era: e se circulássemos em autoestradas sem pagar? Isso então…
Péssima ideia. Os inimigos da energia solar adoram vociferar sobre as tais “áreas verdes e de natureza arrasadas para colocar os painéis”. Se fizerem isso, perdem esse pretexto para lutar contra a energia solar. Coitadinhos, não se faz.
Parece-me uma excelente ideia!
Até lá ainda há muito onde implantar isso. Penso que a solução será antes a micro ou pequena produção. Telhados de apartamentos, hotéis, hospitais, pavilhões desportivos, quartéis, escolas, fábricas, etc, etc. Claro que não interessa aos grandes investidores que preferem derrubar árvores, mesmo protegidas para terem centrais de grandes potências. Outros locais que estão a surgir, parques de estacionamento de grandes superfícies, podem e devem em vez de toldos, sombreamento com paneis solares. Mas acho que se deve apostar mais nas éolicas offshore, onde há “vento” quase 24h/365