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Os purificadores de ar funcionam mesmo?
Na altura das poeiras e das consequentes alergias, há quem não descarte a tecnologia para limpar as impurezas do ar, nomeadamente, os famosos purificadores. Mas será que funcionam mesmo?
Embora possam filtrar as impurezas do ar, os sistemas de ar condicionado tradicionais são limitados e nem sempre eliminam o pó, o pólen e outras partículas da forma que gostaríamos. Por isso, para os mais exigentes, existem os purificadores de ar que servem - passando a redundância - para purificar o ar.
Considerando que os purificadores de ar podem implicar um gasto significativo de dinheiro, a questão que se levanta é só uma: valerá mesmo a pena comprar um?
Primeiro, convém perceber como funcionam esses aparelhos. Do vasto catálogo de opções, das mais variadas marcas e origens, quase todos seguem o mesmo princípio básico: são concebidos para puxar o ar, apanhar quaisquer partículas que ele transporte e, depois, bombear o ar limpo de volta aos espaços.
Conforme recordado pelo Digital Trends, grande parte dos aparelhos combina pré-filtros e filtros HEPA para purificar o ar:
- Os pré-filtros são, normalmente, um acessório permanente do purificador de ar. Concebidos para apanhar objetos grandes transportados pelo ar, como pelo de animais de estimação, por exemplo, podem ser lavados quando estão sujos;
- Os filtros HEPA são concebidos para captar partículas minúsculas, como pó e pólen, e têm de ser substituídos, periodicamente.
Por outro lado, há purificadores de ar que utilizam tecnologia ionizante. Basicamente, criam cargas elétricas, de modo a remover os poluentes que o ar transporta. Para já, contudo, a evidência científica relativamente a esta alternativa não é muito robusta e, por isso, é preferível optar pelas anteriores.
Uma vez instalados, os purificadores de ar podem eliminar uma imensidão de partículas presentes no ar das nossas casas, nomeadamente:
- Pó;
- Pólen;
- Fumo;
- Vírus;
- Pelos de animais;
- Bactérias.
Mas vale a pena comprar um purificador de ar?
Valerá, certamente a pena reforçar a proteção da sua casa com um purificador de ar, especialmente, se alguém por aí tiver alergias sazonais, ou se os pelos do seu animal de estimação forem serventia da casa.
Aliás, o catálogo de opções é de tal forma alargado que é possível que encontre um purificador adaptado à sua carteira. De qualquer forma, antes disso, atente alguns pormenores.
Normalmente, os aparelhos são classificados para uma determinada área, pelo que colocá-los num espaço maior poderá não surtir o efeito desejado, resultando numa limpeza inferior à ideal e na permanência das partículas poluentes na sua casa. Escolha o aparelho certo.
Além disso, há purificadores concebidos para funcionar com diversos tipos de filtros, sejam eles da fabricante do aparelho ou reproduções e adaptações de terceiros. Na dúvida, opte pelo da fabricante do seu produto.
Por fim, deixe o seu purificador fazer o seu trabalho. Para que o funcionamento correto seja possível, é importante que a limpeza seja assegurada, bem como a manutenção. Por isso, os filtros devem ser lavados e substituídos, oportunamente. Além disso, deve garantir que tem alguns de stock,prontos a serem utilizados nas alturas mais críticas.
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Realmente funcionam.
Não é preciso pré-filtros, só aumentam o esforço do aparelho e dificilmente prolongam na prática a duração dos filtros HEPA, sem falar que raramente alguém limpará os pré-filtros semanalmente o que fará com que o purificador seja menos eficaz porque passará menos ar. Se tiver pré-filtros certifique-se que o limpa pelo menos uma vez por semana.
Ionizadores devem estar desligados, melhor mesmo é se não existirem. Só servem para que o lixo no ar fique mais pesado e depois caia nas superfícies, mas qualquer movimentação do ar e lá se levanta aquilo tudo de novo. E também poderão acabar a produzir gases tóxicos.
Gerador de Ozono e outros gases devem ser evitados por completo… se forem utilizá-los não devem ter ninguém na divisão, nem sequer animais, porque muito embora por exemplo o Ozono seja de facto eficaz a eliminar vírus por exemplo, também é tóxico, por isso só deve ser usado em situações específicas e sem a presença de humanos e animais, e antes de os mesmos voltarem ao local o mesmo deve ser devidamente arejado.
Filtros de carvão activo pode ser útil para reduzir maus odores (por exemplo na cozinha ou no quarto)… mas claro, dependendo da origem do mau odor, não substitui uma boa circulação de ar para renovar o mesmo com ar vindo do exterior (a menos que o exterior seja precisamente a origem do mau odor).
Bravo
Gostei do comentário, esclarecedor.
Podes partilhar a tua opinião, se a tiveres formada, sobre tecnologias tipo airfree ?
Obrigado.
A tecnologia do Airfree não substitui os purificadores com filtros EPA/ HEPA, mas complementa bem, porque a forma como o Airfree funciona é basicamente através da diferença de temperatura puxar o ar da divisão para dentro do aparelho, onde umas placas estão muito quentes (próximo dos 200.º C ou lá o que é) forçando o ar a passar por essas placas e conforme o ar passa pelas mesmas os vírus, bactérias e outras coisas que andam no ar são incineradas, o que significa que a quantidade de vírus, bactérias e outras coisas que andam no ar, em especial se não existir muita renovação de ar, vai baixar significativamente melhorando a qualidade do ar. O aumento de temperatura é comparável, segundo a empresa, a uma pessoa a respirar na divisão, algo insignificante por tanto.
É útil por exemplo em locais onde se pretende preservar por mais tempo obras de arte, livros, alimentos. Também para locais como escolas, hospitais, e até em casa se tiver problemas de saúde onde a qualidade do ar seja importante.
O aparelho Airfree deve permanecer continuamente ligado.
Mas deve ser complementado por um purificador com filtro EPA ou melhor ainda: HEPA (que captura mais), para capturar o pó do ar por exemplo. De notar que os vírus e bactérias e outras coisas que são apanhados nos filtros EPA/ HEPA não ficam automaticamente destruídos, mas ficam simplesmente presos no material… daí que o Airfree nesse aspecto leva vantagem porque o que entrar lá é mesmo incinerado.
Ou seja, se tiver um problema respiratório em que a melhor qualidade de ar possível lhe interesse uma combinação de aparelhos Airfree nas divisões que utiliza e aparelhos purificadores de ar com filtros HEPA nas mesmas divisões é o ideal.
Nos purificadores com filtro EPA/ HEPA mais importante que o grau de eficácia dos filtros é a quantidade de vezes por hora que o aparelho é capaz de fazer o ar todo da divisão passar por ele. Idealmente, em casa, passará pelo menos 1 vez por hora por cada pessoa na divisão, ou seja: se tiverem 3 pessoas na sala o ar deve ser todo filtrado pelo menos 3 vezes em 1 hora, mas se na cozinha tiverem 2 pessoas o ar deve ser todo filtrado pelo menos 2 vezes em 1 hora.
Vale lembrar que a renovação do ar com o mesmo vindo do exterior é importante para reduzir por exemplo a concentração de dióxido de carbono, monóxido de carbono, outros gazes e em algumas regiões até para reduzir também a radioactividade natural presente nos materiais utilizados para a construção do edifício que é transmitida para o ar da divisão interior.
Em divisões muito grandes (sei lá 400 metros cúbicos ou mais) deve-se utilizar mais que um purificador de ar, mesmo que o aparelho esteja classificado para uma área maior, porque por uma questão realista o ar todo dificilmente passará pelo mesmo, e assim espalhar vários purificadores pelo espaço afastados uns dos outros irá aumentar a eficácia e até prolongar um pouco a vida útil dos filtros porque o trabalho é dividido entre todos, ficando cada um com menos um pouco de porcaria para capturar já que outro aparelho já o capturou.
Para quem não sabe se vale a pena comprar purificadores de ar poderá querer comprar um medidor de qualidade do ar “Air Quality Monitor”, existem imensos modelos para todos os gostos, feitios e carteiras. A ideia é deixar o aparelho nas divisões e verificar se efectivamente a qualidade do ar está má, e dependendo do que for tomar medidas… um simples arejamento diário de 30 minutos de manhã e à noite poderá ser suficiente (ou não)… ou poderá ter de promover uma renovação de ar de forma contínua, talvez comprar purificadores de ar, enfim, cada caso é um caso.
Obrigado pelas dicas.
Qual seria então a utilidade da função de ionização?
No processo de purificação do ar a par do filtro HEPA, a função UV para esterlização do ar faz sentido?
A função do ionizador seria fazer cair as partículas suspensas no ar para baixo ficando na superfície mais próxima (mesas, cadeiras, móveis, chão).
Não vejo utilidade no ionizador porque qualquer perturbação e as partículas voltam todas para o ar. E ainda existe o perigo de gerar gases perigosos para a saúde na produção de iões.
A função de UV-C, na frequência adequada para destruir vírus e assim só faz sentido dentro de um purificador se forem luzes SUPER potentes porque o ar vai passar super rapidamente pelas mesmas… só se as luzes UV-C forem super potentes é que terá efeito significativo na destruição de vírus e assim. Tecnicamente não lhe chamam destruição, mas é no que vai dar no final das contas. Por exemplo uma lâmpada de 4W demoraria uns 8 minutos de exposição contínua para eliminar germes de uma superfície em 99,99%, claramente uma lâmpada de 4W dentro de um purificador ia ser uma inutilidade, mas se tiver 120 W por exemplo já é capaz de fazer alguma coisa. Claro que depois existe a questão, antes ou depois do filtro… eu diria depois para evitar que o pó e outras partículas cubram a lâmpada e reduzam a sua eficácia.
Mas como ficou claro com uma lâmpada UV-C iria ter de gastar imensa energia eléctrica.
No fundo com um filtro EPA/ HEPA não é necessário UV-C já que os germes e assim devem ficar presos no filtro. A luz UV-C seria só para reforçar a eficácia do filtro, mas em casos normais de utilização de purificador de ar, me princípio não é necessário… claro que se for dentro de um laboratório de análises de vírus novos a conversa será diferente.
Fiquei na mesma. Não há aí nada que compre isto cientificamente, não são apresentados resultados em. Que mostra que isto realmente funciona.
Tenho um cá em casa da Xiaomi é aquilo apanha bastante lixo do ar. Se faz milagres, e fica ar puro como se respira nas montanhas, ou na maior parte dos dias na Madeira.
não 🙂
E só comprar um analisador de qualidade de ar que meça PM 10/ PM 2.5 e PM 1.0 (partículas em suspensão no ar) e verificar se a qualidade do ar é boa dentro das divisões, se não for deixe estar durante uma semana e vá tirando anotações dos valores. Existem muitos outros parâmetros, só referi esses porque é mais nesses que os purificadores com filtros EPA/ HEPA tenderão a ser úteis.
Depois compre purificador(es) de ar com filtro EPA ou o melhor HEPA adequado para a dimensão da divisão, que funcione continuamente (a maior parte desliga-se passado um determinado número de horas e/ ou quando o sensor interno determina que não é mais necessário ter o aparelho em funcionamento), e verifique se a qualidade do ar melhora ou não.
De notar que os purificadores com filtro EPA/ HEPA devem funcionar continuamente para manterem os níveis de contaminação baixo… mas a maioria dos aparelhos desliga-se sozinho para poupar electricidade e para poupar os filtros… mas claro que isso afecta a eficácia, porque quase sempre o ar entra continuamente na divisão (pelas janelas, portas, etc.) e reintroduz contaminantes.
Assim de memória só me lembro do purificador do Ikea como não trazendo automação que o desliga.
Purificadores de ar no quarto devem emitir barulho igual ou inferior a 20 dB, ou dificilmente vão conseguir dormir.
E sim os filtros HEPA estão mais que comprovados que funcionam, mas tudo conta, até a forma como são fixados nos aparelhos tem influência na qualidade final da filtragem.
Filtros HEPA não servem para os odores, para isso é preciso outro tipo de filtros como os filtro de carvão activado, entre eventuais outros.
Os filtros HEPA têm de ser substituídos, mas alguns os fabricantes dizem que a pessoa os pode limpar e reutilizar enquanto o mesmo mantiver as suas características e não se degradar… mas varia de modelo e marca pelo que é preciso ler as indicações do fabricante.
no meu caso sei que funciona porque gasta energia
Marketing !!
A única vantagem destes aparelhos é reduzir o pó que se deposita nos móveis. De resto nem deviam ser permitidos, a bem da saúde pública. O ser humano, tal como os restantes animais precisam de estimular constantemente as suas defesas de forma a garantir imunidade. Isto tem base científica. A utilização destes aspiradores, não.
A ideia é que a poluição dentro de casa tende a ser 5 vezes superior aquilo a que a pessoa estaria naturalmente exposta na natureza.
Desta forma reduz a quantidade de lixo que o seu corpo tem de filtrar, que sem o purificador tenderá a ser até 5 vezes superior ao que deveria ter de lidar no mundo natural.
E assim o corpo tem melhor saúde para lidar com o resto da porcaria que apanha na rua e em outros locais fechados não purificados.