Pplware

Cuidado, Alemanha! China avisa que as taxas sobre os carros elétricos vão prejudicar o país

O ministro do Comércio da China afirmou que a imposição de taxas pela União Europeia (UE) sobre os carros elétricos irá prejudicar a China, mas também a Alemanha.


Em conversações com Robert Habeck, vice-chanceler alemão e ministro da Economia, Wang Wentao, ministro do Comércio chinês, disse que esperava chegar a uma solução conforme as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) o mais rapidamente possível, evitando uma escalada das tensões económicas e comerciais entre a China e a UE.

Com a UE prestes a decidir se impõe taxas de até 35,3% sobre os veículos elétricos fabricados na China, além da taxa normal de importação de 10%, Wang Wentao está de visita à Europa para conversações sobre o tema, procurando resolvê-lo através do diálogo.

De acordo com um comunicado divulgado, hoje, pelo ministério do Comércio da China, Wang espera que a Alemanha considere os seus próprios interesses e pressione a Comissão Europeia e a China a trabalharem na mesma direção.

Espera-se que a Alemanha, como um dos principais membros da UE, assuma a liderança no desempenho de um papel ativo e inste a Comissão Europeia a mostrar vontade política e a trabalhar em conjunto com a China para resolver adequadamente o caso.

Disse Wang, de acordo com uma segunda declaração sobre as conversações do ministério do Comércio, também divulgada em 18 de setembro.

Wang Wentao, ministro do Comércio chinês (esquerda), e Robert Habeck, vice-chanceler alemão e ministro da Economia, em Berlim, na Alemanha

Na sua perspetiva, a imposição de taxas pela UE sobre os carros elétricos vindos da China irá “interferir seriamente” na cooperação comercial e de investimento, e prejudicar tanto a China como a Alemanha.

Na visita à Alemanha, o ministro do Comércio chinês admitiu, ainda, que a China ficou profundamente desapontada com o facto de a UE ter ignorado os seus esforços, ter insistido na decisão de aplicar taxas elevadas, e ter rejeitado apressadamente o conjunto de soluções proposto pela indústria chinesa.

Segundo Robert Habeck, a Alemanha apoia o comércio livre, dá as boas-vindas às empresas chinesas de automóveis e componentes para investir na Europa, e vai instar a Comissão Europeia a encontrar uma solução adequada com a China. Isto, por forma a conduzir todos os esforços para evitar conflitos comerciais.

Exit mobile version